domingo, 16 de novembro de 2014

Tentam intimidar Dilma para que ela pare investigações de corrupção


Lula e depois Dilma mudaram o Brasil não só no combate à pobreza, à miséria e distribuindo renda como nunca se fez. Sempre digo que a maior obra dos governos do PT foi a institucionalização do combate à corrupção, que tem sido tão completo que, após décadas e décadas, finalmente empreiteiras estão sendo desmascaradas. 






Por Eduardo Guimarães

A direita midiática vem desferindo seguidas bofetadas no rosto de cada um dos 200 milhões de brasileiros de todas as classes sociais e regiões do país que têm consciência de um fato inegável: os governos do PT instauraram uma política republicana de combate total à corrupção que não poupa nem o partido do governo e seus aliados.

Só sendo muito canalha para manter esse discurso revoltante que tenta convencer os brasileiros de que, até 2012, nenhum político foi condenado à prisão pelo STF porque todos sempre foram santos, ou de que não havia corrupção na Petrobrás ou em qualquer outra parte antes de o PT chegar ao poder.

Como é possível que uma empresa como a Petrobrás valha quase dez vezes mais hoje do que valia antes de o PT chegar ao poder a despeito de esse partido ter corrompido a até então virginal empresa de economia mista? Se isso fosse verdade, a receita para uma empresa crescer seria estimular a corrupção em seu quadro de funcionários.

Os fatos diferem muito do que diz uma grande mídia e uma oposição que, até 2002, governavam o país a quatro mãos acobertando a roubalheira, aparelhando o Ministério Público, a Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União e todos os demais órgãos de controle, de modo que nenhuma investigação prosperava.

A alternativa a essa premissa seria acreditar, por exemplo, que, antes de o PT chegar ao poder, o STF nunca havia condenado nenhum político minimamente importante, sobretudo os que integraram governos, porque todos os políticos sempre andaram na linha.

Este Blog desafia qualquer um a mostrar qualquer período na história da República em que tenha ocorrido o impensável, ou seja, donos de empreiteiras sendo presos por corrupção.

Quem concorda que isso nunca aconteceu no Brasil e, assim mesmo, papagaia a mídia, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso quando se referem às investigações na Petrobrás afirmando que não havia corrupção na empresa antes de o PT chegar ao poder, acha que o Brasil é povoado por 200 milhões de idiotas.

O polêmico ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu uma dentro quando, em discurso recente, qualificou os pedidos de impeachment de Dilma, de volta da ditadura militar etc. como tentativa de “intimidação” do governo federal, pois é isso mesmo o que está acontecendo.

Alas do PMDB e a totalidade do PSDB, entre outros, sabem muito bem que não há só governistas ou petistas sendo acusados pelas delações premiadas em curso, e que empreiteiras que prestam serviços ao governo federal e estão sendo acusadas também prestam serviços aos governos estaduais e municipais controlados pela oposição a Dilma.

Os vazamentos seletivos de acusações dos delatores que estão colaborando com a PF e a pressa da oposição e da mídia ao darem tudo como esclarecido ao afirmarem que o PT e aliados são os únicos envolvidos, tudo isso pretende intimidar o governo para que segure as investigações.

A ideia da direita midiática, pois, é a de que conseguirá desencadear um processo de impeachment de Dilma antes que tudo venha à tona.

Fontes deste Blog, porém, garantem que, quando o conteúdo das delações premiadas for divulgado, quando o procurador-geral da República e o STF liberarem os nomes dos agentes públicos envolvidos, por certo aparecerão nomes de governistas do PT e de outros partidos, sim, mas também aparecerão nomes do PSDB e do resto da oposição.

Ah, quem está no poder é o PT? Conversa. A oposição ao governo federal também é governo nos Estados e municípios.

As investigações sobre as empreiteiras dificilmente deixarão de, por exemplo, abrir a caixa-preta do Rodoanel paulista, que não termina nunca de ser construído, ou do metrô de São Paulo, que, em média, avança um quilômetro por ano apesar dos bilhões que o governo paulista gasta com as empreiteiras.

Isso sem falar que, em Minas Gerais, haverá uma devassa nos 12 anos que o PSDB governou aquele Estado.

Por tudo isso, as fontes deste Blog dizem que mídia e oposição podem tirar o cavalinho da chuva. Não vão conseguir derrubar Dilma antes de serem divulgados os nomes dos agentes públicos (DE TODOS OS PARTIDOS) que estão sendo acusados pelos delatores premiados pelo Estado brasileiro.

