terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Aécio quer voltar a ser “civilizado”? Que bom, mas será que consegue?


A questão importante, porém, é outra: será que, depois de ter se exibido por meses a fio como “coxinha furioso”, Aécio vai conseguir apresentar-se como “conservador cordato”, neto de Tancredo? Pouco provável. Essa imagem de “coxinha”, colada nele antes mesmo de trocarem o velho termo playboy por este neologismo, ficará grudada, ao que parece, até o fim dos tempos. 






Diz o Estadão que Aécio Neves planeja abandonar a postura de histeria coxinha e se mostrar como alguém “com propostas” para o país.

A razão, ora, é obvia: olho nos votos.

A mudança de atuação do tucano, o maior representante da oposição no Legislativo, decorre de uma série de avaliações feitas por aliados e assessores próximos. Desde o segundo semestre do ano passado, pesquisas mostraram uma queda das intenções de voto em Aécio em simulações de corrida presidencial e ainda um aumento de rejeição.

Levantamentos qualitativos internos identificaram Aécio como um senador que não propunha saídas para superar a crise. As sondagens também mostraram uma corrosão na imagem do PSDB pelo apoio às pautas-bomba. Uma delas foi o aval maciço da legenda à tentativa de derrubar, em setembro, o fator previdenciário, regra de aposentadoria instituída no governo Fernando Henrique, em 1999, para diminuir o déficit da Previdência Social.

O curioso é que você só fica sabendo por conta das “internas” do tucanato, pois nos meios de comunicação a impressão que se tem é que “Lula morreu” e Aécio apenas “cumpre tabela” para ganhar o título de Presidente da República.

A questão importante, porém, é outra: será que, depois de ter se exibido por meses a fio como “coxinha furioso”, Aécio vai conseguir apresentar-se como “conservador cordato”, neto de Tancredo?

Pouco provável.

Essa imagem de “coxinha”, colada nele antes mesmo de trocarem o velho termo playboy por este neologismo, ficará grudada, ao que parece, até o fim dos tempos.

Até os satélites tucanos do PPS, DEM e o inefável Paulinho da Força fazem-lhe críticas na mesma matéria por essa reviravolta anunciada. Mas estes, na hora H, dificilmente romperão a simbiose em que vivem com o PSDB.

Mas há a  horda furiosa que ele ajudou a levantar, não lhe vai dar trégua.

Os três patetas do Antagonista, por exemplo, já abriram fogo: “Ele (Aécio)perdeu votos porque não se empenhou o bastante no afastamento de Dilma Rousseff. E o eleitorado desconfia que ele não tenha se empenhado o bastante por interesse próprio ou por temor da Lava Jato.”.

Parece claro, a esta altura, que teremos um (ou dois) candidatos de extrema-direita nas próximas eleições: Bolsonaro e, talvez, outro com menos odor de passado.

Fragrância que, claro, não faltará à ex-ex-novidade Marina Silva, que será candidata diversionista até o final dos tempos.

De qualquer forma, saudemos a anunciada volta de Aécio Neves ao clima de civilidade política que ele trabalhou o quanto pôde para destruir no Brasil.

Nem que seja  para ver, obrigado, que isso devora até ele mesmo.

Fonte Tijolaço







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