“Queremos ser fiscais da lei. Trabalhar para que a Lei da Ficha Limpa pegue em toda a sua plenitude”
( Ceará )
ANGELA JORDÃO/REPORTAGEM LOCAL
O Movimento de Combateà Corrupção Eleitoral (MCCE) protocolou ontem, no Tribunal Regional Eleitoral (TREMT), os primeiros pedidos de impugnação de candidaturas em Mato Grosso. O MCCE solicitou, inicialmente, a impugnação de nove candidaturas: ao governo de Wilson Santos e ao Senadode Antero Paes de Barros (ambos do PSDB) e dos candidatos a deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), Alexandre César (PT), Chica Nunes, Gilmar Fabris, Lourivaldo Rodrigues Moraes (Kirrarinha) e Zeca D’Avila (todos do DEM) e Wlamir Guse (PR). O Movimento irá protocolar mais pedidos hoje, como dos deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), que responde a uma série de processos, e Pedro Henry (PP), condenado
e cassado por compra de votos na mesma ação que envolve Chica Nunes.
De acordo com os representantes do MCCE, as impugnações são baseadas em vários fatores, “como a Lei Complementar 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, que determina a inegibilidade de candidatos que tenham sido julgados por um órgão colegiado, processos que os candidatos respondem e a vida pregressa de cada um”, explicou Vilson Nery. A Lei da Ficha Limpa só foi aprovada e sancionada este ano devido à iniciativa do MCCE Nacional, que conseguiu reunir mais de um milhão de assinaturas para o projeto, encaminhado à Câmara Federal. “Queremos ser fiscais da lei. Trabalhar para que a Lei da Ficha Limpa pegue em toda a sua plenitude”, explicou Antônio Cavalcante Filho, o Ceará.
Os pedidos de impugnação devem ser julgados pela Justiça Eleitoral até o dia 5 de agosto. Algumas das impugnações já solicitadas pelo Movimento também deverão ser pedidas pelo Ministério Público Eleitoral.
Os motivos que levaram o MCCE a pedir as impugnações foram: Wilson Santos reprovação de contas; Antero Paes de Barros - caixa dois da prestação de contas do partido (foi presidente do PSDB) e improbidade administrativa (usou um advogado da Advocacia Geral da União para atuar pelo PSDB).
Já para os candidatos a deputado, as razões são: Alexandre César - reprovação das contas do partido (PT) nas eleições municipais de 2004; Guilherme Maluf - funcionário fantasma do Pronto-Socorro de Várzea Grande; Chica Nunes - cassada por compra de votos nas eleições de 2006; Gilmar Fabris - compra de votos nas eleições de 2006; Lourivaldo Rodrigues Moraes, vereador de Pontes e Lacerda conhecido como Kirrarinha - agrediu uma jornalista e a Câmara pode cassar seu mandato; Zeca D’Avila, expresidente da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso) - reprovação da prestação de contas do Senar-MT; Walmir Guse, ex-prefeito de Conquista D’Oeste (2000-2004/2004- 2008) - improbidade administrativa (desvio de recursos do município).
Fonte: Follha do Estado
Saiba mais
Mauro e Wilson são alvos de pedidos de impugnação no TRE
ANA ROSA FAGUNDES Da Reportagem
A coligação Mato Grosso em Primeiro Lugar (PCdoB, PRB, PTN, PSC, PTC, PHS e PRP), que apoia a reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB), pediu a impugnação da candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB), também candidato ao governo do Estado.
Além dessa impugnação, outras nove foram feitas ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pelo Movimento de Combate à Corrupção (MCCE). Na lista, o principal nome é do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), também candidato ao governo.
Os argumentos para que os dois postulantes ao principal cargo de Mato Grosso não participem da disputa é parecida: reprovação das contas de campanha na eleição de 2008. Ambos já foram adversários nas urnas, disputando a prefeitura de Cuiabá.
O MCCE também pediu a impugnação de registros de candidaturas dos deputados estaduais Chica Nunes (DEM), Gilmar Fabris (DEM) e Guilherme Maluf (PSDB). Todos concorrerem à reeleição.
O candidato a senador Antero Paes de Barros (PSDB) e os candidatos a deputado estadual Alexandre Cesar (PT), o vereador de Pontes e Lacerda, Lourivaldo Rodrigo, o Kirrarinha, o ex-dirigente da Famato Zeca D’ávila e o ex-prefeito de Glória D’Oeste, Walmir Gusi, também sofreram representações contra suas candidaturas.
Como justificativa para a impugnação de Chica Nunes, a ação penal a que ela responde por formação de quadrilha. Ela é acusada do desvio de R$ 6,5 milhões da Câmara Municipal de Cuiabá, referentes ao tempo em que a então vereadora era a presidente daquela Casa, nos anos de 2005 e 2006. Fora isso, ela teve o mandato cassado em 2007 pelo TRE por compra de votos e só se mantém no cargo por força de liminar.
O deputado estadual Gilmar Fabris também foi cassado em 2007 pelo Tribunal por compra de votos. O MCCE acusa o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) de ser funcionário-fantasma de Várzea Grande.
Fonte: Diário de Cuiabá

