Pastorais Sociais, Pastorais do Campo e outras entidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tornaram pública a nota "Democracia: mudança com Justiça e Paz" alertando para possíveis retrocessos sociais com uma eventual eleição de Jair Bolsonaro (PSL); "A Constituição sai ferida com esta intolerância que nega a diversidade do povo brasileiro, estimula preconceitos e incentiva o conflito social"
Pastorais Sociais, Pastorais do Campo
e outras entidades da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
tornaram pública nesta segunda-feira (15) a nota "Democracia: mudança
com Justiça e Paz" alertando para possíveis retrocessos sociais com uma
eventual eleição do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
"A Constituição sai ferida com esta intolerância que nega a
diversidade do povo brasileiro, estimula preconceitos e incentiva o
conflito social. Estes candidatos e seus seguidores, que pregam a
tortura e a pena de morte, sustentam que as mulheres podem ter menos
direitos que os homens, usam de violência contra a população LGBT,
discriminam negros, índios e quilombolas com insultos, racismo e
xenofobia. Em resumo, atacam a democracia pelo desprezo dos seus valores
republicanos", diz o texto.
De acordo com a nota, "nosso Brasil pode ter divergências, porém sem
ódio". "Há necessidade do crescimento da economia com diminuição da
desigualdade. Com base nestes valores, temos o dever fraterno de alertar
a todos os nossos concidadãos e concidadãs, para que sua escolha no 2º
turno contemple os princípios aqui defendidos e o candidato que os
representa, integrante de uma ampla frente democrática pluripartidária,
para assegurar um futuro de Justiça e de Paz para o Brasil".
Leia a íntegra:
Há trinta anos a Constituição Federal entrou em vigor. Os
constituintes objetivaram instituir "um Estado Democrático, destinado a
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias".
No processo eleitoral em curso, um movimento antidemocrático fere
estes valores supremos assegurados pela Constituição e apela ao ódio e à
violência, colocando o povo contra o povo. Demoniza seus opositores,
classifica-os de comunistas e bolivarianos, menospreza a população do
nordeste brasileiro e tenta semear o ódio e o medo. Esta atitude já se
concretiza por meio de agressões e assassinato contra os que manifestam
posições divergentes.
A Constituição sai ferida com esta intolerância que nega a
diversidade do povo brasileiro, estimula preconceitos e incentiva o
conflito social. Estes candidatos e seus seguidores, que pregam a
tortura e a pena de morte, sustentam que as mulheres podem ter menos
direitos que os homens, usam de violência contra a população LGBT,
discriminam negros, índios e quilombolas com insultos, racismo e
xenofobia. Em resumo, atacam a democracia pelo desprezo dos seus valores
republicanos.
O candidato deste movimento quer se valer de eleições democráticas em
sentido contrário para dar legalidade e legitimidade a um governo que
pretende militarizar as instituições, garantir impunidade aos abusos
policiais, armar a população civil e reduzir ou cortar programas de
direitos humanos e sociais. Em poucas palavras, é o abandono do Estado
Democrático de Direito.
O Brasil é um país de desigualdades sociais profundas em que os ricos
estão cada vez mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres.
Estes candidatos antidemocráticos atendem às imposições do sistema
financeiro e da política neoliberal que atacam direitos sociais,
ambientais e o patrimônio do país. As possíveis consequências deste
programa são: o fim do décimo terceiro salário, a diminuição do Bolsa
Família, a extinção das cotas nas universidades e a privatização sumária
das estatais. Na verdade, tais medidas constituem a intensificação do
Governo Temer, que está produzindo desemprego, sofrimento e abandono da
população.
Tais políticas, já receberam veemente condenação do reconhecido líder
mundial, o papa Francisco: "Assim como o mandamento «não matar» põe um
limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje
devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social».
Esta economia mata." (Evangelii Gaudium, 53).
Este movimento apoia um candidato que pretende ser um político novo,
salvador da pátria, que está no Congresso há quase trinta anos, trocou
de partido oito vezes e não aprovou um projeto sequer para melhorar as
condições de vida do nosso povo, votando contra todas as políticas
sociais que beneficiariam os trabalhadores e trabalhadoras,
principalmente, os mais pobres.
Por tudo isso, nós, integrantes de organizações da sociedade civil,
portadores da convicção da inafastável dignidade da pessoa humana,
fundamento dos direitos humanos, não podemos nos omitir. Respeitamos
todos aqueles que, por motivos variados, tenham votado no 1º turno sem
atentar para estes valores, mas queremos dialogar francamente com todos.
A possibilidade de se instalar um governo como esse movimento deseja,
retoma o passado de ditadura já superado.
Nosso Brasil pode ter divergências, porém sem ódio. Há necessidade do
crescimento da economia com diminuição da desigualdade. Com base nestes
valores, temos o dever fraterno de alertar a todos os nossos
concidadãos e concidadãs, para que sua escolha no 2º turno contemple os
princípios aqui defendidos e o candidato que os representa, integrante
de uma ampla frente democrática pluripartidária, para assegurar um
futuro de Justiça e de Paz para o Brasil.
Brasília, 15 de Outubro de 2018
Cáritas Brasileira
Cáritas Brasileira
CBJP - Comissão Brasileira Justiça e Paz
CCB - Centro Cultural de Brasília
CIMI - Conselho Indigenista Missionário
CJP-DF - Comissão Justiça e Paz de Brasília
CNLB - Conselho Nacional do Laicato do Brasil
CPT - Comissão Pastoral da Terra
CRB – Conferência dos Religiosos do Brasil
FMCJS - Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
OLMA - Observatório De Justiça Socioambiental Luciano Mendes De Almeida
Pastoral Carcerária Nacional
Pastoral da Mulher Marginalizada
Pastoral Operária
SPM - Serviço Pastoral do Migrante
Fonte Brasil 247
“Erro da ditadura foi torturar e não matar”... “Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e começando por FHC”.
FRASES DO INOMINÁVEL:
“Erro da ditadura foi torturar e não matar”... “Através do voto, você não vai mudar nada neste país. Nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e começando por FHC”.
"Você só vai mudar,
infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E
fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e
começando por FHC",... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/11/17/fhc-diz-ter-medo-da-possibilidade-de-bolsonaro-conquistar-o-poder.htm?cmpid=copiaecola
"Você só vai mudar,
infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E
fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e
começando por FHC",... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/11/17/fhc-diz-ter-medo-da-possibilidade-de-bolsonaro-conquistar-o-poder.htm?cmpid=copiaecola
"Você só vai mudar,
infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E
fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e
começando por FHC", ... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/11/17/fhc-diz-ter-medo-da-possibilidade-de-bolsonaro-conquistar-o-poder.htm?cmpid=copiaecola
"Você só vai mudar,
infelizmente, quando nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E
fazendo um trabalho que o regime militar não fez. Matando 30 mil, e
começando por FHC"... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/11/17/fhc-diz-ter-medo-da-possibilidade-de-bolsonaro-conquistar-o-poder.htm?cmpid=copiaecola