Aos bastardos da democracia brasileira não importa transformar o Brasil num estado-pária, numa vergonha mundial, mesmo que ao custo do aprofundamento do arbítrio e do totalitarismo jurídico-midiático.
Por Jeferson Miola
Em reação à decisão liminar da ONU que determina que Lula tenha
preservado seu direito de ser candidato presidencial, a Globo defende em
editorial o "homicídio sumário" do líder de todas as pesquisas, que
seria eleito no primeiro turno da eleição.
O editorial d´O Globo deste sábado 18.8 [Eleição depende de desfecho
rápido no caso Lula], que transmite o senso comum de toda a mídia
golpista ante decisão da ONU, evidencia o pânico que abateu a ditadura
jurídico-midiática com a consolidação da consciência mundial de que Lula
é um preso político que tem seus direitos civis arbitrariamente
cassados porque representa a possibilidade de interromper o estado de
exceção para dar início à restauração democrática do Brasil e à
reconstrução econômica e social do país.
A Globo explicita, no editorial, a estratégia da pgr, do trf4 e de
segmentos do tse e do stf, que atropelam a Lei e a Constituição com
ritos sumários para perpetrar novas violências jurídicas contra Lula.
Aos bastardos da democracia brasileira não importa transformar o
Brasil num estado-pária, numa vergonha mundial, mesmo que ao custo do
aprofundamento do arbítrio e do totalitarismo jurídico-midiático.