domingo, 3 de outubro de 2010

MAIS UMA ELEIÇÃO COM ABUSO DE PODER

Militantes do MCCE que trabalhou no ‘Plantão Prá Valer a Cidadania” na sede do Sintep de Cuiabá

Ao finalizar o plantão de recebimento e encaminhamento de denúncias de crimes eleitorais, no final deste domingo, 03 de outubro, o coordenador do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), Antonio Cavalcante Filho, constatou que, mais uma vez, alguns candidatos e partidos políticos usaram de recursos ilícitos e estruturas de instituições públicas para atingir os objetivos.


Houve denúncias de compra de votos em todo o Estado, mas principalmente em cidades de porte menor e bairros periféricos da baixada cuiabana.


O ‘Plantão Prá Valer a Cidadania’ foi instalado às sete horas da manhã na sede do SINTEP subsede de Cuiabá, e contou com a colaboração de diversos militantes, entre advogados, professores e estudantes, que se revezaram no atendimento.


“Ao que parece a compra de voto ainda é algo absolutamente normal” diz Antonio Cavalcante, para quem “o povo precisa se conscientizar de que isso [venda de voto] é crime, e a sociedade como um todo é vítima”.


Entre as denúncias recebidas pelo MCCE estavam a entrega de tiquet de combustível em troca de voto, e a pressão exercida por vereadores e presidentes de bairro, impondo o voto em determinadas candidaturas, uma espécie de ‘voto de cabresto’. Mas sempre voto em troca de dinheiro ou benefício.


A equipe que trabalhou no ‘Plantão Prá Valer a Cidadania” teve uma motivação especial este ano, que foi a Lei Ficha Limpa. “Os candidatos que estão comprando votos nesta eleição serão os ‘fichas suja’ da próxima eleição”, revela Ceará, para quem “a agilidade da Justiça Eleitoral em julgar os crimes eleitorais será importante para consolidar a imagem do TRE perante o conjunto os cidadãos”.


As denúncias mais relevantes, em torno de vinte ao todo, foram encaminhadas para investigação e processo, uma vez que somente após a constatação da veracidade dos casos é que o MCCE encaminhou para a Justiça Eleitoral.


O trabalho do MCCE, desde o período das convenções (junho de 2010) rendeu diversos inquéritos policiais e algumas ações de busca e apreensão, que poderão resultar em cassação de registro de candidatos ou mesmo impedimento para diplomação, acaso eleitos.