e expõe incongruências do governo que tenta impor VLT sem estudo técnico. Arquimedes, do Crea, informa que entidade não teve acesso a qualquer projeto de mobilidade
Domingos Sávio, falando como cidadão, criticou o desperdício de dinheiro que vem cercando as definições na área da mobilidade urbana, em Cuiabá
Por Enock Cavalcante
Quem foi para ver Aldo Locatelli ou esperava pela aparição de Pedro Taques, acabou vendo mesmo, mais uma vez, o promotor Domingos Sávio Arruda em ação. Na audiencia pública convocada pela Assembléia Legislativa para debater mobilidade urbana, quem polarizou as atenções foi Domingos Sávio Arruda, que falou como cidadão e defendeu que o Governo do Estado e a Agecopa deixem de aventuras e implementem os estudos pelos quais já pagaram há mais de ano e que apontam a viabilidade economica do BRT.
De acordo com o promotor, o tempo está passando, o dinheiro do contribuinte está sendo desperdiçado e ninguém sabe ao certo o que vai ser feito neste setor vital. Domingos Sávio provocou risos na platéia quando comparou o VLT com o carro luxuoso de propriedade do presidente da Agecopa, Éder Moraes. 'Todo mundo sonha em ter uma Land Rover ou um BMW como o do Éder Moraes, que se envolveu em um acidente outro dia próximo ao shopping Pantanal. Só que não dá pra todo mundo ter esse luxo, a gente opta por um carro mais barato. A mesma coisa acontece com o BRT, que é o projeto mais barato para ser adotado em Cuiabá, com a vantagem de que já teve aprovação lá de Brasilia, conforme confirmam inúmeros documentos fornecidos pela própria Agecopa.'
Depois do pronunciamento de Domingos Sávio - que se retirou para participar de outra reunião no Ministério Público -, diversos oradores que foram a tribuna se referiram a sua fala. O presidente de bairro do Pedra 90, Baiano, apoiou o promotor e disse que é preciso poupar os recursos públicos, que são raros, para garantir investimentos em saúde, segurança pública e educação, que estão em crise permanente em Mato Grosso. A presidente da Associação dos Usuários do Transporte Público, Marleide Santos, procurou ironizar os questionamentos de Domingos Sávio, indagando se ele andava de onibus. Na mesma linha, seguiu o presidente da Femab, Walter Arruda. Muvuca acusou Domingos Sávio, que é promotor do Meio Ambiente, de não fiscalizar construções irregulares pela cidade. Tito do Terra Nova sugeriu a quebra do sigilo bancário de quem defende o BRT para que se saiba de onde vem o dinheiro que sustenta este tipo de campanha. Gauchinho, da Ong Moral, apoiou Domingos Sávio, lembrou as obras inacabadas, criticou o desperdicio do dinheiro público e cobrou a conclusão das obras do Hospital Geral. Éder Moraes, em seu pronunciamento deixou evidente que não gostou da piada com seu BMW e disse que 'o carro que eu uso é um problema só meu com a Receita Federal'.
Na mesma audiencia, o representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, Arquimedes Pereira Neto, informou que, até agora, a entidade não teve acesso a qualquer projeto de mobilidade urbana, por mais que solicitasse este acesso a Agecopa.
Fonte: Pagina do E
Saiba mais:
DUELO AO PÔR DO SOL - Éder Moraes e Carlos Brito se enfrentam durante audiencia pública. Para Éder, Brito sempre foi incompetente. Para Brito, Éder se comporta como déspota na presidencia da Agecopa.
