terça-feira, 29 de dezembro de 2015

“Me acusam de levar dinheiro do PT”, diz Rosângela Lyra




(…)

Hoje, para mim, passar o Brasil a limpo é mais importante que tirar o PT do poder na marra. Eu não consigo ver as duas coisas –o impeachment e a ascensão de um político com discurso de unificação e com interesses políticos contrários à Lava Jato– possibilitando essa limpeza.

Eu chamo de evolução de posicionamento, não de mudança. As pessoas me escrevem: “Para com essa posição de ir contra o impeachment, você está queimando sua imagem”. Alguns me acusam de estar levando dinheiro do PT. Eu digo que o tempo vai corrigir qualquer distorção que eles estejam vendo.

Quando alguém diz que a Justiça e a Procuradoria só prendem gente do PMDB, e não do PT, eu pergunto: “Vocês esqueceram que João Vaccari Neto, José Dirceu e Delcídio do Amaral estão presos?”. Eles põem em dúvida a idoneidade da Procuradoria-Geral da República.

Que Dilma continue deixando a Lava Jato adquirir cada vez mais corpo e que ela enrole todos aqueles que fazem pressão para demitir o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que notadamente não interfere.

Tenho a humildade de ter mudado de opinião, por que não é fácil mudar. E tenho muita confiança de que é pelo bem do país.


Fonte Diário do Centro do Mundo

Saiba mais


Cai a ficha da elite: Dilma é quem combate a corrupção 


O recuo da socialite Rosângela Lyra em relação ao eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff é um fato marcante não pela representatividade (pequena) da empresária na sociedade, mas sim pelas razões apontadas por ela; "Meu ponto de virada foi quando eu percebi a importância da Lava Jato e a não interferência da presidente. Esse meu posicionamento vai ao encontro do que pensam os investigadores da Lava Jato. Na última coletiva, perguntaram se havia interferência do governo na operação. Os investigadores disseram que não havia. Poderiam ter se esquivado ou respondido com menos ênfase, mas foram categóricos", afirmou; antes dela, o colunista Roberto Pompeu de Toledo, de Veja, havia dito que um eventual governo Michel Temer representaria um freio na Lava Jato; ou seja: a elite se dá conta de que apenas Dilma permite o combate à corrupção "doa a quem doer"

Brasil 247 Aos poucos, apesar de todos os percalços do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff começa a construir uma marca poderosa: a de que ela, e apenas ela, permite o combate implacável à corrupção. 

Um reconhecimento importante foi feito, neste domingo, pela socialite Rosângela Lyra, que passou o ano de 2015 tentando angariar simpatias para um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.  

Numa entrevista publicada pela Folha, ela explicou seu recuo. "Meu ponto de virada foi quando eu percebi a importância da Lava Jato e a não interferência da presidente. Esse meu posicionamento vai ao encontro do que pensam os investigadores da Lava Jato. Na última coletiva, perguntaram se havia interferência do governo na operação. Os investigadores disseram que não havia. Poderiam ter se esquivado ou respondido com menos ênfase, mas foram categóricos", afirmou (leia mais aqui).

Antes dela, o colunista Roberto Pompeu de Toledo havia exposto razões semelhantes para rechaçar um impeachment que levasse ao poder o vice-presidente Michel Temer. "Não se duvide da fúria com que o PMDB, com seu rol de notórios investigados, tentará um acerto de contas com o juiz Moro e o procurador Janot", disse ele (leia aqui). "Até já se especula sobre nomes que, no Ministério da Justiça, possam dar um jeito de dobrar o ímpeto da Polícia Federal."

As declarações de Rosângela e Pompeu revelam que a postura republicana de Dilma, e também de seu ministro José Eduardo Cardozo, começa a criar uma espécie de seguro contra o golpismo. Afinal, em que administração teriam sido presos os maiores empreiteiros, um dos maiores banqueiros e o líder do próprio governo sem que uma reação tivesse sido colocada em marcha?

Fonte Brasil 247 




Visite a pagina do MCCE-MT