sábado, 4 de julho de 2015

DESVIOS NA ASSEMBLEIA: TJ rejeita conselheiro como testemunha de Riva em ação penal


O magistrado entendeu que o pedido de Riva tinha efeito meramente protelatório, ou seja, de retardar o andamento do processo e impedir a sentença. Isso porque já se passaram mais de 10 anos da relatoria das contas do Legislativo formulada por Novelli. 



DESVIOS NA ASSEMBLEIA:  

TJ rejeita conselheiro como testemunha de Riva em ação penal
 





O desembargador Gilberto Giraldelli negou pedido da defesa do ex-deputado estadual José Riva (PSD) para incluir o vice-presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado), conselheiro José Carlos Novelli, como testemunha de defesa em ação penal na qual é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) incorrer 36 vezes no crime de peculato (apropriação indevida de dinheiro público). O processo criminal tramitou nos últimos anos no Tribunal de Justiça (TJ), em decorrência do foro por prerrogativa de função de Riva. 

Na época, a defesa buscou incluir no rol de testemunhas de defesa, o ex-deputado federal Homero Pereira (já falecido). 

Com a baixa dos autos à primeira instância, houve substituição por Novelli, sob a justificativa de que foi relator das contas da Assembleia Legislativa devidamente aprovadas no TCE no ano de 2002. 

O magistrado entendeu que o pedido de Riva tinha efeito meramente protelatório, ou seja, de retardar o andamento do processo e impedir a sentença. Isso porque já se passaram mais de 10 anos da relatoria das contas do Legislativo formulada por Novelli. 

“O indeferimento de sua oitiva, no caso, é medida que se impõe, tendo em vista que em diversas oportunidades a testemunha mencionada deixou claro que não tem qualquer consideração a fazer a respeito dos fatos apurados na presente ação penal”, diz trecho da decisão. 

Consta na denúncia do Ministério Público que o ex-deputado José Riva em conluio com servidores do Legislativo, constituiu de forma fraudulenta a empresa Ed-Maluco Reparos e Serviços Ltda, para forjar operações financeiras com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso no valor de R$ 1, 976 milhão, com o intuito de possibilitar o desvio de dinheiro dos cofres públicos estaduais. 

A denúncia foi protocolada no Tribunal de Justiça em 2007. Posteriormente, foi remetida ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) por conta do foro privilegiado conferido na esfera criminal ao ex-conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo. Enquanto deputado estadual, Bosaipo é suspeito de atuar em conjunto com Riva para fraudar licitações, constituir empresas fantasmas e assim desviar dinheiro dos cofres públicos. Porém, em 2010, com o desmembramento foi distribuído ao Tribunal de Justiça e, agora, ao juízo de primeira instância. 

No total, são mais de 40 ações penais envolvendo Riva dos mais de 100 processos que responde no Judiciário. Há ainda muitas ações civis públicas protocoladas na esfera cível contra Riva pela suspeita de desvio de dinheiro público. O ex-deputado sempre negou veementemente todas as acusações, atribuindo muitas delas a perseguição política desde que assumiu a chefia da Mesa Diretora do Legislativo. 

Fonte Folha Max




Visite a pagina do MCCE-MT