terça-feira, 24 de maio de 2016

O GOLPE AGORA É CONTRA O FUNCIONALISMO PÚBLICO


O GOLPE AGORA É CONTRA O FUNCIONALISMO PÚBLICO


Por Gilson Romeu e Helena Bortolo

O governador Pedro golpista conseguiu, numa só cartada, desagradar a quase totalidade dos servidores públicos de Mato Grosso, ao negar –lhes a Revisão Geral Anual(RGA) neste maio, data-base das categorias. 

Com essa negativa, o legalista, de meia pataca, tripudia sobre as Constituições Federal, Estadual e a Lei Complementar 510/2013, que assegura aos trabalhadores da educação a reposição da inflação de 11,27% mais 7% de ganho real, totalizando 18.27%. 

Para justificar a sua decisão, Pedro golpista tenta escudar-se no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e omite aos mato-grossenses que a própria Constituição Federal faculta aos executivos a superação do teto da lei para a concessão do RGA. Saqueia do servidor público direitos legítimos, mas mantém ofertas financeiras generosas ao Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas de Mato Grosso, conforme demonstrativo. 


Tribunal de Justiça: 

R$ 1,3 bilhão 
421 magistrados 
5.600 servidores 

Ministério Público: 

R$ 453 milhões 
32 procuradores 
800 servidores 

Assembleia Legislativa: 

R$ 817 milhões 
24 deputados
1.670 servidores 

Tribunal de Contas: 

R$ 349 milhões 
18 membros
700 servidores 

Confrontando a realidade da educação pública de Mato Grosso com o quadro exposto, fica evidenciada a forma desumanamente desumana com que os educadores sempre foram tratados pelos governantes deste estado. O valor per capita da remuneração destes profissionais é infinitamente menor do que a dos servidores das instituições acima elencadas. 

Secretaria de Estado de Educação: 

R$ 2,1 bilhões 
1 secretário
39.000 servidores 

Com apenas dois bilhões de reais para uma rede superdimensionada, com 39 mil servidores, 400 mil alunos e setecentos e cinqüenta unidades de ensino, fica cada dia mais distante o cumprimento do preceito constitucional de educação como direito de todos, que visa o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 

Os dados ora revelados pretendem lançar luz sobre as duas realidades que denotam claramente a forma pouco republicana com que os recursos são partilhados entre os poderes e órgãos do Estado. A renda produzida pelo labor de todos os cidadãos, concentrada nas mãos de alguns poderes constituídos, é a principal causa das dificuldades vivenciadas pela nossa educação. 

Gilson Romeu e Helena Bortolo são professores da rede estadual de ensino. 



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