terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pedro Taques comanda a formação de uma espécie de 'Centrão' em Mato Grosso

 "Grupo de partidos deve fazer oposição bem comportada ao governo Silval mas todos continuarão de cócoras diante de Geraldo Riva na Assembléia". ( Pagina do Enock)




Depois que assumiu o Senado, o ex-procurador da República Pedro Taques se esforça para se credenciar como um novo e portentoso articulador político em Mato Grosso. Desde a semana passada, ele passou a coordenar uma série de reuniões e articulações visando formar um grupo de oposição ao governo de Silval Barbosa, do PMDB, que tem seu governo apoiado pelo PR, pelo PT, pelo PTB e pelo PP.

A tal oposição, que vem sendo trabalhada por Pedro Taques, reuniria PSB, PDT, PPS e PV e também o PSDB. A iniciativa de Taques ganhou espaço na mídia, sem que se alertasse, todavia, para o que me parece o mais importante. É que o mesmo grupo que se reúne para adotar 'postura crítica' com relação ao Governo do Estado, não dá um pio sequer diante do verdadeiro poder político de Mato Grosso, que continua concentrado na Assembléia Legislativa de Mato Grosso e nas mãos do deputado José Geraldo Riva, do Partido Progressista, acusado e processado pelo Ministério Público Estadual de ter promovido um verdadeiro assalto aos cofres do nosso Legislativo, desde que assumiu o comando daquela Casa, no inicio do século XXI.

Ou seja, parece que a 'oposição' que Pedro Taques pretende comandar já nasce desdentada, viciada, e se mantendo de cócoras diante do cacique Riva, pois tanto o PPS, de Percival Muniz, como o PDT, de Pedro Taques e do novato deputado Zeca Viana, quando estão na Assembléia, falam fino diante do inegável poderio de Riva.

Como fazer 'oposição' a Silval Barbosa e preservar a figura de José Riva, a personalidade política que mais escandaliza Mato Grosso diante do Brasil, dado a persistencia com que mantém seu poder em face dos demais partidos e dos demais políticos, apesar dos variados processos que responde na Justiça? Tanto o PPS, de Percival Muniz, quanto o PDT, de Pedro Taques e do novato mas já acocorado deputado Zeca Viana, legitimaram a eleição de Riva pela sexta vez, para a presidencia da Assembléia, algumas semanas depois de Riva ter tido seu mandato anterior cassado por corrupção eleitoral por nada menos que duas decisões históricas do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral, sob comando do desembargador Rui Ramos e do então corregedor desembargador Márcio Vidal. Uma fase em que o TRE se destacou, como nunca, aos olhos dos cidadãos, contribuintes e eleitorers de nosso Estado.

Como fiscalizar o governo Silval sem exigir, imediatamente, a formação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para, finalmente, investigar, dentro da própria Assembléia Legislativa, os crimes que o Ministério Público Estadual acusa o deputado Geraldo Riva de ter cometido?

Apesar dos 700 mil votos que recebeu da população e apesar de toda a expectativa com relação a uma atuação moralizadora e inovadora de sua parte, Pedro Taques aparentemente resolveu brincar de fazer política e brincar de fazer oposição. Quem fala em fazer política e em fazer oposição em Mato Grosso, sem colocar em relevo a situação escandalosa que se vive na Assembléia Legislativa, corre o risco de ficar como mais um mero enrolador, um enganador do povo.

Fonte Pagina do E


CONFIRA O QUE INFORMA NOSSA MIDIA TRADICIONAL SOBRE AS MOVIMENTAÇÕES DO SENADOR PEDRO TAQUES

Proposta da oposição agrada PSDB

ANA ROSA FAGUNDES
DO DIÁRIO DE CUIABÁ

Presidente estadual do PSDB, a ex-deputada federal Thelma de Oliveira afirmou ontem que a proposta feita pelo Movimento Mato Grosso Muito Mais (PSB, PDT, PPS e PV) para formar um grande bloco de oposição pode ser muito bem-aceita pelo partido.

O senador Pedro Taques (PDT), os deputados estaduais Percival Muniz (PPS) e Zeca Viana (PDT) e outras lideranças se reuniram ontem com os tucanos Nilson Leitão, ex-prefeito de Sinop, e o deputado estadual Guilherme Maluf, além de Thelma. O grupo do senador ainda pretende chamar DEM e PTB para se aliarem nessa composiçãO.

Conforme a presidente do PSDB, as propostas serão levadas para a Executiva estadual numa reunião que acontece hoje cedo. Em princípio, a intenção é fazer um diagnóstico sobre como o Estado está sendo conduzido pelo governador Silval Barbosa (PMDB) e se ele está cumprindo as promessas de campanha.

Nessa composição também entra a discussão para as eleições municipais de 2012. Caso essa união se concretize, será realizada com presença de todos os nmes fortes a candidato a prefeito de todas as cidades do Estado. “Todos os partidos precisam de candidatura, vamos fazer um diagnóstico em todas as cidades, escolher os melhores candidatos para termos mais chances”, explicou a ex-deputada.

Apesar da predisposição da ex-deputada, Guilherme Maluf afirmou que o projeto tem vantagens, mas também tem muitos empecilhos e um deles é justamente as eleições municipais. Ele afirmou que nas 20 maiores cidades haverá divergência entre esses partidos.

Maluf é um dos possíveis candidatos a prefeito de Cuiabá pelo PSDB. No outro grupo de oposição já há o empresário Mauro Mendes (PSB) e também do deputado Valtenir Pereira (PSB) também como possíveis nomes para a prefeitura da Capital, politicamente a mais importante do Estado.

O senador Pedro Taques disse que essa união quase se concretizou no passado, mas como se tratava de uma discussão já na época de eleição cada um continuou com seu projeto. O PSDB com o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos e o PSB com o empresário Mauro Mendes tiveram candidatos ao governo do Estado, mas não conseguiram nem levar a disputa para o segundo turno contra o candidato da situação, o governador Silval Barbosa.

Para o deputado Percival Muniz, essa união dos blocos de oposição é uma questão de sobrevivência. “Estamos pensando estrategicamente”, disse o deputado. Ele ainda analisa que o grupo deve continuar unido, contanto ainda com adesão de novos partidos, enquanto os partidos da situação PR, PMDB, PP e PT sofrerão por conta de múltiplos interesses. “Vai ser mais difícil para eles do que para a gente. São muitos interesses distintos ali dentro. Além disso, o poder tem essa característica de trazer discórdia”, disso o deputado.

Apesar de propor um bloco de oposição, o socialista afirma que na Assembleia Legislativa os deputados não devem fazer oposição gratuita. “Nos projetos bons para Mato Grosso vamos estar juntos e apoiar o governo. Mas não vamos fechar os olhos, vamos cobrar e fiscalizar”, disse Percival.

Fonte: Pagina do Enock
 
Visite a pagina do MCCE-MT
www.mcce-mt.org