Quem lidera a campanha pelo impeachment é o PSDB, partido oposicionista DERROTADO nas eleições presidenciais de 2014...
É essencial a participação de todos, em cada canto do Brasil, todos precisamos sair às ruas, em defesa da legalidade, da Constituição e dos direitos sociais. Todos juntos! O fascismo não passará! Não vai ter golpe!
Por Igor Fuser
É preciso avisar tod@s @s brasileir@s, informar de um modo tão claro e objetivo que até as carrancas do Rio São Francisco tenham conhecimento de que:
1.O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff não tem NADA A
VER com a Operação Lava Jato, nem com qualquer outra iniciativa de
combate à corrupção. Dilma não é acusada de roubar um único centavo. O
pretexto usado pelos políticos da oposição para tentar afastá-la do
governo, a chamada "pedalada fiscal", é um procedimento de gestão do
orçamento público de rotina em todos os níveis de governo, federal,
estadual e municipal, e foi adotado nos mandatos de Fernando Henrique e
de Lula sem qualquer problema. Ela, simplesmente, colocou dinheiro da
Caixa Econômica Federal em programas sociais, para conseguir fechar as
contas e, no ano seguinte, devolveu esse dinheiro à Caixa. Não obteve
nenhum benefício pessoal e nem os seus piores inimigos conseguem
acusá-la de qualquer ato de corrupção.
2.O impeachment é um golpe justamente por isso, porque a presidente
só pode ser afastada se estiver comprovado que ela cometeu um crime - e
esse crime não aconteceu, tanto que, até agora, o nome de Dilma tem
ficado de fora de todas as investigações de corrupção, pois não existe,
contra ela, nem mesma a mínima suspeita.
3.Ao contrário da presidenta Dilma, os políticos que pedem o
afastamento estão mais sujos que pau de galinheiro. Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que como presidente da Câmara é o responsável pelo processo
do impeachment, recebeu mais de R$ 52 milhões só da corrupção na
Petrobrás e é dono de depósitos milionários em contas secretas na Suíça e
em outros paraísos fiscais. Na comissão de deputados que analisará o
pedido de impeachment, com 65 integrantes, 37 (mais da metade!) estão na
mira da Justiça, investigados por corrupção. Se eles conseguirem depor a
presidenta, esperam receber, em troca, a impunidade pelas falcatruas
cometidas.
4.Quem lidera a campanha pelo impeachment é o PSDB, partido
oposicionista DERROTADO nas eleições presidenciais de 2014. Seu
candidato, Aécio Neves, alcançar no tapetão o mesmo resultado político
que não foi capaz de obter nas urnas, desrespeitando o voto de
54.499.901 brasileiros e brasileiras que votaram em Dilma (3,4% mais do
que os eleitores de Aecio no segundo turno).
5.Se o golpe se consumar, a oposição colocará em prática todas as
propostas elitistas e autoritárias que Aécio planejava implementar se
tivesse ganho a eleição. O presidente golpista irá, com toda certeza,
mudar as leis trabalhistas, em prejuízo dos assalariados; revogar a
política de valorização do salário mínimo; implantar a terceirização
irrestrita da mão-de-obra; entregar as reservas de petróleo do pré-sal
às empresas transnacionais (como defende o senador José Serra);
privatizar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal; introduzir o
ensino pago nas universidades federais, como primeiro passo para a sua
privatização; reprimir os movimentos sociais e a liberdade de expressão
na internet; expulsar os cubanos que trabalham no Programa Mais Médicos;
dar sinal verde ao agronegócio para se apropriar das terras indígenas;
eliminar a política externa independente, rebaixando o Brasil ao papel
de serviçal dos Estados Unidos. É isso, muito mais do que o mandato da
presidenta Dilma ou o futuro político de Lula, o que está em jogo na
batalha do impeachment.
6.É um engano supor que a economia irá melhorar depois de uma
eventual mudança na presidência da república. Todos os fatores que
conduziram o país à atual crise continuarão presentes, com vários
agravantes. A instabilidade política será a regra. Os líderes da atual
campanha golpista passarão a se digladiar pelo poder, como piranhas ao
redor de um pedaço de carne. E Dilma será substituída por um sujeito
fraco, Michel Temer, mais interessado em garantir seu futuro (certamente
uma cadeira no Supremo Tribunal Federal) e em se proteger das denúncias
de corrupção do que em governar efetivamente. A inflação continuará
aumentando, e o desemprego também.
7.No plano político, o Brasil mergulhará num período caótico, de
forte instabilidade. A derrubada de uma presidenta eleita, sacramentada
pelo voto, levará o país em que, pela primeira vez desde o fim do regime
militar, estará à frente do Executivo um mandatário ilegítimo,
contestado por uma enorme parcela da sociedade.
8.O conflito dará a tônica da vida social. As tendências fascistas,
assanhadas com o golpe, vão se sentir liberadas para pôr em prática seus
impulsos violentos, expressos, simbolicamente, nas imagens de bonecos
enforcados exibindo o boné do MST ou a estrela do PT e, de uma forma
mais concreta, nas invasões e atentados contra sindicatos e partidos
políticos, nos ataques selvagens a pessoas cujo único crime é o de
vestir uma camisa vermelha. O líder dessa corrente de extrema-direita, o
deputado Jair Bolsonaro, já defendeu abertamente, num dos comícios
pró-impeachment, que cada fazendeiro carregue consigo um fuzil para
matar militantes do MST.
9.Os sindicatos e os movimentos sociais não ficarão de braços
cruzados diante da truculência da direita e da ofensiva governista e
patronal contra os direitos sociais durante conquistados nas últimas
duas décadas. Vão resistir por todos os meios – greves, ocupações de
terras, bloqueio de estradas, tomada de imóveis, e muito mais. O Brasil
se tornará um país conflagrado, por culpa da irresponsabilidade e da
ambição desmedida de meia dúzia de políticos incapazes de chegar ao
poder pelo voto popular. Isso é o que nos espera se o golpe contra a
presidenta Dilma vingar.
10.Mas isso não acontecerá. A mobilização da cidadania em defesa da
legalidade e da democracia está crescendo, com a adesão de mais e mais
pessoas e movimentos, independentemente de filiação partidária, de
crença religiosa e de apoiar ou não as políticas oficiais. A opinião de
cada um de nós a respeito do PT ou do governo Dilma já não é o que
importa. Está em jogo a democracia, o respeito ao resultado das urnas e à
norma constitucional que proíbe a aplicação de impeachment sem a
existência de um crime que justifique essa medida extrema. Mais e mais
brasileiros estão percebendo isso e saindo às ruas contra os golpistas.
Neste dia 31 de março, a resistência democrática travará mais uma
batalha decisiva.
É essencial a participação de todos, em cada canto do Brasil, todos
precisamos sair às ruas, em defesa da legalidade, da Constituição e dos
direitos sociais. Todos juntos! O fascismo não passará! Não vai ter
golpe!
PS: O texto incorpora trechos de artigos de Jeferson Miola e de Fabio Garrido.
Fonte Brasil 247
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