É uma afronta, já que políticas inclusivas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, estão em vias de sofrer cortes profundos, não tanto quanto o SUS (Sistema Único de Saúde) e o SAMU (esse serviço deve ser extinto), mas que de fato atingem os mais empobrecidos.
Por Vilson Nery
O país está em chamas, nas ruas e nos
botecos o debate é sobre o Golpe, algumas pessoas já acordam do “coma
induzido” e percebem a espécie de “jogo” e a forma vil como foram
enganadas pela classe dominante, lideradas por setores da mídia,
partidos políticos e parcela do poder judiciário.
Se observou uma estranha aliança
informal entre o poli processado deputado “suspenso” Eduardo Cunha e o
Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro foi flagrado em diversos
casos de corrupção, teve dinheiro bloqueado em paraísos fiscais,
responde a processo na comissão de ética da câmara federal, e ações
penais no STF. O segundo busca a votação urgente de projetos de seu
interesse.
Uma coisa ninguém pode negar: o Supremo
Tribunal Federal somente chegou ao formato atual porque a sociedade
assim entendeu, defendendo-o contra a pressão imposta pelos militares no
“golpe anterior”, o de 1964. Naquele período, por meio dos Atos
Institucionais números 05 e 06 foram aposentados ministros e o quadro do
STF foi reduzido.
Já Eduardo Cunha conseguiu um “habeas” informal permanente, não é preso, interrogado e segue livremente prejudicando a nação.
Cunha concedeu regime de urgência para a
votação do projeto de lei que aumenta os salários de ministros do
Supremo Tribunal Federal em 16,38%, subindo dos atuais R$ 33.763 para R$
39.293,38. O impacto anual da proposta supera R$ 710 milhões. Por
“efeito cascata” todos os juízes brasileiros receberão aumento.
É uma afronta, já que políticas
inclusivas como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, estão em vias
de sofrer cortes profundos, não tanto quanto o SUS (Sistema Único de
Saúde) e o SAMU (esse serviço deve ser extinto), mas que de fato atingem
os mais empobrecidos.
Mas enquanto o deputado “suspenso” teve
contas correntes bloqueadas, U$ 2,6 (dois milhões e seiscentos mil
dólares) por iniciativa do ministério público da Suíça, e U$ 9,6 (nove
milhões e seiscentos mil dólares) por ordem do STF, aqui no Brasil não é
preso e nem molestado por seus delitos, decidindo com normalidade o
destino do país.
Basta dizer que um de seus advogados é o
Procurador da República que atuou no processo do mensalão. Lá atuava
como fera, aqui é um poodle anestesiado.
Uma das explicações pode ser esta: os juízes quem mudar a lei de carreira e apresentaram a proposta ao Eduardo Cunha.
De acordo com a proposta de alteração da
LOMAN (Lei Orgânica da Magistratura) devem ser criados os seguintes
benefícios aos magistrados: Gratificação por Plantão; Gratificação por
Tempo de Serviço; Gratificação Permanência; Produtividade; Retribuição
por Função Administrativa; Gratificação por Função de Confiança; Auxilio
Saúde; Reembolso Despesas Médicas; Ajuda de Custo para Mudança; Auxílio
Moradia, Auxilio Creche, Auxilio Funeral; Ajuda de Custo para
Capacitação, entre alguns outros complementos ao salário.
Por fim os magistrados poderão receber
até 17 salários por ano, os 12 mensais e o 13º, um integral para cada um
dos dois períodos de férias no ano e ainda um salário extra à guisa de
prêmio de produtividade a cada semestre, se o juiz julgar mais processos
do que os que chegarem.
Não sejamos inocentes: o golpe é contra os pobres e parte do judiciário o apoia.
Vilson Nery, advogado e ativista em Mato Grosso.
Fonte Fato&Notícia
QUEM DEFENDE GOLPE É GOLPISTA. NÃO ADIANTA FINGIR OU USAR DE
MÁ-FÉ. IMPEACHMENT É IMPEACHMENT. GOLPE É GOLPE. IMPEACHMENT SEM CRIME
DE RESPONSABILIDADE É GOLPE. E GOLPE DISFARÇADO DE IMPEACHMENT NÃO ESTÁ
PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO.
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