quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Eleição já! Fora Temer usurpador!


O Brasil não pode ser comandado por um governo fundado na usurpação e na associação criminosa de canalhas golpistas que vivem no esgoto da história. Este governo usurpador não será aceito, não será reconhecido pelo povo e será combatido sem tréguas. Só nova eleição restaura o Estado de Direito depois deste atentado à democracia. 




Por Jeferson Miola

Os golpistas alcançaram o objetivo: o Senado da República, convertido num tribunal de exceção, aprovou o impeachment da Presidente Dilma sem crime de responsabilidade, em total afronta à Constituição e ao Estado de Direito.

Esta decisão imposta por uma maioria do Senado não surpreende, porque este processo kafkiano não passou de um jogo de cartas marcadas; de uma farsa montada com pretextos ridículos para dar ares de normalidade a um crime perpetrado contra a democracia.

À medida em que o golpe foi avançando e parlamentares foram sendo comprados com cargos e promessas de favores e a mídia e setores do judiciário foram blindando a trama golpista, os canalhas foram abandonando a parcimônia e a dissimulação.

Eles se sentiram desobrigados de conspirar nas sombras, escondidos; abandonaram o disfarce da falsa imparcialidade e assumiram abertamente a conspiração.

O mundo inteiro ficou conhecendo as entranhas de um golpe que teve falsificação de peças de acusação por militantes partidários disfarçados de funcionários públicos, de “técnicos do TCU”.

Quando caiu a máscara dos inconsistentes argumentos contábeis dos falsos “técnicos do TCU”, os golpistas abandonaram o discurso cínico que encobria a falta de motivo legal para cassar o mandato da Presidente, e assumiram que condenam Dilma pelo chamado “conjunto da obra” – ou seja, pelo fato de ser uma mulher, nacional-desenvolvimentista e de esquerda.

O próprio Michel Temer, sócio do Cunha na conspiração e principal beneficiário do golpe, revelou a injustiça de um julgamento que não se ampara nos fundamentos exigidos pela Constituição e na Justiça, mas é parte de uma violência desferida por uma matilha parlamentar que forma uma maioria fascista. Disse o usurpador: “o impeachment depende da avaliação política – não uma avaliação jurídica – que o Senado está fazendo”.

O golpe de Estado, agora formalmente consagrado pela decisão de 61 senadores e senadoras – quase todos investigados e processados por corrupção e outros crimes – mergulha o país no abismo do arbítrio.

A democracia foi abastardada, a Constituição foi violentada. Os personagens donos dos procedimentos e das visões mais abomináveis da política brasileira assaltaram o poder e deram posse ao governo usurpador de Michel Temer para impor uma agenda de retrocessos e de entrega da soberania nacional.

O golpe não é contra uma mulher digna e inocente, é um golpe contra a democracia e o Estado de Direito para permitir a restauração neoliberal ultraconservadora e reacionária. É um golpe contra o capítulo dos direitos sociais da Constituição de 1988, contra o povo pobre, as mulheres, as juventudes, os trabalhadores, os camponeses, os índios, os povos das florestas. É um golpe para entregar o pré-sal, as terras, as riquezas, os alimentos e os minérios do povo brasileiro ao capital estrangeiro.

O governo usurpador não tem legitimidade para comandar o país, e menos legitimidade ainda para impor a agenda entreguista e de retrocessos que foi derrotada nas quatro últimas eleições presidenciais.

O Brasil não pode ser comandado por um governo fundado na usurpação e na associação criminosa de canalhas golpistas que vivem no esgoto da história.

Este governo usurpador não será aceito, não será reconhecido pelo povo e será combatido sem
tréguas. Só nova eleição restaura o Estado de Direito depois deste atentado à democracia.

Eleição já! Fora Temer usurpador!



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