quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Defaz investiga fraude em licitação e convoca Riva para depor sobre caso


"O ELEITOR TEM O DIREITO DE SABER EM QUEM ELE VAI VOTAR!" 





O deputado estadual José Riva (PSD), candidato a governador pela coligação Viva Mato Grosso (PSD, Solidariedade, PTC, PTN, PEN, PRTB), foi intimado para depor na Delegacia Fazendária da Polícia Civil (Defaz) em inquérito que apura crime contra a administração pública e falsidade ideológica. O protocolo da Assembleia recebeu a intimação, assinada pelo delegado Rogers Elizando Jarbas, às 16h30 do último dia 29 de julho. 

O inquérito policial número 051/2006/DECFCAP/MT investiga supostas ilegalidades em uma licitação realizada pela Assembleia. Conforme o inquérito, um assessor de Riva é proprietário da empresa que venceu a licitação sob suspeita. Riva será questionado sobre o certame. O delegado Rogers Elizando Jarbas, no entanto, não forneceu detalhes para não prejudicar as investigações. 

O deputado tem foro privilegiado porque é detentor de mandato parlamentar. Por isso, pode escolher a data, hora e local para o interrogatório. O advogado Valber Mello, que patrocina a defesa, ainda não tomou conhecimento da intimação.


Fonte RD News 


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FICHA LIMPA OU SUJA? 

O Globo retrata decisão sobre futuro de Riva no TRE nesta quinta



GABRIEL GARCIA O Globo 

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso decidirá nesta quinta-feira (7) se aceita ou não o registro de candidatura do deputado José Geraldo Riva (PSD) ao governo do estado. Pediram a impugnação do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso a coligação do senador Pedro Taques (PDT), que concorre contra Riva, e o Ministério Público Federal.

Os pedidos são baseados em quatro condenações no Tribunal de Mato Grosso (TJMT), por improbidade administrativa, que o deputado sofreu quando era presidente da Assembleia Legislativa, entre 1999 e 2002. De acordo com as representações, Riva se enquadra na Lei da Ficha Limpa, que impede o político condenado por órgãos colegiados de disputar cargos eletivos.

Considerado um político influente, Riva acumula mais de 180 ações em tramitação na Justiça e 21 ações penais já em curso pela suposta prática de peculato e lavagem de dinheiro. Em uma decisão de novembro de 2013, Riva foi condenado por ter assinado cheques que foram emitidos em favor da empresa de fachada L.M. Gomes e Gráfica, num esquema que teria movimentado R$ 3,7 milhões.

Em outra condenação, foi encontrada fraude na contratação da empresa de publicidade D.P. Quintana. Neste caso, houve desvio de R$ 2,1 milhões.

Num terceiro processo, a Assembleia teria contratado a empresa de fachada Sereia Publicidade e Eventos Ltda, movimentando R$ 2,6 milhões dos cofres públicos. Por fim, o Tribunal afastou Riva das funções administrativas do Legislativo, condenando-o ainda a ressarcir aos cofres públicos o valor de R$ 1,19 milhão.

As fraudes foram descobertas durante a Operação “Arca de Noé”, da Polícia Federal, na residência e na factoring de ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro – atualmente preso. Foram encontrados 900 cheques da Assembleia na factoring de Arcanjo.

Riva e o então deputado Humberto Bosaipo, hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, usavam uma rede de empresas-fantasmas para forjar gastos com gráficas, serviços de limpeza e reparos. É o que diz o Ministério Público.
 
Os cheques que pagavam as despesas eram “comprados” pela Confiança Factoring, empresa ligada a Arcanjo, que liberava os recursos, em espécie, para os indicados pelos deputados.

O Ministério Público estima que R$ 209 milhões teriam sido desviados dos cofres da Assembleia.
Em um vídeo, o genro do deputado, o ex-vereador João Emanuel, diz que Riva teria feito “acerto” na Justiça Eleitoral para conseguir o registro de candidatura. Pelo visto, o candidato, preso em 20 de maio, durante a Operação Ararath, da Polícia Federal, que investiga crimes contra o sistema financeiro no Mato Grosso, aposta na impunidade.


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