segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O que se pode esperar de quem exerce ou busca poder sobre outros?


 Político profissional e empresário corporativo têm a mesma natureza selvagem e predatória de hienas famintas a procura de presas frágeis e desorganizadas.



O que se pode esperar de quem exerce ou busca poder sobre outros?

Nada. Quem tem o poder político no governo, empresas públicas ou privadas tem apenas uma coisa em mente, manter seu status quo, permanecer indefinidamente em seu cargo, favorecer seus afetos, parentes e amigos. E quem ainda não tem esse poder não pensa em outra coisa a não ser alcançá-lo, a todo e qualquer custo. É a mais pura ilusão pensar que alguma coisa diferente disso possa vir dessas mentes perturbadas. Se muitos de nós passou a vida toda lutando por liberdade, justiça, igualdade de oportunidade para todos, é bom saber que muitos outros dedicaram toda sua vida ao favorecimento próprio, não importa como, e para isso, não exitando em suprimir liberdade e posse alheia, trilhar rotas de corrupção.

Dizem que a única coisa que as massas devem fazer, além de trabalhar para poder alimentá-los com seus impostos, é escolher nomes de uma lista que lhes é apresentada a cada 2 anos. Nomes que, uma vez eleitos, terão todos os poderes. Para dobrar seus próprios salários, para montar quadrilhas de assalto aos cofres públicos. Para encher ainda mais as burras de banqueiros e empresários. Para elaborar leis que beneficiam eles mesmos, com vantagens exclusivas, viagens ao exterior, cartões corporativos, prostitutas de luxo.

Político profissional e empresário corporativo têm a mesma natureza selvagem e predatória de hienas famintas a procura de presas frágeis e desorganizadas. Parecem insaciáveis em sua gana por destruição. Como disse um sábio, a sede deles por fama, poder, dinheiro, equivale a beber água do mar. Quanto mais bebem mais tem sede. Não passam de personalidades enfermas, perdidas no labirinto e na vacuidade de suas próprias vidas egoístas, que perderam todo o senso de responsabilidade, e que não dão um passo à frente sem exaltar a si mesmos, sem tecer autoelogios, em propagandas mentirosas e cínicas.

Muitos se iludem. Caem no lenga-lenga dos noticiários sobre política, onde comentaristas vigiados, fantasiados de especialistas, altamente comprometidos com as ordens de seus patrões, de seus cargos altamente remunerados, apresentam descrições de CEOs corporativos, partidos políticos e de seus líderes como coisas ou pessoas sérias e com alguma virtude. E quando tecem críticas são considerações superficiais que não atingem o âmago do problema, nem expõem a mentira do sistema representativo.

Nada devemos esperar desses crápulas que estão na ponta da pirâmide política e corporativa. Nossa principal perspectiva com relação a eles deve ser sua mais urgente derrocada.

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Do ponto de vista do beneficiamento das massas, esse sistema fracassou há muito em todo o mundo. Tanto partidos políticos como os organismos sindicais que são usados como trampolim ao poder, transformaram-se em verdadeiras gangs de engravatados, e quadrilhas de bandidos...




Democracia é uma palavra de origem grega (demos: povo, kratos: poder). No sentido original é uma forma de governo na qual a decisão é exercida diretamente pelos cidadãos. Nesse caso é conhecida como democracia direta.

Bem longe disso, tanto no tempo quanto na prática, a praxis atualmente no mundo é o sistema representativo, criado, adaptado e desenvolvido para atender aos interesses de grupos ligados a ideologias e ou classes dominantes, entre elas, banqueiros, corporações, grandes empresários, e políticos profissionais. Esses grupos ideológicos e ou classes dominantes através da propaganda massiva e maciça procuram convencer o homem comum, pelo menos no dia da eleição, de que é ele que está no comando, e que tudo que precisa fazer é escolher nomes de políticos profissionais que lhes são apresentados a cada dois anos para ocuparem cargos ligados à criação de leis e fiscalização, e cargos ligados à administração dos recursos arrecadados coercitivamente da população.

Do ponto de vista do beneficiamento das massas, esse sistema fracassou há muito em todo o mundo. Tanto partidos políticos como os organismos sindicais que são usados como trampolim ao poder, transformaram-se em verdadeiras gangs de engravatados, e quadrilhas de bandidos, cujo interesse principal é tirar proveito do cargo em benefício próprio e de seus grupos empresariais que lhes dão apoio e sustento.

Mudar esse sistema não será fácil. Os meios de comunicação de massa estão nas mãos de pessoas que não tem interesse na horizontalização nos processos decisórios. As grandes e poderosas corporações e grandes empresas organizadas de forma piramidal, também querem manter o status quo de seus dirigentes. A luta por essa mudança jamais poderia ser implementada com sucesso em um ou outro país, mas pode ter sucesso absoluto se implementada simultaneamente em todo o mundo. O mais forte aliado do atual estado de coisas é o Estado, com suas inúmeras ferramentas de repressão, como as forças armadas, seu sistema carcerário, seus juízes, em sua maioria míopes aos direitos da grande maioria das pessoas, e prontos a servir os ricos e grandes proprietários.

Mas os tempos estão mudando. Essa tarefa de acabar com o sistema representativo será implementada simultaneamente em todo o mundo a partir de 15 de outubro de 2011, conectada à tag #15o. A tática escollhida inspirou-se nos acampamentos e assembléias massivas implementadas na praça Tahrir no Cairo e na praça Syntagma na Grécia. Esses acampamentos gigantescos e assembléias populares são ao mesmo tempo um meio e um fim. Um meio porque as pessoas que se unem nesses ajuntamentos sabem que ali terão voz efetiva de tomada de decisão. E um fim porque serão essas assembléias que futuramente ditarão o destino dos bairros, das cidades, das nações.

Fonte: O Taborita

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A Doutrina do Choque

E por causa de tudo isso, nosso futuro como raça, parece que foi traido e roubado, ou coisa pior." ( Orua )


Em A Doutrina do Choque, Naomi Klein destrói o mito de que a política de livre mercado global triunfou democraticamente. Expondo o pensamento, a origem do dinheiro e os joguetes por trás das crises e guerras que mudaram o mundo nos últimos 40 anos. A Doutrina do Choque é a história de como a política de "livre mercado" dos EUA passou a dominar o mundo, por meio da exploração de povos e países, assolados por desastres ou em estado de choque. Dirigido por Mat Whitecross e Michael Winterbottom, codiretores de Estrada para Guantánamo.

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