Algo semelhante ao que os brasileiros foram capazes de erguer na luta contra a ditadura e que ganhou ainda mais musculatura cívica e caráter nacional com as campanhas pela Anistia, Assembleia Nacional Constituinte e Diretas Já. E tudo isso sem internet. Imagine o potencial de crescimento , enraizamento e capilarização de um movimento desses nos dias de hoje.
Por Pepe Damasco
Consumada a infâmia do golpe de
estado, a única forma que a resistência democrática tem de expressar
solidariedade à presidenta Dilma à altura do que ela merece, e na
proporção adequada ao bárbaro crime contra o regime democrático, é a
radicalização das lutas e a unidade de todo o campo progressista.
Violentada, a consciência
democrática da sociedade já disse ao que veio logo nas primeiras horas
depois do ato de vilania cometido pelos senadores, ocupando as ruas das
principais capitais do país, praticamente de forma espontânea, já que
não houve tempo paras as entidades organizarem essas manifestações.
Mas 31 de agosto de 2016 tem de ser
visto também como o dia em que o Brasil democrático declarou guerra aos
predadores da República, às ratazanas que bateram a carteira do povo
brasileiro, roubando-lhe 54 milhões de votos. O desafio é avançar o mais
rápido possível na construção de uma frente democrática, a mais ampla
possível, que inclua todos os segmentos contrários ao golpe.
Algo semelhante ao que os
brasileiros foram capazes de erguer na luta contra a ditadura e que
ganhou ainda mais musculatura cívica e caráter nacional com as campanhas
pela Anistia, Assembleia Nacional Constituinte e Diretas Já. E tudo
isso sem internet. Imagine o potencial de crescimento , enraizamento e
capilarização de um movimento desses nos dias de hoje.
Mas esse momento de extrema
gravidade, de verdadeira tragédia nacional, requer maturidade das
lideranças, entidades e partidos que vêm conduzindo a resistência até
aqui. É preciso, em nome da causa do resgate da democracia, deixar de
lado diferenças políticas e de visão sobre as táticas e estratégias para
a edificação de uma sociedade mais justa e igualitária.
Sem unidade, o campo popular, de
esquerda e democrático certamente não terá forças para derrotar o
poderoso consórcio criminoso que assaltou o poder sem voto. Essa
unidade, porém, só terá elos fortes o suficiente para atravessar a
tempestade ser for forjada com a ocupação cada vez maior das ruas, com
guerrilha permanente nas redes e com muita mobilização social.
É fundamental pôr em pratica
políticas de atração de atores decisivos nesse embate, e que até agora
têm assistido o desenrolar dos acontecimentos de forma passiva e
perplexa : a classe operária e os milhões de brasileiros e brasileiras
que moram nas periferias do grandes centros, nos bairros pobres e nas
favelas. É luta de classes na veia
Fora a urgente organização de uma
greve geral em defesa de direitos e conquistas históricas dos
trabalhadores, os quais o governo dos canalhas pretende reduzir a pó, e a
aposta em atrair cada vez mais gente para a rua em passeatas, comícios e
ocupações, elevando a resistência a um patamar radicalizado, será
preciso usar a criatividade e lançar mão de métodos heterodoxos de
enfrentamento.
Dia desses li uma matéria na qual o
intelectual petista Hamilton Pereira diz que chegou a hora de a esquerda
brasileira exercitar junto com o povo a implementação de mecanismos de
desobediência civil. É isso. Mãos à obra.
Fonte Brasil 247
OS CANDIDATOS GOLPISTAS JÁ ESTÃO BATENDO EM NOSSAS PORTAS PEDINDO OS
NOSSOS VOTOS PARA PREFEITO OU VEREADOR. INDEPENDENTE DA SUA POSIÇÃO
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