quarta-feira, 11 de maio de 2011

Promotor denuncia Murilo Domingos e seu irmão




 Gabriela Galvão FE

O Ministério Público Estadual, comarca de Várzea Grande, protocolou ontem na Justiça, um pedido de improvimento integral dos recursos interpostos no Tribunal de Justiça pelo prefeito Murilo Domingos (PR), seu irmão Toninho Domingos e a ex-contadora da Casa Domingos, Sirlene Fagundes, em relação ao caso “João Só”, empresa de fachada, vencedora de inúmeras licitações na prefeitura.

Afiado em seus argumentos e sustentando a acusação de ato de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito por parte do prefeito e de seu irmão, então integrante da gestão municipal, o promotor de Justiça, Tiago de Souza Afonso da Silva desbancou, uma a uma, as justificativas utilizadas pelos acusados na tentativa de descaracterizar a ação que tramita na Justiça desde 2006.

De acordo com o promotor, que inclusive é autor de inúmeras ações contra o prefeito, principalmente quanto ao favorecimento de empresas “fantasmas” em processos licitatórios realizados no Paço Couto Magalhães, não há dúvida de que Murilo e Toninho foram simulados e usaram de subterfúgio para burlar a contratação de uma empresa pertencente a eles mesmos, da relação promíscua entre a “João Só” e a administração superior de Várzea Grande, da existência da empresa apenas no papel e dos laços existentes entre Sirlene e os irmãos, esclarecidos por ela mesma, durante oitivas realizadas no próprio Ministério Público.

Dessa forma, Tiago pede o improvimento dos recursos e que seja mantida a sentença da ação, inclusive com a perda do cargo por parte de Murilo.

CASO ‘JOÃO SÓ’

Devido a quebra de sigilo bancário dos envolvidos na ação, foi detectado que um cheque no valor de R$ 72.159,25, emitido pela prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria de Educação, foi depositado na conta da Casa Domingos, de propriedade de Murilo e Toninho.

Sirlene Fagundes, contadora da Casa Domingos e de inteira confiança dos irmãos, era uma das sócias da “João Só”.

Durante oitivas realizadas no Ministério Público, Sirlene confessou que as transações comerciais entre a empresa e a prefeitura foram iniciadas em 2002, ainda sob comando de Jayme Campos e que tinha Toninho Domingos como vice-prefeito. Sendo intensificadas após Murilo assumir a prefeitura.

Porém, mesmo com a consistência das provas e da clareza dos fatos apresentados, a ação caminha a passos lentos na Justiça.

A reportagem da Folha tentou entrar em contato com o prefeito, por meio do telefone (65) 9981 XXXX, mas o mesmo não atendeu e nem retornou as ligações até o fechamento desta reportagem. Já seu irmão, Toninho Domingos disse que entraria em contato com seu advogado para obter mais informações e posteriormente retornaria a ligação, o que também não ocorreu até o fechamento desta edição.

Fonte: Folha do Estado

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