quinta-feira, 24 de setembro de 2015

OPERAÇÃO METÁSTASE: Servidores simulam compra de marmitas para desviar R$ 2 mi na AL


As informações do Ministério Público são de que 20 dos presos eram servidores da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso na gestão anterior. Ainda foram detidos um empresário e um contador. 





Grupo usaria notas fiscais clonadas para justificar gastos 


 
Promotor Marco Aurélio: coordenador do Gaeco de Mato Grosso
 
Da Redação 

Investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do Ministério Público Estadual, que resultaram na “Operação Metástase” identificaram desvios de cerca de R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso entre 2011 e 2014. As fraudes resultaram na decretação da prisão de 22 pessoas da manhã desta quarta-feira. 

Conforme o Gaeco, as fraudes ocorreram com uso da “verba de suprimentos”, de cerca de R$ 4 mil por mês, destinada aos gabinetes dos 24 deputados estaduais. A verba era destinada a compra de materiais para atender os gabinetes, como café, copos descartáveis e papeis.

Contudo, as investigações apontam que as fraudes consistiam em compras fictícias de marmitas e materiais gráficos. Para receber a verba, servidores apresentavam notas frias de compras feitas em empresas de fachada através de notas clonadas. Existe a suspeita de alguns ex-deputados da legislatura anterior até desconheciam a existência da VS.

As informações do Ministério Público são de que 20 dos presos eram servidores da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso na gestão anterior. Ainda foram detidos um empresário e um contador.

A operação é resultado do compartilhamento de informações da operação “Ararath”. A prisão dos servidores, conforme o Gaeco, busca ajudar na identificação dos líderes da organização e o destino dado ao dinheiro desviado. As prisões são temporárias e poderão ser prorrogadas ou convertidas em preventiva, de acordo com a necessidade.

METÁSTASE

“Metástase” são células cancerígenas formadas a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. O uso dela na operação do Gaeco ocorre diante dos casos de corrupção investigados na Assembleia Legislativa, que culminaram com as operações “Imperador” e “Ventríloquo”, onde foi preso o ex-presidente do parlamento, José Riva (PSD).

VEJA A LISTA DOS PRESOS 

1 - Laís Marques de Almeida- Assessora parlamentar da Mesa Diretora
2 - Ana Martins de Araújo Pontinelle - Técnica legislativa de nível médio Janaína Riva
3 - Atail Pereira dos Reis - Assessor parlamentar no gabinete de Janaína Riva
4 - Frank Antônio da Silva – Assessor técnico jurídico da Mesa Diretora
5 - Marisol Castro Sodré – Assessora da presidência do Legislativo
6 - Leonice Batista Oliveira - Assessora parlamentar na Mesa Diretora 
7 - Mário Márcio da Silva Albuquerque – Assessor da consultoria técnica jurídica
8 - Maria Hlenka Rudy – Chefe de gabinete de Janaina Riva
9 - Felipe José Casaril – Consultor de comissão permanente técnico jurídico da Mesa
10 - Willian César de Moraes - Assessor parlamentar gabinete Janaína Riva
11 - Geraldo Lauro – Técnico legislativo de nível superior
12 - José Paulo Fernandes de Oliveira – Assessor parlamentar Janaína Riva
13 - João Luquesi Alves – Técnico legislativo de nível superior na Procuradoria Geral
14 - Sérvio Túlio Migueis Jacob – Técnico legislativo de nível superior na Procuradoria Geral
15 - Agenor Jácomo Clivanti Júnior – Técnico legislativo de nível médio na Ouvidoria Geral
16 - Tânia Mara Arantes Figueira – Consultor Legislativo da Mesa Diretora
17 - Hilton Carlos da Costa Campos – Contador
18 - Talvany Neiverth – Assessora parlamentar no gabinete da deputada Janaína Riva
19 - Maria Helena Ribeiro Ayres Caramelo – Técnico legislativo de nível superior – licença prêmio
20 - Vinicius Prado Silveira – Assessor da 1ª secretaria
21 - Abemael Costa Melo -  Assessor de cerimonial

FORAGIDO

22 - Odnilton  Gonçalo Carvalho Campos - assessor e motorista de Janaína Riva
 
Fonte Folha Max