quarta-feira, 18 de maio de 2016

Um programa de direita rechaçado nas urnas: o pior dos golpes impostos por Temer.


Como se vê, é colossal o abismo que separa a qualidade no trato das questões sociais empregado pelos governos de esquerda e o completo descaso verificado em gestões voltadas para a ideologia classista predominante na direita. É exatamente esse o maior dos golpes que Michel Temer nos impôs. Obrigar um país que votou por um programa político de esquerda a amargar o que há de pior na direita. 

 Pedro Golpe e o conspirador e usurpador Michel Temer


 Um programa de direita rechaçado nas urnas: 
o pior dos golpes impostos por Temer.


Diário do Centro do Mundo

Por Carlos Fernandes

O golpe protagonizado por Michel Temer em conluio com a escória da política nacional do Brasil não se limita à violação da legalidade do processo democrático e do estrito cumprimento das normas constitucionais.

Mais do que cassar 54 milhões de votos ao arrepio da lei, Temer, em menos de uma semana de governo ilegítimo, deixou claro que não foi simplesmente a presidenta Dilma Roussef que foi afastada do cargo, mas também e principalmente, todo um programa de governo tipicamente de esquerda que a maioria soberana dos brasileiros decidiu por bem continuar.

Foram os extraordinários avanços sociais alcançados nos dois mandatos de Lula que permitiram pela primeira vez na história a possibilidade de alçarmos uma mulher ao mais alto cargo da República. Dilma foi eleita e reeleita porque representava com justiça a continuidade das políticas que deram vez e voz aos excluídos históricos dessa nação.

Não é à toa que a imagem da primeira presidente mulher deste país ser retirada com tanta violência de seu cargo para que tomasse posse a mais misógina equipe ministerial desde a Ditadura Militar se tornou, aos olhos do mundo, a primeira grande investida da elite brasileira contra essa revolução de sexo, raça e classe que esteve em curso nos últimos 13 anos.

A partir daí a direita deu as caras. A cada pronunciamento dado por um de seus ministros uma conquista histórica é jogada no lixo. Uma a uma as políticas de inclusão social, de democratização do ensino, de segurança alimentar, de moradia própria, de saúde pública e de fortalecimento das instituições democráticas estão sendo severamente atacadas.

A primeira vítima, claro, foi o Bolsa Família. O ministro do Planejamento, Romeiro Jucá (PMDB-RR), já informou que o programa de distribuição de renda que virou um case de sucesso no mundo inteiro sofrerá uma “grande auditoria”. Leia-se uma drástica diminuição no número de famílias beneficiadas.

Por sua vez, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), um crítico ferrenho de programas como o PROUNI e o Ciências sem Fronteiras, apóia agora a privatização dos cursos de extensão e pós-graduação nas universidades públicas.

Já Ricardo Barros (PP-PR), ministro da Saúde, afirma categoricamente que o tamanho do SUS precisa ser revisto. Uma frase sua em particular me chamou a atenção. Disse ele: “Temos que chegar ao ponto de equilíbrio entre o que o Estado pode pagar e o que o cidadão tem direito de receber”. Fico imaginando o que seria, na cabeça do ilustre ministro, o que o cidadão tem “direito a receber” em matéria de saúde pública uma vez que ele é patrocinado por planos de saúde privados. 

E para não ficar atrás, o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), numa única canetada suspendeu a construção de mais de 11 mil casas populares do programa Minha Casa, Minha Vida. Habitação para famílias de baixa renda também não está contemplado nas velhas diretrizes do governo interino.

Essas são apenas as primeiras medidas, e olha que a lista de absurdos prossegue. Vão desde as flexibilizações dos direitos trabalhistas até o retrocesso de incluir igrejas no debate sobre a legalização do aborto, um tema que exige um Estado verdadeiramente laico.

Como se vê, é colossal o abismo que separa a qualidade no trato das questões sociais empregado pelos governos de esquerda e o completo descaso verificado em gestões voltadas para a ideologia classista predominante na direita.

É exatamente esse o maior dos golpes que Michel Temer nos impôs. Obrigar um país que votou por um programa político de esquerda a amargar o que há de pior na direita.

Fonte Diário do Centro do Mundo


O JEITO NAZI-FASCISTA DE OPRIMIR DISFARÇADO DE DISCURSO CONTRA A CORRUPÇÃO:




Visite a pagina do MCCE-MT