sábado, 19 de julho de 2014

RUMO A UTI: Saúde de Mato Grosso entra em colapso


Crise se agrava na Saúde

Além de remédios faltam insumos, materiais básicos e médicos nas principais unidades de saúde do Estado que funcionam ao Deus dará



Diário de Cuiabá 

Faltam medicamentos, insumos, materiais básicos e até médicos nas principais unidades de saúde do Estado. Os locais funcionam em condições precárias, em prédios antigos e com problemas estruturais. Há mais de 40 dias sem receber novos pacientes por falta de condições e médicos, profissionais do Centro Integrado de Assistência Psicossocial Adauto Botelho organizam manifestação. 

No próximo dia 30, os profissionais irão protestar em frente ao Shopping Pantanal. Os servidores também planejam uma passeata até a Secretaria de Estado de Saúde e Assembleia Legislativa do Estado. 

De acordo com uma servidora, que não quis se identificar, a unidade está funcionando apenas pela vontade dos servidores, pois não existe a miníma condição de trabalho. Ela afirmou que rotineiramente faltam insumos e equipamentos básicos, além de medicamentos. 

A servidora afirmou que há 40 dias faltam médicos nas escalas além de psicotrópicos, medicamentos clínicos e antibióticos. Há mais de quatro anos, a unidade não recebe material de Arte Terapia. “Os próprios profissionais compram ou trazem de casa”. 

Outro problema relatado foi a reforma realizada no local, no início do ano. Em menos de seis meses, já existem diversas goteiras, problemas hidráulicos e elétricos. “Eles reformaram uma ala, porém não concluíram o serviço. Também não atenderam o que pedimos”. 

De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Alzita Ormond, a situação das unidades é de abandono. “Falta tudo, desde luvas às copos de descartáveis, medicamentos e outros insumos. Como eu costumo relatar, estamos vivenciando o caos, abaixo do caos. Queremos trabalhar, mas não temos como atender”. 

Segundo a presidente, o problema crônico vem sendo empurrado há mais de 10 pelo Estado. Ela afirmou que as reclamações vem de praticamente todas as unidades, como o Centros Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps), Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Correa (Cridac), MT Hemocentro e a Farmácia de Alto Custo. “Nós já denunciamos em todas esferas, porém pouco foi feito até agora”. 

Na última semana, pacientes da Farmácia de Alto Custo, em Cuiabá, ficaram sem medicamentos. Os funcionários contratados responsáveis deixaram de realizar o atendimento devido à falta de pagamento. 

No mês de junho, profissionais do MT Hemocentro realizaram um protesto também pela falta de materiais. Segundo os servidores, os usuários do Hemocentro recebem sangue não fenotipado, o que anula as chances de transplante de medula. 

O Cridac vem funcionando parcialmente desde junho de 2013. A unidade chegou a ser interditada pela Defesa Civil e parte da estrutura foi transferida para outro prédio, porém algumas atividades não voltaram a funcionar por falta de materiais. 

De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde, o Ciaps Adauto Botelho passou por reformas e os psicotrópicos foram comprados e deverão ser entregues na próxima segunda-feira (21). Conforme a assessoria, uma equipe técnica vai decidir quando a unidade voltará a receber internações, porém os pacientes não estão desatendidos, pois as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) realizam as ações urgentes. 

Segundo a assessoria, a SES tem um recurso de R$ 8 milhões para reformar os dois prédios do Cridac. A Secretaria está juntando os documentos para abrir a licitação. 

Segundo a SES, 80% dos problemas do Hemocentro já foram resolvidos, local foi desinterditado e já conta com insumos. 

Fonte Diário de Cuiabá

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