terça-feira, 17 de novembro de 2015

As mentiras que contaram para justificar o fiasco


“Então vai ser assim. Eles mentem, a gente desmente e apresenta a verdade. Não houve nenhum grande ato pelo impeachment mas uma reunião grotesca, de gente de extrema direita. Não haverá golpe. A democracia vai prevalecer”
 


Brasil 247

Por Tereza  Cruvinel

A manifestação pró-impeachment convocada para o último domingo em Brasília foi um retumbante fracasso. Reuniu cerca de duas mil pessoas quando os organizadores esperavam as multidões de março e agosto. Para justificar o fiasco, semearam algumas mentiras toscas internet afora, identificadas e desmontadas pelo deputado petista Paulo Pimenta.

A primeira grande mentira foi a postagem de uma fotografia de ônibus parados numa rodovia com a notícia de que foram barrados pela Polícia Rodoviária, a mando do governo, para que não chegassem a Brasilia com os manifestantes que transportavam. “Mas a foto utilizada é a mesma que foi publicada pelo jornal O Globo, numa matéria publicada em 2005 sobre a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal a ônibus e vans paradas na região de Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro”.

Embarcando na mentira, o deputado Fernando Francischini (SD-PR) pagou mico. Anunciou pelo Twitter que iria requerer informações sobre o bloqueio irregular dos ônibus. 

Uma outra mentira também teve pernas curtas. Uma postagem nas redes sociais dizendo que o MST estava fazendo bloqueios contra os manifestantes. A foto é mesmo de militantes do movimento com suas camisetas vermelhas bem identificadas. Mas esta fotografia, Pimenta pesquisou e descobriu, foi publicada pelo jornal Tribuna do Norte sobre uma manifestação do MST ocorrida em 2014.

Outra postagem identificada pelo deputado petista dizia que mais de 600 ônibus e cerca de um milhão de pessoas não puderam chegar a Brasília para o ato de domingo porque o PT deixou a cidade com as entrada sitiadas. Chegaram a divulgar uma foto mostrando milhares de pessoas na frente do Congresso Nacional, e não a verdadeira, em que aparece o pequeno grupo de manifestantes. A foto divulgada em que aparece uma multidão no gramado é de um outro domingo na capital federal, em que houve uma partida de vôlei de praia na Esplanada. A arena montada para o evento aparece na fotografia. No último domingo não havia arena no local nem jogo programado.

“Então vai ser assim. Eles mentem, a gente desmente e apresenta a verdade. Não houve nenhum grande ato pelo impeachment mas uma reunião grotesca, de gente de extrema direita. Não haverá golpe. A democracia vai prevalecer”, diz Paulo Pimenta. 

Os partidos favoráveis ao impeachment trataram nesta segunda-feira de desvincularem-se da fracassada manifestação.

Fonte Brasil 247


Saba mais

E então a polícia militar deu uma surra em quem pede intervenção militar. 





Diário do Centro do Mundo

Por Kiko Nogueira 

As milícias de extrema direita que estão acampadas em frente ao Congresso Nacional passaram por um vexame no 15 de novembro que faria qualquer pessoa normal enfiar a viola no saco.


Mas eles não são pessoas normais — são guerreiros do povo brasileiro, certo?

Menos de 2 mil se juntaram aos panacas do MBL e do Vem Pra Rua (cuja líder é uma desocupada que se acorrentou numa pilastra) para pedir o impeachment de Dilma.

Sem pai (Cunha) nem mãe (Aécio), contaram com Joice Hasselmann, a ex-apresentadora da TV Veja que agora precisa se virar de algum jeito. Joice, que já não falava coisa com coisa, continuar sem falar coisa com coisa, exatamente o que seus fãs querem ouvir.

Renan Haas, o líder do MBL com mais nomes na Justiça do que Carlinhos Cachoeira, mentiu dizendo que ônibus foram impedidos de chegar. Marcello Reis, dos Revoltados On Line, foi um pouco mais longe e colocou uma foto de 2013 para comprovar a “emboscada”.

Marcellão, valente como sempre, surtou quando viu meia dúzia de índios e aproveitou para mais uma vez pedir dinheiro, desta feita para “contratar seguranças”. Um ambulante entrevistado pelo Estadão estava triste. “Num dia bom, faço uns mil reais com a venda dos meus produtos. Hoje acho que vai ser meio difícil”, disse Antônio de Souza.

No meio da chuva, enfim, veio o golpe de misericórdia nos golpistas: tomaram um cacete da PM.

Os doentes da intervenção militar invadiram o espelho d’água, tentaram um putsch e foram colocados para correr por aqueles que consideravam herois. Alguns ainda experimentaram o gostinho dos sprays de pimenta na cara.

Muitos deles eram os mesmos que tiraram selfies com policiais e cachorros na Paulista e em Copacabana. Uma traição. Não bastasse, naquele dia seu guru Olavo de Carvalho, cada vez mais xarope, tomava uma invertida do Exército no Facebook.

Chamou o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante da instituição, de “canalha”, “traidor nojento”, entrou outras ofensas pesadas. Foi avisado de que seus “xingamentos, acusações sem provas e publicações de boatos” seriam “analisados na esfera jurídica” e banido da página.

Como a estupidez dessa corja não conhece limite, é possível que os gatos pingados continuem ali, em nome de uma entidade abstrata (“nosso povo”, “gente de bem” e por aí vai), apanhando de quem eles consideravam aliados e prestando um favor enorme à democracia ao dar uma nova dimensão à expressão “vergonha alheia”.


Manifestantes tentam passar pelo cordão de isolamento para tomar o Congresso 15/11 





Fonte Diário do Centro do Mundo

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