"Os companheiros petistas deveriam estar cientes de que partidos de esquerda precisam governar com as massas e para as massas, caso contrário não terão quem os defenda desses golpes de mestre da direita. Ao decepcionar a militância idealista e, falemos claramente, revolucionária, o PT se tornou tão vulnerável que agora pode ser melancolicamente abatido nas urnas, sem necessidade dos antiquados golpes de estado".
Segundo notícia divulgada às 18h03 no site da Folha de S. Paulo,
o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria fornecido à Polícia
Federal os nomes de um governador, 12 senadores e 49 deputados,
acusando-os de receber 3% do valor dos contratos firmados pela Petrobrás
entre 2004 e 2012.
Costa, que firmou um acordo de delação premiada para escapar de uma
possível condenação a mais de 30 anos de prisão, foi responsável pela
obra mais cara da Petrobras, a refinaria Abreu e Lima (PE), cujo preço
final pode ultrapassar R$ 40 bilhões. Segundo a Polícia Federal, os
contratos eram superfaturados e o sobrepreço, repassado pelas
empreiteiras ao doleiro Alberto Youssef. O doleiro, por sua vez,
cuidaria da distribuição do suborno aos políticos, todos do PT, PMDB e
PP.
Salta aos olhos que a informação, se verdadeira, terá sido vazada no momento mais conveniente possível para os adversários do governo. E, claro, não por acaso.
Mas, os companheiros petistas deveriam estar cientes de que partidos de esquerda precisam governar com as massas e para as massas, caso contrário não terão quem os defenda desses golpes de mestre da direita. Ao decepcionar a militância idealista e, falemos claramente, revolucionária, o PT se tornou tão vulnerável que agora pode ser melancolicamente abatido nas urnas, sem necessidade dos antiquados golpes de estado.
Mas, os companheiros petistas deveriam estar cientes de que partidos de esquerda precisam governar com as massas e para as massas, caso contrário não terão quem os defenda desses golpes de mestre da direita. Ao decepcionar a militância idealista e, falemos claramente, revolucionária, o PT se tornou tão vulnerável que agora pode ser melancolicamente abatido nas urnas, sem necessidade dos antiquados golpes de estado.
Será que os grãos petistas decidirão finalmente tirar seu craque do
banco de reservas? Lula é o único que talvez ainda consiga segurar esta
onda. Com Dilma, a derrota é certa. Quem viver, verá.
Saiba mais
Denúncias Delação premiada sobre propina a parlamentares, com citação de Renan Calheiros, pode ser a bala de prata da eleição
ANDREZA MATAIS E RICARDO BRITO – O ESTADO DE S. PAULO
05 Setembro 2014 | 16h 51
Em depoimento à Polícia Federal, Paulo Roberto Costa menciona pagamentos de comissão sobre contratos da estatal a pelo menos 32 parlamentares, um governador e cinco partidos
BRASÍLIA – O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobrás firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.
Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Paulo Roberto nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.
Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: “Todo dia tinha político batendo em sua porta”.
Num depoimento, ele citou uma conta de um “operador do PMDB” em um banco europeu. Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.
O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos serão remetidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.
O acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena que ele receberá será mínima comparada aos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos — já é réu em duas ações, uma sobre corrupção na Petrobrás e outra sobre ocultação e destruição de documentos.
O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.
Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia foram mais de quatro horas. Um advogado do Paraná que esteve com ele diz que Paulo Roberto está “exausto, mas se diz aliviado”.
O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um “arquivo vivo”.
Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília. A PGR mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação.
O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o Ministério Público Federal uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado, em 2003), mas desistiu ao ser informado que pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.
Fonte Vi o Mundo
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Denúncias Delação premiada sobre propina a parlamentares, com citação de Renan Calheiros, pode ser a bala de prata da eleição
ANDREZA MATAIS E RICARDO BRITO – O ESTADO DE S. PAULO
05 Setembro 2014 | 16h 51
Em depoimento à Polícia Federal, Paulo Roberto Costa menciona pagamentos de comissão sobre contratos da estatal a pelo menos 32 parlamentares, um governador e cinco partidos
BRASÍLIA – O ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, citou pelo menos 32 deputados e senadores, um governador e cinco partidos políticos que receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobrás firmados durante sua gestão na diretoria de Abastecimento da estatal petrolífera.
Desde sexta feira, 29 de agosto, Paulo Roberto está depondo em regime de delação premiada para tentar obter o perdão judicial. Ele é alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que desmantelou um grande esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. São depoimentos diários que se estenderam por toda semana. O número de políticos citados foi mencionado por Paulo Roberto nos primeiros depoimentos, mas pode crescer até o final da delação.
Paulo Roberto relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás, em quase todas as áreas da estatal. Partidos políticos eram supostos beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. E exemplificou: “Todo dia tinha político batendo em sua porta”.
Num depoimento, ele citou uma conta de um “operador do PMDB” em um banco europeu. Paulo Roberto contou que os desvios nos contratos da Petrobrás envolveriam desde o funcionário do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão na diretoria de Abastecimento, entre 2004 e 2012.
O ex-executivo também citou quase todas as grandes empreiteiras do País que conseguiram os contratos. Inicialmente seu alvo foram as empresas, mas não havia como isentar os políticos, uma vez que, segundo ele, foram beneficiados com propinas. Por causa da citação aos políticos, que têm foro privilegiado, os depoimentos serão remetidos para a Procuradoria Geral da República. A PGR afirmou que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.
O acordo de delação premiada assinado por Paulo Roberto prevê praticamente o perdão judicial. A pena que ele receberá será mínima comparada aos 50 anos que poderia pegar se responder aos processos — já é réu em duas ações, uma sobre corrupção na Petrobrás e outra sobre ocultação e destruição de documentos.
O acordo prevê que o ex-executivo será colocado em liberdade quando encerrar os depoimentos. Ele deve ficar um ano usando tornozeleira eletrônica, em casa, no Rio, sem poder sair na rua.
Os depoimentos têm sido longos. No primeiro dia foram mais de quatro horas. Um advogado do Paraná que esteve com ele diz que Paulo Roberto está “exausto, mas se diz aliviado”.
O ex-executivo teria demonstrado preocupação apenas quando soube que a imprensa noticiou a delação premiada. Seu temor é se tornar um “arquivo vivo”.
Os depoimentos são todos filmados e tomados em uma sala na Custódia da PF em Curitiba. Ao final de cada dia os depoimentos são lacrados e criptografados pelo Ministério Público Federal, que os envia diretamente para a PGR, em Brasília. A PGR mandou emissário a Curitiba no início do processo de delação.
O doleiro Alberto Youssef, também preso acusado de ser um dos cabeças do esquema desbaratado pela Lava Jato, também tentou negociar com o Ministério Público Federal uma nova delação premiada (ele fez a primeira no caso do Banestado, em 2003), mas desistiu ao ser informado que pegaria pelo menos 3 anos de prisão, em regime fechado.
Fonte Vi o Mundo
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