domingo, 30 de novembro de 2014

Movimento que pede impeachment de Dilma reúne só 600 e perde força


Como sempre, cenas patéticas. Um ambulante foi chamado de “vagabundo” e “drogado”. Duas pessoas foram presas



Brasil 247

247 - A terceira manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff após a reeleição da petista reuniu, neste sábado (29), em São Paulo, cerca de 600 pessoas, de acordo com a Polícia Militar. O número representa apenas 6% do contingente de pessoas que esteve no ato anterior, em 15 de novembro.

O cantor Lobão, que abandonou a manifestação anterior, retornou ao ato deste sábado e liderou o movimento pela expulsão de um grupo que pedia intervenção militar no Brasil.

A confusão começou quando o empresário Ricardo Roque, 44, usou um megafone para pedir a intervenção do Exército no Planalto. Com ele, um grupo de manifestantes levantava cartazes pedindo a volta dos militares. Em cima de um carro de som, o cantor Lobão disse que esse tipo de pauta não era bem vinda no protesto. "Essas pessoas aqui são tão alienígenas quanto o pessoal do MST", afirmou.

Com gritos, a maioria dos participantes do ato pediu a expulsão do grupo a favor da intervenção do Exército. A demanda foi atendida pela PM, que afastou os manifestantes.

Fonte  Brasil 271


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Diário do Centro do Mundo

Por Kiko Nogueira

Durou pouco mais de um mês o “movimento” pedindo o impeachment com base em teorias estapafúrdias e alimentado por paranoicos.

A última marcha reuniu, segundo a PM, 600 gatos pingados na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, a coisa micou mais ainda. No resto do Brasil, não aconteceu nada.

Em São Paulo, o primeiro protesto já dava sinais claros de insuficiência cardíaca. O deputado eleito Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, apareceu com uma pistola na cintura no alto de um carro de som. Formou uma parceria com o deputado não eleito Paulo Batista. Juntos foram ao velho Danilo Gentili vender seu peixe.

Batista teve seus 3 minutos de semicelebridade do B com vídeos da campanha eleitoral, como um em que sobrevoava uma cidade disparando um “raio privatizador” de seus olhos.

Uma semana depois da manifestação de 15 de novembro, ele já estava sendo acusado de ser — sim, você leu direito — comunista por um certo Marcello Reis, criador da conta Revoltados Online no Facebook.

Desta vez, manifestantes que pediam “intervenção militar” foram expulsos da marcha, com a ajuda da polícia militar. Lobão apontou o dedo e humilhou o pessoal, acusando aqueles homens e mulheres de bem de ser — isso mesmo — de “extrema direita”. O empresário Ricardo Roque, que levava um megafone, foi afastado pela polícia. Estava vendendo camisetas e bonés sob medida para corpinhos fascistas.

Como sempre, cenas patéticas. Um ambulante foi chamado de “vagabundo” e “drogado”. Duas pessoas foram presas.

O “movimento” deu seu estertor hoje, vítima de sua própria inconsistência, entre outras doenças. Bateu as botas um dia depois do ator mexicano Roberto Bolaños. Como diria o Chaves, teria sido melhor ir ver o filme do Pelé.