sábado, 4 de junho de 2016

Para toda ação há uma reação


Parece até que aquele ex-governador, filhote da ditadura, que deu “banana” aos servidores, que garganteava que as professoras grevistas seriam mulheres “mal-amadas”, ressuscitou do mundo das sombras para vir “dá as cartas” na gestão atual. 




Por Antonio Cavalcante Filho 


O conjunto dos servidores públicos estaduais de Mato Grosso está vivendo um momento incomum, um movimento de união das mais diversas categorias funcionais, todos em defesa de pautas comuns, fato histórico que não é registrado há muito tempo. Em Mato Grosso, essa onda só foi possível graças a um desgoverno que se recusa a aceitar a alteridade, não respeitar o resultado das urnas, ignorar as opiniões contrárias e receber com mau gosto quaisquer opiniões que não sejam elogios e “babação”.

Ante a inércia desse governo, a greve geral com adesão de mais de 90% das categorias, foi a solução (ou reação) possível. Ao menos nisso, o atual governador superou em muito, todos os ex-governadores. Em um curto período de tempo ele conseguiu a façanha de unir a maioria dos servidores público e uma considerável pacela da população contra ele mesmo.

A totalidade do funcionalismo público deseja que as perdas inflacionárias sejam compensadas em seus vencimentos e isso é justo, porque significa que a perda do poder de compra dos salários verificada no ano de 2015 seja mitigada, ainda que com um ano de atraso, em 2016. E isso não seria nenhum “favor do rei”, o reajuste Geral Anual (RGA) é direito que está na Constituição Federal (art. 37, inciso X) e na lei (Lei estadual nº 8278/2004).

Qualquer governo realmente legalista cumpriria com essa obrigação sem problema algum, mas o problema é que ele não é, já que tem se dedicado de corpo e alma a militância golpista.

Outra parte dos servidores públicos em greve tem uma pauta ainda mais ampla, e este é o caso dos professores estaduais, que lutam pela escola pública de qualidade e pela manutenção do planejamento de ganhos reais aos professores (conforme acordo previsto em lei), um plano vintenário visando melhorar a remuneração dos profissionais da educação e que agora se vê seriamente ameaçado.

Parece até que aquele ex-governador, filhote da ditadura, que deu “banana” aos servidores, que garganteava que as professoras grevistas seriam mulheres “mal-amadas”, ressuscitou do mundo das sombras para vir “dá as cartas” na gestão atual.

Nos anos 90, no governo do também PSDB, o patrimônio público de Mato Grosso foi vendido para empresas privadas, ainda que tivesse sido construído ao longo dos anos com o sangue e o esforço de gerações de mato-grossenses. Empresas bem estruturadas como Sanemat, Sanecap, Cemat e Banco do Estado de Mato Grosso (BEMAT) entre outras, foram leiloados a preços vis e o argumento era de que tais atividades não seriam obrigação estatal.

Em troca do “desapego” com o patrimônio público “focariam” no que consideravam essencial.

Segundo os dirigentes do PSDB, partido que comandava o governo à época da “liquidação geral”, o Estado de Mato Grosso se livraria dessas empresas e se dedicaria integralmente às funções que o ente público não pode delegar ao setor privado: saúde e educação.

Pois bem.

Os serviços de saúde pública todos sabem como estão. Dispensa-se maiores elucubrações, e mesmo as tais OSS (Organizações Sociais) implantadas pelo o reeducando e ex-deputado federal Pedro Henry, continuam sorvendo recursos públicos, mantidas na ativa pelo outro Pedro, o atual governador golpista. Quem sofre com isso é aquele cidadão que está na ponta do sistema e sente a necessidade do serviço. Esse, se tiver muita sorte ou apadrinhamento dos políticos, só consegue no máximo o “turismo de ambulância”. É que lá no seu município, só ouve falar em saúde quando alguém espirra.

A educação virou caso de polícia.

A proposta esdrúxula de privatizar as escolas estaduais, sob o argumento de implantar uma tal parceria público-privada acaba sendo a confissão de uma mentira governamental (lá dos anos 90 desse mesmo partido, o PSDB). Diziam que o estado deixaria as atividades não essenciais e focaria nos serviços de saúde e educação.

É por essa razão que hoje, tantos mato-grossenses estão nas ruas, vestidos com camisas brancas, azuis, verdes, vermelhas, amarelas e pretas a reivindicar seus direitos trabalhistas, escola pública de qualidade e uma investigação severa sobre os desvios de recursos da educação.

Não se trata aqui de “perseguição” ao PSDB como deliram alguns golpistas ou seus coxinhas nazi-doidos, mas tão somente de um movimento natural como descreve a Terceira Lei de Newton: não existe uma ação sem reação.

No dia 31 de maio, primeiro dia da greve geral dos servidores públicos de Mato Grosso, uma multidão marchou pelas ruas da capital cobrando as promessas feitas lá atrás, em 1990, pelo partido do atual governador de que saúde e educação públicas seriam prioridades.

Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas-feiras nesse blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte RD News


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