"Que vergonha deve ser reprimir estudante", disse uma aluna ao ser apreendida por policiais durante um dos protestos. "Me jogaram no chão, começaram a me rasgar e me levaram para o camburão",
disse Tatiana
Tavares, outra jovem levada pelos policiais. "Eles bateram com o
cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram. Na hora
que eu levantei para poder levarem para o camburão, colocaram o
cassetete no meu pescoço e começaram a enforcar e levar", disse outro
adolescente.
As imagens acima mostram o oposto da proposta de diálogo feita pela
equipe do governador Geraldo Alckmin (PSDB) há pouco mais de dez dias
para que os estudantes desocupassem as mais de 200 escolas em protesto
contra a chamada "reorganização escolar", que prevê o fechamento de 92
unidades e a transferência de mais de 300 mil alunos em São Paulo;
ontem, a Polícia Militar usou gás de pimenta para dispersar
manifestações em diferentes pontos da capital paulista; estudantes foram
presos, entre eles a presidente da UBES, Camila Lanes, durante ato na
Escola Estadual Maria José, na Bela Vista; "Que vergonha deve ser
reprimir estudante", disse uma aluna ao ser apreendida; “Eles bateram
com o cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram”,
contou outro adolescente
SP 247 – A Polícia Militar usou gás de pimenta e
prendeu estudantes que protestavam nesta terça-feira 1º contra a chamada
"reorganização escolar" do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que prevê
o fechamento de 92 escolas e a trasnferência de mais de 300 mil alunos
no Estado de São Paulo.
Houve confusão na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da capital
paulista, onde alunos fecharam uma das faixas com cadeiras. O mesmo
ocorreu na Av. Nove de Julho, onde os alunos bloquearam a avenida por
cerca de cinco horas e foram dispersados à força com gás de pimenta
pelos policiais.
Estudantes foram detidos. Entre eles a presiente da Ubes, Camila
Lanes, durante um protesto dentro da Escola Estadual Maria José, na Bela
Vista, centro de São Paulo. De acordo com nota da entidade estudantil, a
escola foi atacada nesta terça pela PM, que queria forçar uma
desocupação.
"Que vergonha deve ser reprimir estudante", disse uma aluna ao ser
apreendida por policiais durante um dos protestos. "Me jogaram no chão,
começaram a me rasgar e me levaram para o camburão", disse Tatiana
Tavares, outra jovem levada pelos policiais. "Eles bateram com o
cassetete no meu braço, aí eu caí no chão e eles me arrastaram. Na hora
que eu levantei para poder levarem para o camburão, colocaram o
cassetete no meu pescoço e começaram a enforcar e levar", disse outro
adolescente.
Um vídeo do Jornalistas Livres sobre o ato na escola Maria José
mostra a ação truculenta da PM. Um aluno foi empurrado pelos agentes.
Assista:
Mais informações na reportagem da Agência Brasil:
Estudantes reclamam de truculência da PM em protesto em São Paulo
Fernanda Cruz – Os alunos que protestaram na manhã de hoje (2) na
Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da capital paulista, reclamaram da
truculência da Polícia Militar (PM), durante o ato. A manifestação é
contra a reorganização escolar que levará ao fechamento de 93 unidades
de ensino.
Cinco pessoas foram levadas ao 23º Distrito Policial, na Pompeia. De
acordo com o tenente da PM Diego Marcel Fernandes Dias, a maioria dos 80
manifestantes aceitou liberar a via. "O problema é que tinham alguns
que não aceitaram as ordens e foram se jogando pra cima dos carros,
resistiram a ordem de liberar pelo menos uma das faixas", declarou.
O tenente nega que tenha havido confronto e truculência. "O protesto
pacífico sempre é permitido, desde que seja previamente avisado ou que
não bloqueie totalmente a via", disse o tenente.
Os estudantes, por sua vez, disseram que a policia agiu de forma
violenta. "A gente estava muito pacífico, muito tranquilo. Os policiais
vieram e pegaram a cadeira que a gente estava sentado. Depois foi
piorando porque ninguém queria sair. Falaram que não podia bloquear
tudo", disse Willian Dias de Andrade Silva, estudante da Escola Romeu de
Moraes.
Segundo os alunos, quando um contingente maior de policiais chegou, partiu para a agressão com cacetetes.
Depredação de escolas
Estudantes também disseram que policiais à paisana têm depredado
escolas para culpar os manifestantes. "Isso é um erro. Só fazem isso nas
escolas de periferia. Não tem que fechar escolas", disse William.
Ariel de Castro, advogado de direitos humanos, também denunciou a
ação de policiais. "Temos isso todos os dias e ontem tivemos na escola
da Bela Vista, policias fardados ou à paisana para intimidar sem
qualquer ordem judicial. Temos relatos de policias que promovem os danos
ao patrimônio para depois culpabilizar os estudantes", declarou.
A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Segurança
Pública a respeito das denúncia, mas o órgão ainda não se manifestou.
Fonte Brasil 247
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