Não existe brasileiro que não saiba que as empreiteiras sempre foram as maiores patrocinadoras de corrupção no país. A menos que essas mega empresas brasileiras sejam um fenômeno de competência tipicamente tupiniquim, o tamanho delas, em relação às de países até mais avançados, mostra que encontraram uma “fórmula” de crescer que suas congêneres de outros países nunca descobriram.

A fórmula das empreiteiras brasileiras para terem se tornado um fenômeno mundial em termos de faturamento e crescimento, a ponto de hoje atuarem até em países desenvolvidos, foi sempre a de corromper governos, financiando campanhas eleitorais etc. Só que governo nenhum jamais investigou isso.

Lula e depois Dilma mudaram o Brasil não só no combate à pobreza, à miséria e distribuindo renda como nunca se fez. Sempre digo que a maior obra dos governos do PT foi a institucionalização do combate à corrupção, que tem sido tão completo que, após décadas e décadas, finalmente empreiteiras estão sendo desmascaradas.

Fonte Blog da Cidadania


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Não existia combate à corrupção política antes do governo Lula 


Lula e Dilma são hoje acusados de fazerem pouco justamente por aqueles que não fizeram nada além de aparelhar o Estado para fins partidários


Correio do Brasil

 Por Antonio Lassance

A corrupção ainda é um grave problema no Brasil porque o combate à corrupção ainda está em sua infância. Tem pouco mais de 10 anos.

É a partir do governo Lula que se cria a Controladoria Geral da União; a Polícia Federal multiplica seu efetivo e o número de operações; e as demissões de servidores envolvidos em ilícitos se tornam regra, e não exceção.

É bem verdade que, antes, já existiam a Polícia Federal, o Ministério Público e uma Corregedoria-Geral da União. Mas alguém conhece alguma estatística relevante dessa época? Não existe. O combate à corrupção no governo FHC é traço.

A única estatística mais polpuda daquela época é a do ex-procurador-geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, que, até 2001, tinha em suas gavetas mais de 4 mil processos parados – fato que lhe rendeu o apelido de “engavetador-geral da República”.

De 2003 a 2013, compreendendo os governos de Lula e Dilma, a expulsão de servidores acusados de corrupção quase dobrou, passando de 268, em 2003, para 528, em 2013.

Gráfico 1 – Servidores expulsos do serviço público (2003-2013)


Dados da CGU, disponíveis no Relatório de acompanhamento das punições expulsivas aplicadas a estatutários no âmbito da administração pública federal.http://www.cgu.gov.br/Correicao/RelatoriosExpulsoes/Punicoes_2003-2013.pdf

As operações da Polícia Federal saltaram de 9, em 2003, para mais de 200, a partir de 2008 (dados da Polícia Federal  http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas).

Gráfico 2 – Operações da Política Federal e número de servidores presos (2003-2012)



Fonte: dados da Polícia Federal, em gráfico produzido em estudo do Instituto Alvorada: http://institutoalvorada.org/transparencia-e-combate-a-corrupcao-nos-governos-lula-e-dilma/
 

Antes de 2003, se os escândalos envolvessem políticos, aí é que não acontecia nada vezes nada. Apenas dois casos podem ser citados com algum destaque na atuação da PF.

O primeiro foi a prisão de Hildebrando Pascoal, em 1999. Hildebrando era deputado pelo então PFL (hoje DEM) no estado do Acre e acabou condenado por chefiar um grupo de extermínio. Ficou célebre pela sessão de tortura em que uma pessoa teve os olhos perfurados; as pernas, os braços e o pênis amputados com uma motosserra; e um prego cravado na cabeça.

O outro foi o caso Lunus, a operação da PF de março de 2002 que vasculhou a sede da construtora Lunus, de propriedade da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, então no PFL. Naquele ano, Roseana era candidata à Presidência da República e estava bem melhor posicionada nas pesquisas do que o candidato do PSDB, José Serra. A operação foi coroada de êxito: criou um escândalo que sepultou a candidatura de Roseana.

O PSDB, que se diz contra o aparelhamento do Estado para fins partidários, tinha à frente da PF o delegado Agílio Monteiro Filho, que se candidataria a deputado federal pelo PSDB no mesmo ano de 2002.

Não existia combate à corrupção política antes de 2003. Isso é coisa do Lula e dessa tal Dilma Rousseff, hoje acusados de fazerem pouco justamente por aqueles que não fizeram nada além de aparelharem o Estado para fins partidários.

Antonio Lassance,  é pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e professor de Ciência Política.

Fonte Correio do Brasil



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