Sociedade tenta conter o golpe de Cunha e Aécio
Enquanto os tucanos, liderados pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), se
abraçaram a Eduardo Cunha, investigado por receber propina de US$ 5
milhões, por ter contas não declaradas na Suíça e ter prestado favores
ao ex-banqueiro André Esteves, o repúdio ao golpe contra a presidente
Dilma Rousseff uniu até o momento três presidenciáveis (Ciro Gomes,
Luciana Genro e Joaquim Barbosa) dez governadores (Luiz Fernando Pezão,
do Rio, Fernando Pimentel, de Minas, Rui Costa, da Bahia, Ricardo
Coutinho, da Paraíba, Flávio Dino, do Maranhão, Paulo Câmara, de
Pernambuco, Robinson Farias, do Rio Grande do Norte, Camilo Santana, do
Ceará, Wellington Dias, do Piauí, Jackson Barreto, de Sergipe, e Renan
Filho, de Alagoas), além de líderes de movimentos sociais e religiosos,
como o presidente da CUT, Vagner Freitas; da UNE, Carina Vitral; do MST,
João Pedro Stédile, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB); democracia está se impondo ao golpe
Brasil 247 - Menos de 24
horas depois de deflagrada a tentativa de ruptura da ordem democrática
pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), por retaliação e
chantagem contra a presidente Dilma Rousseff, uma avalanche de forças de
vários estados e de movimentos sociais do País condenaram a ação de
Cunha, que tem apoio de líderes da oposição, como o senador Aécio Neves
(PSDB).
O repúdio ao golpe contra a
presidente Dilma Rousseff uniu até o momento três presidenciáveis - Ciro
Gomes (PDT), Luciana Genro (PSOL) e o ex-STF Joaquim Barbosa, 11
governadores - Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Fernando Pimentel (PT-MG)
Rui Costa (PT–BA), Ricardo Coutinho (PSB–PB), Flávio Dino
(PCdoB–MA), Paulo Câmara (PSB–PE), Robinson Farias (PSD–RN), Camilo
Santana (PT–CE), Wellington Dias (PT–PI), Jackson Barreto (PMDB–SE) e
Renan Filho (PMDB–AL), além de líderes de movimentos sociais e
religiosos, como o presidente da CUT, Vagner Freitas; da UNE, Carina
Vitral; e do MST, João Pedro Stédile, e a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB).
Além dos líderes políticos e de
movimentos sociais, a repressão à iniciativa golpista de Eduardo Cunha
foi expressada por vários juristas, que apontaram as fragilidades do
pedido de impeachment formulado por Helio Bicudo, Miguel Reale Júnior e
Janaína Paschoal.
A substância principal do pedido de
impeachment de Dilma Rousseff é um parecer de um procurador de contas
Júlio Marcelo de Oliveira, do Tribunal de Contas da União, que acusa o
governo de praticar "pedaladas fiscais" em 2015, por meio de seis
decretos de suplementação orçamentária que totalizam R$ 2,5 bilhões.
No entanto, a aprovação pelo
Congresso Nacional da mudança da meta fiscal de 2015, reconhecendo o
déficit, transforma o pedido aceito por Eduardo Cunha em "natimorto".
Brasil 247
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