O político Pedro Taques se deixou usar por grupos políticos descompromissados com o Estado Democrático de Direito, com o bem estar-social e coletivo, ou teve maus conselheiros. Querer combater a corrupção combatendo a democracia, além de um erro pra lá de grosseiro, é agir de má-fé. Não interessam os selfies do político comendo marmitex ou em passeatas dos coxinhas e militontos nazi-doidos contra a democracia.
Por Antonio Cavalcante Filho*
Creio que muito tardiamente o governador de Mato Grosso se afastou dos holofotes que o cegavam, desviou os olhos para a máquina administrativa emperrada e percebeu que há um caos no setor de segurança pública, com um grupo de policiais matando pessoas inocentes mediante pagamento, e a população indefesa escondida em suas casas, em face da insegurança que é pública e só não vê quem não quer (ou alguém que viaje o tempo todo).
Creio que muito tardiamente o governador de Mato Grosso se afastou dos holofotes que o cegavam, desviou os olhos para a máquina administrativa emperrada e percebeu que há um caos no setor de segurança pública, com um grupo de policiais matando pessoas inocentes mediante pagamento, e a população indefesa escondida em suas casas, em face da insegurança que é pública e só não vê quem não quer (ou alguém que viaje o tempo todo).
Notou que os hospitais estão lotados, não há leitos de UTI, crianças e
idosos sofrem com as ameaças de dengue e do tal vírus influenza que em
alguns casos é fatal, e constatou que o “turismo de ambulância” como
programa de saúde ainda impera em nosso estado. Prefeituras sucateadas
despacham seus pacientes para as unidades de emergência em Cuiabá e
Várzea Grande, por falta de recursos locais, e a compra de ambulância
(“ambulancioterapia”) ainda é a grande “política pública” para este
setor.
A situação dos servidores públicos também é caótica, o estado que
cobra seus tributos de acordo com a inflação, que passou longe dos 11%
oficiais, se recusa a fazer a recomposição do salário de acordo com as
perdas verificadas no ano passado, que corroeu os vencimentos das
categorias.
O governador finalmente toma contato com a realidade. E onde ele
esteve neste período? O que andou fazendo durante todo esse tempo?
Ora, como ele próprio disse, foi o primeiro (e único) governador a
apoiar publicamente o golpe contra a Constituição, para permitir a
instauração de um “processo sem crime” contra a presidenta da república.
E não é de hoje que venho chamando a atenção para o caráter fascista,
reacionário, de extrema direita e criminoso desse golpe disfarçado de
impeachment.
E enquanto o governador viajava país afora, fazendo propaganda e
defesa do tal “impeachment”, que a mídia no mundo todo vem chamando de
“complô de bandidos”, Mato Grosso ficava a deriva. E ao lado de quem o
governador viajava? Ao lado de pessoas “inocentes” como Aécio Neves,
aquele que será “devorado” pela Operação Lava Jato, como disse o mais
recente delator à justiça (na verdade é o quinto réu que acusa o mesmo
corréu).
Sabe-se que o plano do golpe começou a ser executado logo após a eleição de 2014.
Essa decisão de fomentar um golpe dos ricos contra os pobres, um
“complô de criminosos” que querem se blindarem dos processos que terão
que responder, é um carimbo que fica na testa de Pedro Taques, para
tristeza de quem viu o político nascer como grande defensor do Estado
Democrático de Direito e da Constituição Federal, a história lhe cobrará
a coerência perdida. A sua credibilidade e capacidade até o momento
ainda não foram posta à prova para resolver os dramas da educação
pública, da cultura e da carência das pesquisas científicas em Mato
Grosso. Somos 141 municípios, a maioria deles abaixo do aceitável em
índices de desenvolvimento humano, todavia não existe nenhuma solução
para esse drama e para a busca da igualdade.
O político Pedro Taques se deixou usar por grupos políticos
descompromissados com o Estado Democrático de Direito, com o bem
estar-social e coletivo, ou teve maus conselheiros. Querer combater a
corrupção combatendo a democracia, além de um erro pra lá de grosseiro, é
agir de má-fé.
A realidade bate à sua porta e o obriga a algumas decisões urgentes, a
primeira delas é permitir a instauração de Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) para investigar a corrupção na Secretaria de Educação
(SEDUC), e de outras unidades administrativas que já se apresentam como
alvos do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Dizer que o roubo
na SEDUC foi “menos do que disse o GAECO” em nada ajuda para recuperar a
imagem arranhada.
Deve conceder o pagamento das perdas da inflação aos servidores
estaduais, para isso exonerando os 3.000 cargos comissionados (pessoas
indicadas por políticos) e extinguindo os cabides de emprego que criou
(no estacionamento em frente ao palácio há vaga reservada até mesmo para
um tal Gabinete de Articulação Internacional!!).
E por fim deixar de fazer política do jeitão tradicional, já
condenado pela sociedade. Trazer aquele deputado federal para o governo,
apenas para o sujeito “fugir” do julgamento do Supremo Tribunal Federal
(que se aproxima) é usar a mesma tática adotada ao longo pelo tal
“braço político do crime organizado”.
A realidade é dura, mas é melhor aceitá-la do que aos elogios dos
vassalos. Não interessam os selfies do político comendo marmitex ou em
passeatas dos coxinhas e militontos nazi-doidos contra a democracia. Sem
frases de efeito, por favor, dizer que na próxima campanha eleitoral
irá “dirigir carro de som e pregar cartaz em poste” não ajuda, e ainda
revela um crime: usar patrimônio público (poste de iluminação pública)
para colar propaganda eleitoral.
Por um governo com mais ação e menos frases de efeito.
*Antonio Cavalcante Filho, cidadão de Mato Grosso, escreve
às sextas-feiras neste blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News
ATÉ MESMO OS BANDIDOS, OS IMORAIS, OS CORRUPTOS, OS SEM ÉTICA E OS SANGUESSUGAS DA
NAÇÃO, JÁ REVELARAM QUE FOI UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA E CONTRA A
PRESIDENTA DILMA PARA SE LIVRAREM DA PUNIÇÃO E AO MESMO TEMPO DAREM O
GOLPE DA MALDADE DOS RICOS CONTRA OS POBRES. MAS O ZÉ PEDRO GOLPISTA
INSISTE EM DIZER QUE NÃO.
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