quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Rezende nega a doação ilegal de terreno; ameaça processar MCCE

"Como deputado, Sebastião Rezende usa a tribuna para atacar a gente que denuncia coisas que ele não quer que a sociedade saiba...“Nesses 12 anos em que o MCCE atua, muitos que denunciamos usaram este discurso de que são inocentes”.(Antonio Cavalcante Filho)

 Ceará e Vilson Nery, coordenadores do MCCE-MT



Por Gláucia Colognesi e Gabriela Galvão/RDNEWS

Irado com denúncia feita pelo Movimento de Combate à Corrupção (MCCE) sobre suposta doação ilegal feita pelo governo de espaço físico no bairro CPA IV para uma ONG que seria de sua propriedade, o deputado estadual Sebastião Rezende (PR) ameaçou processar o diretor do movimento, Antonio Cavalcante Filho, o Ceará.

Rezende negou que seja dono da ONG, reforçou que o MCCE tem que provar as denúncias que faz e respeitá-lo. O parlamentar também classificou a acusação como comentário maldoso e responsabilizou a imprensa. "Os veículos têm que ter responsabilidade e não dar vazão a comentários maldosos como estes, dizendo que estou levando vantagens sobre essa emenda", protestou.

Na denúncia, consta que o prédio poderá ser utilizado por 50 anos, sem que a Ong precise pagar nada ao governo e além disso, o deputado teria feito emendas ao orçamento para beneficiar sua organização.

O diretor do movimento, entretanto, declarou que o parlamentar tem direito de processá-lo, mas afirmou que tem provas e indícios que comprovam as irregularidades. “Nesses 12 anos em que o MCCE atua, muitos que denunciamos usaram este discurso de que são inocentes”, ironizou.

Ceará disparou ainda, que considera natural a ameaça de processo vinda de uma pessoa que tem imunidade parlamentar. "Como deputado, ele usa a tribuna para atacar a gente que denuncia coisas que ele não quer que a sociedade saiba", pontuou.


O deputado, por sua vez, conta com o apoio dos colegas Jota Barreto (PR), Romoaldo Júnior (PMDB) e Dilmar Dal'Bosco (DEM). "Vossa excelência é um homem de bem, conseguiu um salão para ser usado em benefício da área social. Não é o Ceará e nem ninguém que vai desmotivá-lo, porque o senhor tem o respeito de todo o segmento religioso", afirmou Barreto. O deputado Romoaldo Júnior pediu que Rezende não se abale. “Essas denúncias não vão desmerecer o trabalho bonito que o senhor faz", concluiu.

Fonte: RDNEWS
Saiba mais:

MCCE cobra providências do MP sobre obras de quadras esportivas que ameaçam integridade física de estudantes em escolas públicas e quer anulação de doação de prédio no CPA entregue sem licitação pelo Governo Silval ao deputado Sebastião Rezende

 

 

 ‘Fórum sobre a Corrupção’, realizado na sede das promotorias, em Cuiabá.


O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) aproveitou o evento realizado pelas Promotorias de Cuiabá na manhã do dia (30/11) para apresentar denúncias de indícios sérios de corrupção no Governo do Estado.

Segundo documentos que foram apresentados pelos ativistas anti corrupção ao Ministério Público Estadual, diversas quadras esportivas estão sendo construídas no interior do estado em escolas estaduais sem as mínimas condições estruturais de segurança, pondo em risco a integridade física de crianças e adolescentes.

Segundo o Coordenador do MCCE, Antonio Cavalcante Filho, “algumas quadras feitas em escolas da região da grande Cáceres nem chegaram a ser inauguradas porque foram destruídas na primeira chuva. Não foi feito aterramento e o material de construção é de péssima qualidade” A representação traz inclusive fotografias das obras, demonstrando a péssima qualidade do gasto público.

Outra denúncia do MCCE é ainda mais grave. O Governo do Estado cedeu a antiga sede dos antigos combatentes de guerra, localizada no CPA IV, para uma ONG dirigida por um deputado estadual. O parlamentar aproveitou a ‘deixa’ e fez emendas ao orçamento pedindo dinheiro público para reforma e ampliação de seu ‘mimo’.

A ONG vai usar o prédio público por cerca de 50 anos, sem pagar nada. Nada disso passou por um processo de licitação pública, o patrimônio foi entregue às escuras.

A população do CPA IV, que desejava uma biblioteca ou um ‘ganha tempo’ naquele imóvel público se revoltou e fez uma passeata contra o ‘presente’ do Governo à ONG do deputado estadual. É que além de receber de graça o prédio público, a ONG do político pretende trabalhar com recuperação de usuários de drogas.

O problema é que ao lado da antiga sede dos ex combatentes de guerra funciona uma escola pública, há creches na região, e a vizinhança com dependentes químicos revoltou a população local. Muitos temem pela segurança. O MCCE pediu investigação sobre a suspeita doação gratuita feita à ONG, sugerindo punição à dilapidação do patrimônio público. E que o prédio volte ao uso da comunidade do CPA IV.


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