sábado, 28 de maio de 2016

QUEREMOS UM GOVERNO COM FRASES DE EFEITO?


O político Pedro Taques se deixou usar por grupos políticos descompromissados com o Estado Democrático de Direito, com o bem estar-social e coletivo, ou teve maus conselheiros. Querer combater a corrupção combatendo a democracia, além de um erro pra lá de grosseiro, é agir de má-fé. Não interessam os selfies do político comendo marmitex ou em passeatas dos coxinhas e militontos nazi-doidos contra a democracia.




Por Antonio Cavalcante Filho*

 
Creio que muito tardiamente o governador de Mato Grosso se afastou dos holofotes que o cegavam, desviou os olhos para a máquina administrativa emperrada e percebeu que há um caos no setor de segurança pública, com um grupo de policiais matando pessoas inocentes mediante pagamento, e a população indefesa escondida em suas casas, em face da insegurança que é pública e só não vê quem não quer (ou alguém que viaje o tempo todo).

Notou que os hospitais estão lotados, não há leitos de UTI, crianças e idosos sofrem com as ameaças de dengue e do tal vírus influenza que em alguns casos é fatal, e constatou que o “turismo de ambulância” como programa de saúde ainda impera em nosso estado. Prefeituras sucateadas despacham seus pacientes para as unidades de emergência em Cuiabá e Várzea Grande, por falta de recursos locais, e a compra de ambulância (“ambulancioterapia”) ainda é a grande “política pública” para este setor.

A situação dos servidores públicos também é caótica, o estado que cobra seus tributos de acordo com a inflação, que passou longe dos 11% oficiais, se recusa a fazer a recomposição do salário de acordo com as perdas verificadas no ano passado, que corroeu os vencimentos das categorias.

O governador finalmente toma contato com a realidade. E onde ele esteve neste período? O que andou fazendo durante todo esse tempo?

Ora, como ele próprio disse, foi o primeiro (e único) governador a apoiar publicamente o golpe contra a Constituição, para permitir a instauração de um “processo sem crime” contra a presidenta da república. E não é de hoje que venho chamando a atenção para o caráter fascista, reacionário, de extrema direita e criminoso desse golpe disfarçado de impeachment.

E enquanto o governador viajava país afora, fazendo propaganda e defesa do tal “impeachment”, que a mídia no mundo todo vem chamando de “complô de bandidos”, Mato Grosso ficava a deriva. E ao lado de quem o governador viajava? Ao lado de pessoas “inocentes” como Aécio Neves, aquele que será “devorado” pela Operação Lava Jato, como disse o mais recente delator à justiça (na verdade é o quinto réu que acusa o mesmo corréu).

Sabe-se que o plano do golpe começou a ser executado logo após a eleição de 2014.

Essa decisão de fomentar um golpe dos ricos contra os pobres, um “complô de criminosos” que querem se blindarem dos processos que terão que responder, é um carimbo que fica na testa de Pedro Taques, para tristeza de quem viu o político nascer como grande defensor do Estado Democrático de Direito e da Constituição Federal, a história lhe cobrará a coerência perdida. A sua credibilidade e capacidade até o momento ainda não foram posta à prova para resolver os dramas da educação pública, da cultura e da carência das pesquisas científicas em Mato Grosso. Somos 141 municípios, a maioria deles abaixo do aceitável em índices de desenvolvimento humano, todavia não existe nenhuma solução para esse drama e para a busca da igualdade.

O político Pedro Taques se deixou usar por grupos políticos descompromissados com o Estado Democrático de Direito, com o bem estar-social e coletivo, ou teve maus conselheiros. Querer combater a corrupção combatendo a democracia, além de um erro pra lá de grosseiro, é agir de má-fé.

A realidade bate à sua porta e o obriga a algumas decisões urgentes, a primeira delas é permitir a instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a corrupção na Secretaria de Educação (SEDUC), e de outras unidades administrativas que já se apresentam como alvos do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Dizer que o roubo na SEDUC foi “menos do que disse o GAECO” em nada ajuda para recuperar a imagem arranhada.

Deve conceder o pagamento das perdas da inflação aos servidores estaduais, para isso exonerando os 3.000 cargos comissionados (pessoas indicadas por políticos) e extinguindo os cabides de emprego que criou (no estacionamento em frente ao palácio há vaga reservada até mesmo para um tal Gabinete de Articulação Internacional!!).

E por fim deixar de fazer política do jeitão tradicional, já condenado pela sociedade. Trazer aquele deputado federal para o governo, apenas para o sujeito “fugir” do julgamento do Supremo Tribunal Federal (que se aproxima) é usar a mesma tática adotada ao longo pelo tal “braço político do crime organizado”.

A realidade é dura, mas é melhor aceitá-la do que aos elogios dos vassalos. Não interessam os selfies do político comendo marmitex ou em passeatas dos coxinhas e militontos nazi-doidos contra a democracia. Sem frases de efeito, por favor, dizer que na próxima campanha eleitoral irá “dirigir carro de som e pregar cartaz em poste” não ajuda, e ainda revela um crime: usar patrimônio público (poste de iluminação pública) para colar propaganda eleitoral.

Por um governo com mais ação e menos frases de efeito.

*Antonio Cavalcante Filho, cidadão de Mato Grosso, escreve às sextas-feiras neste blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte RD News

ATÉ MESMO OS BANDIDOS, OS IMORAIS, OS CORRUPTOS, OS SEM ÉTICA E OS SANGUESSUGAS DA NAÇÃO, JÁ REVELARAM QUE FOI UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA E CONTRA A PRESIDENTA DILMA PARA SE LIVRAREM DA PUNIÇÃO E AO MESMO TEMPO DAREM O GOLPE DA MALDADE DOS RICOS CONTRA OS POBRES. MAS O ZÉ PEDRO GOLPISTA INSISTE EM DIZER QUE NÃO.






Visite a pagina do MCCE-MT