terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O Brasil e a primavera dos canalhas





O “coxismo”, o “moralismo”, o golpismo e, agora, a mais desumana abjeção.

No Brasil destes tempos, vivemos a primavera dos canalhas.

Surgiu em Curitiba – agora, ao que parece, transformada naquela famosa cervejaria da Baviera – um tal “Movimento Pela Reforma de Direitos”, que divulga, na internet – assinado, até esta noite, felizmente, apenas por 128 imbecis – pedindo a retirada do que chama de “privilégios” que os deficientes têm, legalmente.

Querem, por exemplo, a redução em 50% de filas e assentos exclusivos para deficientes, porque ficam muito tempo esperando vaga no shopping; querem também o fim da isenção de impostos na compra de carro, quem sabe para não ter mesmo vaga nenhuma para deficiente,  senão as para cadeiras de rodas, o fim das gratuidades para deficientes em  atividades culturais e, claro, o fim das cotas para deficientes nos concursos públicos e nas grandes empresas, porque ” quem for bom vai ser contratado, sendo deficiente ou não”.

É claro que sempre existiu gente má, perversa, emocionalmente doente, gente que acha que pessoas com deficiências físicas ou mentais deveriam mesmo é ser eliminadas – talvez sem se dar conta que eles próprios, neste caso, poderiam ser, por deficiência de humanidade.

Mas o que repugna é que, no Brasil de hoje, estes ratos saíram de suas tocas imundas.

E os “politicamente corretos”, alegando “democracia” e “republicanismo” não os chamam do que são: filhos da puta, com as minhas desculpas às putas, que não merecem isso.

Eles podem até não saber disso, mas são nazistas. São os homens da “eugenia”, os que consideram seres humanos inferiores por natureza, os que não os vêem como seus irmãos mais frágeis, ao qual qualquer irmão protege.

Deus nos livre de que tenham filhos com deficiências, porque estas crianças precisam de gente que ame, de gente que apóie, de gente que só os discrimine com mais amor, mais atenção, mais carinho, mais delicadeza.

Só há um tipo de deficiente que não merece isso, os deficientes de humanidade, de compaixão,  de coração, como estes – de novo, perdão, escrotos.

E se alguém disse que temos de aceitá-los assim, porque isso é a democracia, então maldita seja esta democracia.

Mas não é. É, como disse, o nazismo.

PS. Se isso for um golpe publicitário, mantenho o FDP e todos os outros conceitos para seus autores.

Fonte Tijolaço

Saiba mais

Outdoor contra direitos dos deficientes é parte de campanha da prefeitura de Curitiba




Do Diário do Centro do Mundo

O polêmico outdoor instalado em Curitiba para atacar os direitos dos deficientes é mesmo de uma campanha publicitária. Criada pela prefeitura da cidade para chamar a atenção para os portadores de deficiência. A ação foi pensada e desenvolvida pelo Conselho da Pessoa com Deficiência de Curitiba. “A campanha durou só um dia, na vida real eles vivem isso todos os dias”, disse nesta terça-feira (1.º) a presidente do Conselho Mirela Prosdócimo, durante a apresentação da campanha.

A placa publicitária traz a mensagem “Pelo fim dos privilégios para deficientes” e identifica os autores como Movimento pela Reforma dos Direitos.

A campanha terá uma segunda etapa, cujo mote é : “Não é privilégio, é direito” e usará o símbolo ‪#‎somosmuitostemosnossosdireitos‬. “Cada um que se revoltou on-line seja uma voz real. Que denunciem não apenas nas redes sociais”, ressaltou Mirela. A segunda fase da campanha será justamente para explicar os motivos de cada um dos direitos que foram atacados na peça, criada pela Agência Competence. O objetivo, segundo Mirela, era atingir nao só a população de Curitiba, mas ter repercussão nacional.

A ação coincide com a semana do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro) e do Dia Mundial da Acessibilidade (5 de dezembro).

Fonte Diário do Centro do Mundo


Visite a pagina do MCCE-MT