Carlos Brito garante que Agecopa tem na sua presidencia um déspota
Da pagina do E
A audiencia pública na Assembléia Legislativa serviu para confirmar, ao vivo e a cores, via TV Assembléia para todo Estado, que o presidente da Agecopa, Eder Moraes, e seu diretor, Carlos Brito, estão travando uma guerra sem trégua. Depois das críticas do promotor Domingos Sávio, falando como cidadão, quanto a falta de coerencia no planejamento das obras preparatórias para a Copa de 2014, Carlos Brito resolveu ocupar a tribuna, também como cidadão, para dizer que ele não consegue acessar informações confiaveis, dentro da Agecopa, sobre providencias como as desapropriações de imóveis que estão sendo planejadas para a área central de Cuiabá. Ele também deixou claro que, dentro da própria Agecopa, ninguém sabe qual o projeto que respalda a tão propalada adoção do VLT. Na hora em que ocupou a tribuna, Éder partiu com tudo pra cima de Brito, e começou afirmando, sem citar o nome de Brito, que ele, como secretário de Segurança e chefe da Casa Civil, deixara um legado de incompetencia. Brito não se conteve e tentou responder na mesma hora ao presidente da Agecopa que o calou dizendo que o ouvira sem o interrromper. Em seu pronunciamento, Eder sugeriu que há muita coisa dentro da Agecopa que ele precisa encaminhar solitariamente, como presidente, para que não seja boicotado por setores internos que resistem a sua orientação. Brito logo retomou a palavra para a réplica e disse que a Agecopa é comandada por um presidente que age como um déspota. No final da reunião, Brito evitou falar sobre o incidente e disse que não sabe como as coisas vão continuar caminhando dentro da agencia. Outros diretores da Agecopa que estiveram presentes a plenaria, talvez mais pragmáticos e mais apegados aos seus carguinhos do que Carlos Brito, como Roberto França, Agripino Bonilha, Yenes Magalhães e Yuri Bastos preferiram se manter calados o tempo todo.
Fonte: pagina do Enock
Leia mais:
CAIXA PRETA DA AGECOPA - No vácuo de políticos mediocrizados como Percival Muniz, Pedro Taques, Guilherme Maluf e Valtenir, promotor Domingos Sávio Arruda e o diretor da Agecopa Carlos Brito acabam por atuar como verdadeiros líderes da Oposição em MT
Sensibilidade política e social. Foi isso o que demonstraram, neste final de semana, o promotor Domingos Sávio e o diretor da Agecopa, Carlos Brito. Diante do vácuo aberto por aqueles que deveriam atuar como políticos de Oposição, na fiscalização dos atos do Governo do Estado, estes dois personagens - por razões diversas, que merecem aprofundamento e mesmo que se discorde de seus posicionamentos - demonstraram um profundo compromisso com os interesses de nossa sociedade, fazendo aflorar o contraditório numa questão tão candente como é o da modalidade pública em Cuiabá, nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Num segundo plano, o deputado Geraldo Riva - com toda a enorme capivara de processos que pesa sobre sua carreira política - também contribuiu, com a promoção da audiencia pública, para uma maior democratização das informações.
Ficou evidente a concentração e o boicote de informações que vem sendo mantido pelo presidente da Agecopa, Éder Morais, que declarou em alto e bom som que ele esconde mesmo de outros dirigentes da Agecopa muito dos dados com que trabalha temendo boicotes e outras patifarias. Para o cidadão, que paga toda a conta deste jogo, é um absurdo que uma estrutura de poder tão importante quanto a Agecopa seja conduzida desta maneira. Tá faltando coragem ou clareza política para que o Governo do Estado, comandado pelo governador Silval Barbosa, estruture a Agecopa de forma a atuar com transparencia aos olhos dos cidadãos.
Resta a esperança que, diante da evidencia destes descaminhos, a nossa valorosa imprensa reaja, deixe de atuar como máquina de propaganda do atual governo, e atue em favor do efetivo esclarecimento da população. A gente nunca deixa de sonhar. O que é certo é que não dá pra continuar vendendo a adoção do VLT como um jogo acabado quanto a confusão dentro da Agecopa e em torno dela continua cada vez maior.
Fonte: pagina do Enock
Visite a pagina do MCCE-MT