PSDB usará televisão para convocar o golpe
Segundo o presidente do partido, senador Aécio Neves, "na próxima semana, o PSDB começa a veicular inserções de 30 segundos convocando 'os indignados' com a crise a participar da manifestação nacional marcada pelos movimentos de rua, para o dia 16 de agosto"; ato pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff, como já fez em outras ocasiões; Aécio, que chegou a ser chamado de traidor por esses ativistas, agora entrou de cabeça na causa; ele também rechaçou qualquer hipótese de diálogo com o governo; "Fernando Henrique deu o tom certo: quem pariu Mateus que o embale. Não nos culpem"; mesmo convidando para o golpe, presidente do PSDB disse que "se um dia tiver a oportunidade de ser presidente da República, será unicamente pelo caminho do voto, não por outra saída qualquer"
247 - O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio
Neves (MG), disse nesta segunda-feira que "na próxima semana, o PSDB
começa a veicular inserções de 30 segundos convocando 'os indignados'
com a crise a participar da manifestação nacional marcada pelos
movimentos de rua, para o dia 16 de agosto". O ato organizado por
movimentos golpistas pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff
nas ruas, como já fez em outras ocasiões. Aécio, que chegou a ser
chamado de traidor por esses ativistas nas outras manifestações, em que
não esteve presente, desta vez entrou de cabeça na causa.
O tucano também malhou a iniciativa da presidente Dilma Rousseff de
querer realizar uma reunião com os governadores para propor um pacto da
governabilidade e discutir o projeto de reforma do ICMS. Para o tucano,
se Dilma não conseguir levar o seu mandato até o fim, a culpa é dela
própria, e não da oposição. Segundo Aécio, a ideia é uma tentativa de
"dividir a crise" e constranger os governadores ao obrigá-los a
participar do encontro, previsto para a próxima quinta-feira em
Brasília.
"O constrangimento chega ao inimaginável de ameaças veladas e de
trazer a Brasília os governadores para dar apoio a presidente Dilma para
tirar uma fotografia e simular apoio por uma coisa com a qual não tem
nada a ver. Essa reunião é uma busca de socorro de alguém que quer que
lhe joguem uma boia salva-vidas. O que a presidente tem é de fazer um
mea-culpa para ver se recupera um pouco da credibilidade que ainda lhe
resta", disparou.
O parlamentar negou que o PSDB esteja dividido em relação às ações a
serem tomadas para tentar tirar a presidente do poder, como o
impeachment, a cassação do diploma da chapa de Dilma e do vice, Michel
Temer (PMDB), ou ainda deixá-la completar o mandato até o fim, em 2018,
discurso disseminado por tucanos mais moderados, como os governadores
Geraldo Alckmin (São Paulo), Marconi Perillo (Goiás) e Simão Jatene
(Pará).
Segundo Aécio, no entanto, o que se fala hoje nos botecos e nas
esquinas é apenas um assunto: não se sabe se Dilma ficará no cargo até o
fim deste ano. Sobre o projeto de assumir a presidência, assegurou que
"se um dia tiver a oportunidade de ser presidente da República, será
unicamente pelo caminho do voto, não por outra saída qualquer".
O presidente do PSDB também criticou a suposta tentativa do governo e
do PT, por meio do ex-presidente Lula, segundo noticiou a Folha, de se
aproximar da oposição, e disseminou o discurso feito pelo ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso no fim de semana. "Fernando Henrique deu o tom
certo: quem pariu Mateus que o embale. Não nos culpem. A instabilidade
que atravessam é obra desse governo. Isso não é mais um governo. É um
arremedo de governo e o desfecho da presidente Dilma é responsabilidade
exclusiva dela, não das oposições", afirmou. Ele também descartou
qualquer possibilidade de diálogo: "Não se conversa com quem não se
confia. E nós não confiamos no PT".
"O que vai acontecer depende mais do governo e do PT do que dos
partidos de oposição. O que queremos é que as instituições funcionem e
façam o seu trabalho. Eu digo uma coisa: se um dia eu tiver a
oportunidade de ser presidente da República, será unicamente pelo
caminho do voto, não por outra saída qualquer. Mesmo porque ninguém
conseguirá enfrentar a profunda crise que atravessamos, se não for
legitimado pelo voto. Para nós o calendário de 2018 sempre foi o mais
adequado, mas a presidente Dilma só agrava a situação a cada dia, o que
deixa a incerteza de cumprir seu mandato até o final", afirmou.
Fonte Brasil 247
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