terça-feira, 27 de setembro de 2016

DECLARAÇÃO DE VOTO


Como poderia votar naqueles que direto ou indiretamente atentaram contra o Estado Democrático de Direito, contra os interesses nacionais e contra os direitos dos trabalhadores? Quem contribuiu com o roubo de mais de 54 milhões de votos da presidente Dilma não merece o meu voto. Se não respeitam a democracia não devem participar da vida pública. Enfim, não voto em golpistas! 





Por Antonio Cavalcante Filho 



Há poucos dias da eleição em primeiro turno, nossa jovem democracia, tão violentada por partidos políticos, por setores golpistas e por uma campanha “xoxa”, movimentada por marqueteiros que recebem quantias milionárias (vindas de onde, ninguém sabe) se percebe um desinteresse incomum dos eleitores. Verificamos uma guerra de números de suposta preferência eleitoral, veiculadas por pesquisas contratadas por pessoas diferentes e que são idênticas, mas pagas por valores díspares, mesmo que seja o mesmo serviço e o mesmo instituto.

Pesquisa eleitoral é tema que deveria se ocupar a Justiça Eleitoral. Mas, diante desse quadro de indecisão e desmotivação do nosso eleitorado, me inclino a fazer uma declaração de voto baseada em tudo o que foi motivo de debate até agora, percebendo os desejos e necessidade de nossas cidades.

Primeiramente declaro em quem não voto. 

Não terá o meu voto o politiqueiro que faz da representação política uma carreira, uma profissão, que após alguns mandatos, mesmo ainda jovens se acham no direito de se aposentarem com salários exorbitantes. O politicoíde carreirista profissional é sempre um fisiológico. O sujeito já foi secretário, vereador, deputado estadual, deputado federal, prefeito, enfim, o politicalhão, após se candidatar a quase tudo, ainda faz da política uma artimanhazinha mesquinha de se auto locupletar. Estes, mesmo depois de velhos e já doentes, querem sempre mais poder. Por vontade própria, jamais largarão o “osso”.

Também não votarei nos candidatos que fazem campanhas milionárias contratando verdadeiros exércitos de cabos eleitorais, marqueteiros caríssimos e frotas de carros adesivados. Não voto nos porcolíticos que poluem a cidade com placas, cavaletes e inundam as ruas com os seus cartazes e “santinhos”. Não voto nos mentirosos e desonestos que se aproveitam das pessoas mais simples, que iludem os alienados, os analfabetos políticos e ainda, por cima, compram votos de pobres eleitores sem consciência crítica. Não voto de jeito nenhum em candidatos que se conluiem com mercenários, oportunistas e picaretas, formando com esses, o círculo vicioso da delinquência eleitoral. Esse tipo são os mais perigosos pois, se eleitos, farão grandes estragos no erário público.

Não voto também em nenhum candidato de qualquer partido ou coligação que apoia a conspiração midiático-parlamentar-judicial a qual os coxinhas e nazi-doidos apelidaram de impeachment, mas que na realidade foi um golpe contra a democracia. Como poderia votar naqueles que direto ou indiretamente atentaram contra o Estado Democrático de Direito, contra os interesses nacionais e contra os direitos dos trabalhadores? Quem contribuiu com o roubo de mais de 54 milhões de votos da presidente Dilma não merece o meu voto. Se não respeitam a democracia não devem participar da vida pública. Enfim, não voto em golpistas!

Mas terá o meu voto candidato que argumentar que os vereadores recebem vencimentos irreais, que destoam da maioria dos servidores públicos e de toda a sociedade pagadora de impostos. Não é crível que um vereador receba remuneração maior que a de um professor, que ensina nossas crianças, e o tipo de profissional que é a base da capacitação de todos os outros. Quem é que não é grato a um professor ou professora pelos ensinamentos que marcam para a vida toda?

Ora, o vereador ou vereadora preocupado de fato com a cidade que pretende servir, deve renunciar ao salário ou, na pior das hipóteses, aprovar lei que coloque sua remuneração em paridade com a dos professores. Não se admite que a despesa com a câmara municipal ultrapasse a 1% da receita tributária.

Mordomia, nem pensar.

Pelo fim dos jetons, verbas remuneratórias, auxílio-creche, auxilio-saúde, celular ilimitado e carros luxuosos com motoristas. Vivemos um mundo em que “suas excelências” consomem demais, produzem de menos, e uma das causas pode ser a “vida nababesca”, que atrai aproveitadores, que gastam rios de dinheiro para se eleger, e o processo eleitoral acaba deixando de fora aquelas pessoas vocacionadas, com verdadeiro interesse de servir as comunidades (com ou sem recebimento de salários pela delegação política que o povo lhe confiou).

Posso dizer que voto naquele ou naquela que me garantir que os serviços públicos que são competência dos municípios, como transporte, saúde e educação, de fato serão prestados com qualidade e a custo zero, se for o caso.

Cito o município de Maricá (Rio de Janeiro), que instituiu o transporte público municipal 100% gratuito, conforme prevê o artigo 30, inciso V da Constituição Federal.

Sabemos que os grandes insumos que encarecem o transporte público são os combustíveis e a manutenção dos veículos, salários dos motoristas e cobradores incluídos. Ora, contando com a imunidade recíproca, em que um ente federado (município) não deve pagar tributo ao outro (União ou Estado), é claro que a aquisição de veículos será bem menos onerosa do que é ao particular, os combustíveis ficarão bem mais barato, e em relação ao custo com salários, isso cai pela metade, afinal não haverá despesa com cobradores de passagem.

No caso de Cuiabá outro problema tem a ver com o trânsito: os radares. A mim é impensável que apenas a “indústria da multa” possa resolver um problema que é grave: a violência no trânsito; mas a solução pensada pela prefeitura acaba por criar mais incômodos para a população. Que tal instalar redutores sonoros de velocidade, ao invés das máquinas “arrecadadores de multa”, que são os radares eletrônicos?

Sabendo-se que grande parte dos acidentes vitimam motociclistas, com custo de internação nos hospitais, não seria o caso de discutir essa situação em especial, e não penalizar a todos os demais proprietários de veículos?

Por fim, e não menos importante: ganha meu voto aquele candidato ou candidata que se propor a realizar uma auditoria nas contas da Prefeitura de Cuiabá, porque acredito ser impossível ter uma dívida tão alta quando não existe obra que justifique essa despesa anterior.

Talvez uma auditoria possa esclarecer o boato de que a Sanecap, que foi “doada” a um particular com direito a explorar o povo cuiabano eternamente e prestar maus serviços, tinha em seus quadros algumas servidoras contratadas. E a função delas era servir aos diretores daquela empresa, e não ao povo; e os “serviços” nada a tinha a ver com a finalidade pública, seriam aquelas meras acompanhantes de políticos.

Assumindo essas pautas, o futuro gestor merece ser votado!

Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas feiras neste Blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte RD News


PARTICIPE DESTA CAMPANHA:

"EU NÃO VOTO EM GOLPISTAS"


OS CANDIDATOS GOLPISTAS JÁ ESTÃO BATENDO EM NOSSAS PORTAS PEDINDO OS NOSSOS VOTOS PARA PREFEITO OU VEREADOR. QUEM VOTA CONSCIENTE NÃO VOTA EM CANDIDATOS OU EM PARTIDOS QUE APOIARAM O GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA




Visite a pagina do MCCE-MT