quinta-feira, 7 de julho de 2016

Com renúncia, acabam regalias de Cunha


Com a renúncia à presidência da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (7), o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perderá algumas regalias relacionadas ao cargo. Ele terá de deixar, por exemplo, a residência oficial, uma mansão localizada no Lago Sul, e perderá funcionários. Cálculos apontam que tais privilégios custavam cerca de R$ 500 mil por mês à Câmara

Com a renúncia à presidência da Câmara dos Deputados, o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perderá algumas regalias relacionadas ao cargo; ele terá de deixar, por exemplo, a residência oficial, uma mansão localizada no Lago Sul, e perderá funcionários; de acordo com levantamento do PSOL, o peemedebista contava com 64 servidores e dois carros oficiais; cálculos apontam que tais privilégios custavam cerca de R$ 500 mil por mês à Câmara; Cunha é réu em duas ações no STF, uma por recebimento de propina em contratos de estaleiro, e outra por contas no exterior

Brasília 247 - Com a renúncia à presidência da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (7), o ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perderá algumas regalias relacionadas ao cargo. Ele terá de deixar, por exemplo, a residência oficial, uma mansão localizada no Lago Sul, e perderá funcionários. De acordo com levantamento do PSOL, o peemedebista contava com 64 servidores e dois carros oficiais. Cálculos apontam que tais privilégios custavam cerca de R$ 500 mil por mês à Câmara, segundo apontou a coluna Expresso, de Época.

Em março deste ano, Cunha passou a ser réu na primeira ação penal no STF originada das investigações da Operação Lava Jato, pois no dia 3 daquele mês, Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu, por 10 votos a 0, a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Eduardo Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O peemedebista é acusado de exigir e receber ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras. 

No dia 22 de junho, o congressista passou a ser réu após uma segunda denúncia, a de ter contas não declaradas na Suíça. O ministro do STF Teori Zavascki, relator do processo contra o peemedebista, e seus colegas da Corte entenderam que o deputado é beneficiário e controlador das contas na Suíça. Para o relator, as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) comprovam que o parlamentar recebeu R$ 5 milhões de propina nas contas de seu truste, com o objetivo de ocultar a origem dos valores.

Durante sua manifestação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reafirmou que “a conta Órion, documentalmente comprovada na Suíça, é de propriedade do senhor Eduardo Cunha". "Dela consta o seu endereço no Brasil, cópia de passaporte, visto americano, informações pessoais e profissionais, data de nascimento e assinatura", disse.

Além da acusação negociar propina para o contrato do estaleiro e de ter mentido na CPI da Petrobras ao negar ter contas no exterior, Cunha enfrenta uma terceira acusação. Um dos delatores da 'Lava Jato', o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, afirmou que as empresas ligadas à construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, teriam que pagar R$ 52 milhões em propinas [cerca de ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac)] a Cunha (veja aqui).