quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

PM de Alckmin prende alunos e líder da Ubes


"Que vergonha deve ser reprimir estudante", disse uma aluna ao ser apreendida por policiais durante um dos protestos. "Me jogaram no chão, começaram a me rasgar e me levaram para o camburão", disse Tatiana Tavares, outra jovem levada pelos policiais. "Eles bateram com o cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram. Na hora que eu levantei para poder levarem para o camburão, colocaram o cassetete no meu pescoço e começaram a enforcar e levar", disse outro adolescente.

As imagens acima mostram o oposto da proposta de diálogo feita pela equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB) há pouco mais de dez dias para que os estudantes desocupassem as mais de 200 escolas em protesto contra a chamada "reorganização escolar", que prevê o fechamento de 92 unidades e a transferência de mais de 300 mil alunos em São Paulo; ontem, a Polícia Militar usou gás de pimenta para dispersar manifestações em diferentes pontos da capital paulista; estudantes foram presos, entre eles a presidente da UBES, Camila Lanes, durante ato na Escola Estadual Maria José, na Bela Vista; "Que vergonha deve ser reprimir estudante", disse uma aluna ao ser apreendida; “Eles bateram com o cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram”, contou outro adolescente
SP 247 – A Polícia Militar usou gás de pimenta e prendeu estudantes que protestavam nesta terça-feira 1º contra a chamada "reorganização escolar" do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê o fechamento de 92 escolas e a trasnferência de mais de 300 mil alunos no Estado de São Paulo.

Houve confusão na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da capital paulista, onde alunos fecharam uma das faixas com cadeiras. O mesmo ocorreu na Av. Nove de Julho, onde os alunos bloquearam a avenida por cerca de cinco horas e foram dispersados à força com gás de pimenta pelos policiais.

Estudantes foram detidos. Entre eles a presiente da Ubes, Camila Lanes, durante um protesto dentro da Escola Estadual Maria José, na Bela Vista, centro de São Paulo. De acordo com nota da entidade estudantil, a escola foi atacada nesta terça pela PM, que queria forçar uma desocupação.

"Que vergonha deve ser reprimir estudante", disse uma aluna ao ser apreendida por policiais durante um dos protestos. "Me jogaram no chão, começaram a me rasgar e me levaram para o camburão", disse Tatiana Tavares, outra jovem levada pelos policiais. "Eles bateram com o cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram. Na hora que eu levantei para poder levarem para o camburão, colocaram o cassetete no meu pescoço e começaram a enforcar e levar", disse outro adolescente.

Um vídeo do Jornalistas Livres sobre o ato na escola Maria José mostra a ação truculenta da PM. Um aluno foi empurrado pelos agentes. 

Assista:



Mais informações na reportagem da Agência Brasil:
 
Estudantes reclamam de truculência da PM em protesto em São Paulo

Fernanda Cruz – Os alunos que protestaram na manhã de hoje (2) na Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da capital paulista, reclamaram da truculência da Polícia Militar (PM), durante o ato. A manifestação é contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 93 unidades de ensino.

Cinco pessoas foram levadas ao 23º Distrito Policial, na Pompeia. De acordo com o tenente da PM Diego Marcel Fernandes Dias, a maioria dos 80 manifestantes aceitou liberar a via. "O problema é que tinham alguns que não aceitaram as ordens e foram se jogando pra cima dos carros, resistiram a ordem de liberar pelo menos uma das faixas", declarou.

O tenente nega que tenha havido confronto e truculência. "O protesto pacífico sempre é permitido, desde que seja previamente avisado ou que não bloqueie totalmente a via", disse o tenente.

Os estudantes, por sua vez, disseram que a policia agiu de forma violenta. "A gente estava muito pacífico, muito tranquilo. Os policiais vieram e pegaram a cadeira que a gente estava sentado. Depois foi piorando porque ninguém queria sair. Falaram que não podia bloquear tudo", disse Willian Dias de Andrade Silva, estudante da Escola Romeu de Moraes.

Segundo os alunos, quando um contingente maior de policiais chegou, partiu para a agressão com cacetetes.

Depredação de escolas

Estudantes também disseram que policiais à paisana têm depredado escolas para culpar os manifestantes. "Isso é um erro. Só fazem isso nas escolas de periferia. Não tem que fechar escolas", disse William.

Ariel de Castro, advogado de direitos humanos, também denunciou a ação de policiais. "Temos isso todos os dias e ontem tivemos na escola da Bela Vista, policias fardados ou à paisana para intimidar sem qualquer ordem judicial. Temos relatos de policias que promovem os danos ao patrimônio para depois culpabilizar os estudantes", declarou.

A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública a respeito das denúncia, mas o órgão ainda não se manifestou.

Fonte Brasil 247


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