Os Marinho, os mais ricos do País, detonam o mínimo
Donos da maior fortuna do Brasil, que soma mais de US$ 25 bilhões, os
irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, donos da
Globo, publicaram editorial no último dia do ano, em que chamaram de
"tosco" o argumento usado pelo governo para reajustar o salário mínimo
ligeiramente acima da inflação; segundo os donos da Globo, trata-se de
"seríssimo problema", o que prova que o grupo se mantém fiel à sua
tradição contrária a qualquer política trabalhista; em abril de 1962,
por exemplo, o jornal alertou para o que seria "desastroso": a
instituição de um décimo-terceiro mês de salário; de acordo com o
Dieese, a política de ganhos reais do mínimo (77% desde 2002) foi um dos
principais fatores de inclusão social nos últimos anos
Brasil 247 – Em abril de
1962, o jornal O Globo, à época conduzido por Roberto Marinho, publicou
uma manchete em que previa algo desastroso para o Brasil: a criação de
um décimo-terceiro salário.
Hoje, ninguém questiona o fato de
que o décimo-terceiro é um dos principais alavancadores das vendas do
comércio no fim de ano e já foi devidamente incorporado aos custos das
empresas, sem que nenhum desastre tenha ocorrido.
Nesta quinta-feira, último dia de
2015, o Globo retoma sua tradição contrária a qualquer política
trabalhista. Em editorial interno, classifica como "tosco" o argumento
usado pelo ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, para defender um
aumento do salário mínimo ligeriamente acima da inflação – com reajuste
de 11,67%, o piso salarial foi a R$ 880,00.
Segundo O Globo, trata-se de
"seríssimo problema" que inviabiliza as contas públicas. O Globo ainda
ironiza e afirma que, se o mínimo fosse capaz de estimular a economia,
por que não triplicá-lo?
Coincidência ou não, os três irmãos
Marinho (Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto) formam a família
mais rica do Brasil, com patrimônio superior a US$ 25 bilhões.
A tese dos três, no entanto, não
encontra amparo nos dados do Dieese, que aponta que a política de
valorização do mínimo, que teve ganhos reais de 77% desde 2002, foi um
dos principais fatores de inclusão social nos últimos anos.
Leia, abaixo, o editorial do Globo:
Leia, ainda, análise do Dieese:
Aumento real do mínimo chega a 77% desde 2002 e injeta R$ 57 bi na economia
Fonte Brsil 247
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