
Documentário relembra assassinato de sem-terra em Pernambuco
Massacre de Camarazal, ocorrido em 1997 na Zona da Mata pernambucama, é tema do vídeo "Armas não Atiram Rosas".
Por Iberê Thenório
Marluce Silva exibe a cicatriz de bala no peito: “A marca da bala é essa aqui, e aqui é por onde tiraram ela. Só Deus sabe o que eu agüentei com essa bala no peito, de saber que meu irmão tinha morrido, e meu cunhado tinha morrido.” No assentamento Pedro e Inácio, em Pernambuco, as marcas de um assassinato que ocorreu há dez anos deixa marcas não só na memória, mas no corpo de muitos trabalhadores que ali ainda vivem.
É com cenas fortes assim que o documentário "Armas não Atiram Rosas", lançado em 6 de julho, em Recife (PE), pretende lembrar do assassinato de dois trabalhadores sem-terra ocorrido na madrugada de 9 de julho de 1997, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata pernambucana. Na ocasião, pistoleiros entraram atirando no acampamento do Engenho Camarazal, deixando cinco pessoas feridas - inclusive duas crianças - e dois desaparecidos.
Dois dias depois, os corpos de Pedro Augusto da Silva, de 42 anos, e Inácio José da Silva, de 19, foram encontrados com marcas de violência, boiando no rio Capibaribe, a cerca de 30 km do acampamento. A tragédia ficou conhecida como Massacre de Camarazal. No mesmo ano, a área foi desapropriada. No Assentamento Pedro e Inácio, como foi batizada a área, vivem hoje 79 famílias. Passados dez anos, contudo, ninguém foi formalmente acusado pelo crime.
Com depoimentos de pessoas simples que ainda vivem no Assentamento Pedro e Inácio, além de imagens do Massacre de Eldorado dos Carajás (PA) que aconteceu um ano antes, "Armas não Atiram Rosas" causa indignação não apenas pelos fatos ocorridos, mas por deixar evidente que pouco mudou. Clique para assistir ao documentário
Massacre de Camarazal, ocorrido em 1997 na Zona da Mata pernambucama, é tema do vídeo "Armas não Atiram Rosas".
Por Iberê Thenório
Marluce Silva exibe a cicatriz de bala no peito: “A marca da bala é essa aqui, e aqui é por onde tiraram ela. Só Deus sabe o que eu agüentei com essa bala no peito, de saber que meu irmão tinha morrido, e meu cunhado tinha morrido.” No assentamento Pedro e Inácio, em Pernambuco, as marcas de um assassinato que ocorreu há dez anos deixa marcas não só na memória, mas no corpo de muitos trabalhadores que ali ainda vivem.
É com cenas fortes assim que o documentário "Armas não Atiram Rosas", lançado em 6 de julho, em Recife (PE), pretende lembrar do assassinato de dois trabalhadores sem-terra ocorrido na madrugada de 9 de julho de 1997, em Nazaré da Mata, na Zona da Mata pernambucana. Na ocasião, pistoleiros entraram atirando no acampamento do Engenho Camarazal, deixando cinco pessoas feridas - inclusive duas crianças - e dois desaparecidos.
Dois dias depois, os corpos de Pedro Augusto da Silva, de 42 anos, e Inácio José da Silva, de 19, foram encontrados com marcas de violência, boiando no rio Capibaribe, a cerca de 30 km do acampamento. A tragédia ficou conhecida como Massacre de Camarazal. No mesmo ano, a área foi desapropriada. No Assentamento Pedro e Inácio, como foi batizada a área, vivem hoje 79 famílias. Passados dez anos, contudo, ninguém foi formalmente acusado pelo crime.
Com depoimentos de pessoas simples que ainda vivem no Assentamento Pedro e Inácio, além de imagens do Massacre de Eldorado dos Carajás (PA) que aconteceu um ano antes, "Armas não Atiram Rosas" causa indignação não apenas pelos fatos ocorridos, mas por deixar evidente que pouco mudou. Clique para assistir ao documentário
Fonte: Repórte Brasil.
