Crise se agrava na Saúde
Além de remédios faltam insumos, materiais básicos e médicos nas
principais unidades de saúde do Estado que funcionam ao Deus dará
GUSTAVO NASCIMENTO
Diário de Cuiabá
Faltam medicamentos, insumos, materiais básicos e até médicos nas
principais unidades de saúde do Estado. Os locais funcionam em condições
precárias, em prédios antigos e com problemas estruturais. Há mais de
40 dias sem receber novos pacientes por falta de condições e médicos,
profissionais do Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto
Botelho organizam manifestação.
No próximo dia 30, os profissionais irão protestar em frente ao
Shopping Pantanal. Os servidores também planejam uma passeata até a
Secretaria de Estado de Saúde e Assembleia Legislativa do Estado.
De acordo com uma servidora, que não quis se identificar, a unidade
está funcionando apenas pela vontade dos servidores, pois não existe a
miníma condição de trabalho. Ela afirmou que rotineiramente faltam
insumos e equipamentos básicos, além de medicamentos.
A servidora afirmou que há 40 dias faltam médicos nas escalas além de
psicotrópicos, medicamentos clínicos e antibióticos. Há mais de quatro
anos, a unidade não recebe material de Arte Terapia. “Os próprios
profissionais compram ou trazem de casa”.
Outro problema relatado foi a reforma realizada no local, no início
do ano. Em menos de seis meses, já existem diversas goteiras, problemas
hidráulicos e elétricos. “Eles reformaram uma ala, porém não concluíram o
serviço. Também não atenderam o que pedimos”.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da
Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Alzita Ormond, a situação das unidades
é de abandono. “Falta tudo, desde luvas às copos de descartáveis,
medicamentos e outros insumos. Como eu costumo relatar, estamos
vivenciando o caos, abaixo do caos. Queremos trabalhar, mas não temos
como atender”.
Segundo a presidente, o problema crônico vem sendo empurrado há mais
de 10 pelo Estado. Ela afirmou que as reclamações vem de praticamente
todas as unidades, como o Centros Integrado de Apoio Psicossocial
(Ciaps), Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridac), MT
Hemocentro e a Farmácia de Alto Custo. “Nós já denunciamos em todas
esferas, porém pouco foi feito até agora”.
Na última semana, pacientes da Farmácia de Alto Custo, em Cuiabá,
ficaram sem medicamentos. Os funcionários contratados responsáveis
deixaram de realizar o atendimento devido à falta de pagamento.
No mês de junho, profissionais do MT Hemocentro realizaram um
protesto também pela falta de materiais. Segundo os servidores, os
usuários do Hemocentro recebem sangue não fenotipado, o que anula as
chances de transplante de medula.
O Cridac vem funcionando parcialmente desde junho de 2013. A unidade
chegou a ser interditada pela Defesa Civil e parte da estrutura foi
transferida para outro prédio, porém algumas atividades não voltaram a
funcionar por falta de materiais.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, o Ciaps
Adauto Botelho passou por reformas e os psicotrópicos foram comprados e
deverão ser entregues na próxima segunda-feira (21). Conforme a
assessoria, uma equipe técnica vai decidir quando a unidade voltará a
receber internações, porém os pacientes não estão desatendidos, pois as
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) realizam as ações urgentes.
Segundo a assessoria, a SES tem um recurso de R$ 8 milhões para
reformar os dois prédios do Cridac. A Secretaria está juntando os
documentos para abrir a licitação.
Segundo a SES, 80% dos problemas do Hemocentro já foram resolvidos, local foi desinterditado e já conta com insumos.
Fonte Diário de Cuiabá
VAMOS TODOS TORCER PELO FUTURO DO NOSSO ESTADO E DO BRASIL! DIGA NÃO AOS FICHAS-SUJAS!
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