quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Privataria Tucana e a Mídia apátrida, partidarizada, cúmplice, vendida, corrompida.



Sete ministros da presidente Dilma já caíram. sempre em razão de denúncias de corrupção ou tráfico de influência. Em todos os casos, a mídia cumpriu seu papel. Investigou e manchetou. Impiedosamente. A oposição botou a boca no trombone, como lhe cabe fazer. Mas desde sexta-feira o que se ouve é um Estrondoso Silêncio.


Sexta-feira chegou às livrarias "A privataria tucana".

De autoria do jornalista Amaury Ribeiro Jr, o livro trata de um milionário esquema de lavagem de dinheiro. Dinheiro que seria fruto de operações desde a época em que, no governo Fernando Henrique, o Brasil privatizou seu setor de telefonia.
 
O livro tem 340 páginas: 112 páginas são documentos. Documentos confidencias da CPI do Banestado, documentos obtidos em juntas comercias, e em paraísos fiscais. Personagens centrais do livro são o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de OIiveira, e José Serra. Serra e alguns dos seus familiares.
 
Também na sexta-feira, a revista Carta Capital chegou às bancas com o mesmo tema: o livro de Amaury. Na sexta a revista Terra Magazine entrevistou Amaury, no sábado o jornal da Gazeta informou, as redes sociais debatem desde então. E é só. Nenhuma notícia nos telejornais, jornais, na chamada Grande Mídia. Só um silêncio ensurdecedor.
 
Se murmura que faltaria credibilidade a Amaury Ribeiro. Isso por ele ter sido indiciado pela Polícia Federal. Há um ano, sob acusação de espionar Serra e sua família. Em seu livro, Amaury diz que investigava, isso sim, era a espionagem no ninho tucano. Da campanha de Serra contra Aécio Neves.
 
Perguntas: alguém invocou credibilidade do Sombra, aquele que recebia e pagava e levou à queda do governador Arruda? E quando Roberto Jefferson denunciou o chamado mensalão? Os motivos que o levaram à denúncia, a sua carreira até então, silenciaram o noticiário? Não. E nem deveriam silenciar.
 
O policial João Dias, que recebia dinheiro como confessou, há pouco levou à queda do ministro dos Esportes, Orlando Silva. O policial fez a denúncia dizendo ter um vídeo onde entregava dinheiro para o ministro ou os seus. O vídeo não existe. Mas o noticiário seguiu, fatos surgiram e o ministro caiu.
 
E Paulo Lacerda? O íntegro, o competentíssimo, honesto delegado que refundou a Polícia Federal? Lacerda deixou a Abin, foi para o exílio em Portugal por conta de um grampo eletrônico que nunca existiu. Mas que serviu para começar a matar a operação Satiagraha. Aquela que prendeu Daniel Dantas. Dantas que também está no livro.
 
Os citados no livro A Privataria Tucana seguem em silêncio. A mídia, sempre pronta para investigar e manchetar, segue em silêncio. Um silêncio estrondoso. Se continuar assim, um silêncio profundamente revelador.

Fonte: youtube.com

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Leia mais:

Manual de justificativas pra velha mídia alegar por que deixou passar em branco o livro do Amaury



 
1. Pensei que era tudo legal, por isso não demos naquele momento.

2. Faltou tempo.

3. Faltou espaço.

4. Faltou vergonha.

5. O FHC disse que tudo tinha sido bem feito e era pelo bem do Brasil.

6. Já tinha resenha do livro do FHC.

7. O Serra ligou e pediu pra não dar nada.

8. Achamos que ia ficar chato pra nós.

9. Achamos que as Veronicas iam ficar muito mal.

10. Não achamos que ia dar público.

11. Deixamos pra dar mais tarde.

12. Não gostamos de matérias sensacionalistas.

13. Já tinha saído na mídia alternativa.

14. Isso é trololó do PT.

15. Se privatização fosse ruim, o FHC não teria feito.

16. Nós somos empresas privadas, gostamos disso.

17. Nós apoiamos na hora, somos coerentes, não íamos mudar de ideia só porque nos provem o contrário.

18. Deu preguiça de ler aquele troço todo.

19. Já escondemos tanta coisa, uma a mais, uma a menos...

20. As empresas estão melhor (pra nós) na mão de capitais privados.

21. Ia ficar mal pra nós.


Fonte; Carta Maior

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