"O que está por trás da trama criminosa - com a fantasia mambembe de processo legislativo - voltada para engessar o regime jurídico da colaboração premiada é apenas o interesse de parcela da classe política, que se encontra enredada na Operação Lava Jato, em especial os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney, em evitar acordos dessa estirpe que revelem a corrupção endêmica em que incorrem continuadamente por anos e anos a fio (que admitem e comentam sem reservas nas conversas gravadas)", acrescentou Janot
No pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB), que foi negado pelo STF, a partir das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Rodrigo Janot afirma que as indicações do PSDB no governo interino faziam parte da "solução Michel", que tinha objetivo de "construir uma ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa": a proibição de acordos de colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de execução provisória da sentença penal e a alteração do regramento dos acordos de leniência
Brasil 247 - O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que nomeações de
ministros para atender aliados do PMDB e a distribuição de cargos ao
PSDB pelo presidente interino Michel Temer integravam um plano para
encerrar a Lava Jato.
As declarações constam no pedido de prisão do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do
ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que foi negado pelo STF, a partir
das gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Para Janot, as indicações faziam parte da "solução Michel", que tinha
objetivo de "construir uma ampla base de apoio político para conseguir,
pelo menos, aprovar três medidas de alteração do ordenamento jurídico
em favor da organização criminosa": a proibição de acordos de
colaboração premiada com investigados ou réus presos; a proibição de
execução provisória da sentença penal e a alteração do regramento dos
acordos de leniência.
A Procuradoria cita a nomeação de três ministros: Jucá para o
Planejamento, José Sarney Filho para Meio Ambiente e Fabiano Silveira
para a Transparência.
"Pode-se inferir destes áudios que certamente fez parte dessa
negociação [plano contra Lava Jato] a nomeação de Jucá para pasta do
Ministério do Planejamento, além da nomeação do filho de Sarney, para o
Ministério do Meio Ambiente, e de Fabiano Silveira, ligado a Calheiros,
para o Ministério que substituiu a Controladoria-Geral da União, além
dos cargos já mencionados para o PSDB", afirmou o procurador-geral.
"O que está por trás da trama criminosa - com a fantasia mambembe de
processo legislativo - voltada para engessar o regime jurídico da
colaboração premiada é apenas o interesse de parcela da classe política,
que se encontra enredada na Operação Lava Jato, em especial os
senadores Renan Calheiros e Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney,
em evitar acordos dessa estirpe que revelem a corrupção endêmica em que
incorrem continuadamente por anos e anos a fio (que admitem e comentam
sem reservas nas conversas gravadas)", acrescentou Janot.
Fonte Brasil 247
A VERDADE SOBRE O GOLPE:
( Plano para
encerrar a Lava Jato)
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