O mais
importante é o eleitor analisar o caráter do candidato e sua honestidade. Portanto, é fundamental que o cidadão pesquise a vida pregressa dos pretendentes
aos cargos públicos. Segundo Ceará, muitos candidatos ao registrarem a sua
candidatura, buscam apenas a imunidade parlamentar ou o foro privilegiado
como uma válvula de escape para continuarem impunes dos seus crimes. “A
sociedade está se mobilizando para afastar da vida pública os maus políticos.
Por isso, o que mais importa, além de acompanhar os cansativos debates
eleitorais, é o eleitor fazer uma análise da vida pregressa dos candidatos”,
sugere Ceará.
Centro Oeste Popular
Cristiane Sagioratto
Da Redação
Os
eleitores estão céticos diante de tantas promessas e propostas de
candidatos que disputam vagas seja para o senado, legislativo estadual e
federal, governo do Estado e presidência da República. Além das
promessas que, na maioria das vezes não são cumpridas, uma questão que o
eleitor mato-grossense deve observar refere-se a perpetuação no poder
de político envolvido em atos de improbidade administrativa, desvio e
lavagem de dinheiro, segundo membro do Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral (MCCE), Antônio Cavalcante Filho, o Ceará.
A Lei da
Ficha Limpa será aplicada pela primeira vez nas eleições gerais. A regra
contou com o apoio de 1,8 milhão de assinaturas para sua aprovação pelo
Congresso Nacional.
A lei proíbe o registro de candidatos com
passado obscuro e sujos a concorrerem a cargos eletivos. “Graças a essa
lei milhares de candidatos tornaram-se inelegíveis”, comemora Ceará.
O
militante ressalta que com a criação da Lei da Ficha Limpa ficou fácil
de mostrar à sociedade por meio da mídia todos os atos de improbidade
administrativa do candidato que, conforme ele, antes da criação da Lei
as irregularidades eram “abafadas”. O político se envolvia em esquemas
de corrupção e continuava no poder sem sofrer qualquer punição. “Vemos
na mídia avalanches sucessivas de escândalos envolvendo políticos de
várias esferas seja ela legislativa, executiva e até membros do poder
judiciário envolvidos ou respondendo a dezenas de processos. Hoje esses
fatos lamentáveis estão escancarados na nossa cara. O que acontecia
antes era jogado embaixo do tapete. Hoje está sendo revelado e estão
sendo eliminados os maus políticos da atual conjuntura”, observa Ceará.
Sugere
que o eleitor vote com consciência e não se deixe levar por propostas
criadas por marqueteiros e especialistas em desenvolver projetos
políticos como forma de conquistar a confiança do eleitorado. O membro
do MCCE, Ceará, diz que muitos candidatos que respondem a processos
buscam garantir imunidade parlamentar e se livrar das ações judiciais as
quais respondem. “O cidadão deve contribuir com uma eleição limpa,
votando com consciência. Me deixa muito assustado candidatos que
respondem vários processos na Justiça e estão muito bem nas pesquisas”,
alerta.
Para ele, o mais importante é o eleitor analisar o
caráter do candidato e sua honestidade. Também é fundamental que o
cidadão pesquise a vida pregressa do candidato. Pondera que muitas vezes
os candidatos buscam tão somente a imunidade parlamentar ou o foro
privilegiado. “A sociedade vem se mobilizando para afastar os maus
políticos. Mais importante que acompanhar os simples debates eleitorais,
é o eleitor fazer uma análise da vida pregressa do candidato”, sugere
Ceará.
Financiamento Privado de Campanhas
Em
relação ao financiamento privado das campanhas políticas, Ceará afirma
que é totalmente contra esse tipo de prática. Na avaliação dele, o
objetivo de um empresário em financiar qualquer campanha política é uma
forma de enriquecimento e capitalização da empresa. O representante do
MCCE observa que todos os recursos financeiros aplicados de uma empresa
com destinação a uma campanha política é com o intuito de se aproveitar o
momento político para tirarem proveito econômico. “Sou totalmente
contra o financiamento de campanha. Quem elege o candidato é o eleitor, o
cidadão e não a empresa que financiou sua campanha. A empresa quando
doa mil reais para uma campanha terá um retorno de 850% sobre o valor
financiado”, ressalta. Diz ainda que o resultado do financiamento
privado de campanhas reflete no superfaturamento das obras e que a
maioria delas são de péssima qualidade. O caos na saúde, a falta de
saneamento básico, deficiência no transporte coletivo, insegurança e
falta de qualidade dos serviços prestados à população são os reflexos do
financiamento privado de campanha. São incontáveis os maus gerados por
essa prática pelas empresas. A população é a mais prejudicada com o
financiamento de campanhas eleitorais”, assinala Ceará.
Política x Politicalha
Ceará
orienta também que o cidadão deve saber diferenciar política da
politicalha. Na visão dele, a política é algo nobre, sublime, é a arte
de bem governar os povos e a mesma deve ser feita para o bem da
coletividade. Já a politicalha é em prol das elites governantes que
sempre trataram a coisa pública como privada. “A política é o que nós
pretendemos construir. Queremos mobilizar e propor ao Congresso Nacional
leis de iniciativa popular. Afastar os maus políticos que estão se
perpetuando no poder. Devemos separar o joio do trigo. No Brasil, sempre
existiu o controle da coisa pública por uma elite que a usa para
satisfazer seus interesses econômicos em detrimento dos interesses do
universo social”.
Eleições Limpas
Na
avaliação do membro do MCCE, compete a sociedade civil ser mais
participativa nas questões que envolvem atos de corrupção por parte dos
políticos. “Devemos unir forças e nos mobilizar rumo a Reforma Política e
Eleições Limpas, pois ela se faz necessária antes da reforma
tributária, educacional, seja qual reforma for”, diz. Desde 2012,
ex-gestores e fichas-sujas não conseguiram mais se candidatar por conta
da aplicação da Lei da Ficha Limpa. Muitos estão envolvidos em processos
por fraudes, compra de votos, improbidade entre outras infrações.
“Temos muitas figuras emblemáticas entre esses respondendo por vários
processos”, dispara Ceará.
A Lei da Ficha Limpa deixa
inelegível aqueles políticos que tem condenação e processos
condenatórios em 2ª instância num colegiado no Tribunal de Justiça ou no
Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “O eleitor deve fazer sua parte,
votar com consciência. Não é apenas assistir os debates políticos, as
propostas, as promessas. O mais importante é o cidadão e eleitor antes
de votar pesquisar a vida pregressa do candidato e verificar se ele não
responde algum processo. Ao meu ver, muitos candidatos que respondem a
processos buscam se eleger ao cargo eletivo a deputado estadual,
federal, senador para garantir a imunidade parlamentar que é uma forma
também de estarem se “livrando” dos processos que eles respondem.
Para
a maior eficácia da lei, o cidadão deve contribuir também. Mesmo
aqueles candidatos que não têm condenação, ou seja, que não estão
inelegíveis compete ao cidadão pesquisar sua vida pregressa”, finaliza
Ceará.
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