Só não vê quem não quer: os militares se preparam para não aceitar
uma eventual e cada dia mais possível vitória de Fernando Haddad.
Primeiro integrarão, junto com o Judiciário corrompido e a mídia, uma
força tarefa voltada para impedir a todo custo que isso ocorra, com
farto apelo a ameaças, denúncias, chantagens, calúnias e toda sorte de
baixarias e sujeiras. Se nada disso der certo, tentarão uma intervenção
direta ou apoiarão uma manobra antidemocrática qualquer para impedir a
posse do candidato do Lula.
Por Bepe Damasco
Nunca fui de dar crédito a teorias conspiratórias com base em
suposições, conjecturas e teses especulativas. Mas quando a realidade
bate à porta é diferente. Nesses casos o melhor a fazer é se preparar
para enfrentar a tormenta.
O sentimento nacionalista, que marcou sucessivas gerações das forças
armadas brasileiras, foi banido da caserna. Lideradas por generais,
almirantes e brigadeiros da ativa, e insuflados pelos radicais fascistas
da reserva que gravitam em torno do Clube Militar, as tropas hoje se
colocam na linha de frente dos defensores da rapinagem do patrimônio
nacional.
Que ninguém se iluda: os militares se mantiveram em silêncio diante
do fim da lei de partilha do petróleo, que resultou no crime de lesa
pátria da entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras, por um único e
simples motivo: a cúpula das três armas está sintonizada com os
interesses imperialistas como nunca antes na nossa história.
Igualmente o ultraneoliberalismo do governo golpista de Temer conta
com forte apoio fardado. O antipetismo visceral e doentio, que tomou o
lugar do anticomunismo de outrora entre os oficiais de baixa e de alta
patente, explica a passividade ante o fim da CLT (coisa que nem a
ditadura ousou fazer) imposto pela reforma trabalhista, o congelamento
dos gastos públicos por 20 anos, o projeto de reforma trabalhista e tudo
que é modalidade de roubo dos direitos do povo.
E o moralismo udenista presente hoje nas forças armadas é seletivo e
tem viés político-ideológico. Por isso, só enxergam corrupção em Lula e
no PT. A roubalheira generalizada promovida pela gangue que ocupa o
governo da República depois do golpe de estado não incomoda nem um
pouco. Não é por acaso que o inominável capitão nazista, antes rejeitado
pelo alto oficialato, hoje é o candidato da maioria esmagadora dos
militares.
Como Temer é essencialmente um governante frouxo e rejeitado pela
quase unanimidade do povo brasileiro, o comandante do Exército, general
Villas Bôas, não se peja em dar opiniões políticas, pressionar o STF
para manter Lula preso e, absurdo dos absurdos, posar como chefe de um
poder supremo e despótico avisando que os quartéis não aceitam a
candidatura de Lula.
Em qualquer democracia minimamente consolidada, que tem como um de
seus pilares fundamentais a subordinação das forças armadas ao poder
civil, Villas Bôas seria demitido e preso. No Brasil, o monopólio
midiático, pedra angular da ditadura de novo tipo que vivemos, reverbera
suas declarações com a maior naturalidade.
Só não vê quem não quer: os militares se preparam para não aceitar
uma eventual e cada dia mais possível vitória de Fernando Haddad.
Primeiro integrarão, junto com o Judiciário corrompido e a mídia, uma
força tarefa voltada para impedir a todo custo que isso ocorra, com
farto apelo a ameaças, denúncias, chantagens, calúnias e toda sorte de
baixarias e sujeiras. Se nada disso der certo, tentarão uma intervenção
direta ou apoiarão uma manobra antidemocrática qualquer para impedir a
posse do candidato do Lula.
Desde já, cabe à esquerda e às forças democráticas investirem na
mobilização do povo, única força capaz de não permitir que o fiapo de
democracia que ainda nos resta seja arrebentado de vez.
Fonte Blog do Bepe Damasco
XÔ GOLPISTAS! AGORA HADDAD É LULA E LULA É HADDAD 13!