Nada há de inovador, revolucionário ou de iluminismo nas ações desse novo habitante do mundo dos políticos tradicionais em Mato Grosso. Até mesmo a vocação golpista das velhas oligarquias brasileiras ele herdou e abraçou com devoção, sendo o primeiro governador a aderir à Conspiração midiático-parlamentar-judicial de 2016, liderada, - e hoje já está mais do que provado -, por um conluio de gângsters
Por Antonio Cavalcante Filho
Definitivamente, o senhor José Pedro Taques é a grande decepção da
política local, uma figura que se apresentava como sendo novidade em um
cenário árido de bons hábitos, que, por isso, acabou colhendo o apoio de
parcela significativa da população, que, assim como eu, já estava
cansada da velha quadrilha que há anos vinha assaltando os cofres do
Estado.
Nunca me canso de repetir que fui um dos enganados. Daí, não deixo um
dia sequer de “desvotar”, falando abertamente que votei errado (um
pouco foi por falta de opção, confesso), retirando do senhor TX a
legitimidade para agir em meu nome.
Com poucos dias de mandato, já era possível notar que o baixinho era
um engodo, que se tratava de mais um carreirista, um “déspota
esclarecido” que traz o pior lado dessa característica: o culto ao
absolutismo e à personalidade. Nada há de inovador, revolucionário ou de
iluminismo nas ações desse novo habitante do mundo dos políticos
tradicionais em Mato Grosso. Até mesmo a vocação golpista das velhas
oligarquias brasileiras ele herdou e abraçou com devoção, sendo o
primeiro governador a aderir à Conspiração
midiático-parlamentar-judicial de 2016, liderada, - e hoje já está mais
do que provado -, por um conluio de gângsters.
Talvez para pleitear a recondução ao cargo que mal começara a
exercer, até há bem pouco dias, ele se declarava o “seminovo”, o homem
com “Coragem pra Mudar”, como dizia seu slogan de campanha, na tentativa
de nos “vender” a ideia de que era alguém firme, determinado e corajoso
para fazer as mudanças necessárias na administração pública e na
política. Porém, desde que foi eleito dedicou um tempo danado para
cultuar antigos defensores da ditadura e de violação de direitos
humanos, buscou aliados da extrema direita, as “viúvas da ditadura
militar”, como o ex-governador biônico Frederico Campos e o
ex-secretário de segurança Travassos, de tristes lembranças.
Diria que os erros são inúmeros, mas me dói, em especial, ver o
sofrimento de parte substancial das 100.000 famílias de servidores
públicos estaduais que são vítimas de constantes e equivocadas decisões
taquianas. Perdas inflacionárias nos salários, greves legítimas tratadas
como se crimes fossem, negação diária de direitos aos servidores, sem
querer falar nos convescotes permanentes com os “caititus do Riva”, os
quais ele mesmo, quando procurador da república, chamava de “braço
político” do crime organizado, que agora parecem ser “amiguinhos de
infância” do Taques.
De acordo com as últimas notícias, o senhor governador, simplesmente,
maculou a imagem de uma instituição tradicional, que dava suporte a uma
das políticas de Estado (e não de governo, que é passageiro): me refiro
aqui à Polícia Militar, que, ao invés do oficio de oferecer segurança e
paz para a sociedade mato-grossense, se permitiu, através de oficiais
da mais alta patente, o papel humilhante de uma “mulher da vida”, aquela
que não é a “esposa” verdadeira, mas, financeiramente, é “tida e
mantida” por um indivíduo desleal.
É preocupante saber que, membros da cúpula que dirigiam à gloriosa PM
estão encastelados no presídio estadual, sem prazo para soltura, e as
decisões de constrição de liberdade emanaram do Tribunal de Justiça do
Estado, decididas e votadas por experientes desembargadores, e
confirmadas pelo Superior Tribunal de Justiça. Logo, a coisa é grave,
porque possui vulto e potencial para derreter a imagem do Estado de Mato
Grosso, graças às ações de “meninos birrentos” e mimados.
Ao ser flagrado (primeiro com o primo), usando a secretaria da Casa
Civil para cometer malfeitos, TX saiu em defesa apaixonada do parente,
usando-se de uma série de argumentos que não enganam mais ninguém, uma
vez que a era dos “bobós cheira-cheira” crédulos já passou. Disse que
era uma saída a pedido e não demissão do cargo, para facilitar o
exercício da defesa em relação às acusações de usar a estrutura da
segurança pública para atos nada edificantes.
Taques era apaixonado também por Aécio Neves, com o qual percorreu o
país logo após a eleição de 2014 pregando o Golpe, fato que deveria
envergonhá-lo perante as pessoas sérias. Unindo-se aos grupos de falsos
profetas, como MBL, Vem pra Rua, Revoltados Online, Muda Brasil e outros
tantos militontos nazi-mirins e analfacoxas, engrossou as fileiras
barulhentas do atentado contra a Democracia. Todos financiados pelos
sonegadores da Fiesp e outras corjas de patrões larápios e partidos de
alugueis derrotados nas eleições de 2014, que, além de
mal-intencionados, como Eduardo Cunha e Michel Temer, foram bastante
úteis à tática de colocar o nosso Brasil refém de sequestradores de
direitos dos trabalhadores e lesa-pátria perigosos.
E por aqui, em Mato Grosso, além do secretário da Casa Civil, do
comandante da PM, do secretário de Justiça e de Segurança que já estavam
na mira da lei, agora vem a novidade: o afastamento do secretário de
Comunicação do Estado, Kléber Lima, pela juíza Célia Regina Vidotti, da
Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular e o pior: a prisão de um bando
de secretários e ex-secretários, entre eles, novamente, o primo do
governador, o titular da segurança pública e o de Justiça e Direitos
Humanos.
Isso mostra como o TX destrói a estrutura política e administrativa
de Mato Grosso, como um cupinzinho vestido de azul e amarelo (lembremos
que ele odeia o vermelho). É triste, mas a equipe de governo do nosso
estado é de fazer “inveja” aos titulares do alto escalão do usurpador da
República, o golpista Michel Temer em números de pessoas denunciadas,
investigadas e presas. E isso não é pouca coisa, já que o “Temeroso”, é
reconhecido como o governo mais corrupto da história do Brasil, até
mesmo pela “Globogolpe” dos irmãos Marinhos, mas o TX garante que: “O
presidente Michel Temer é um homem sério, digno e tem visão de futuro,
tenho certeza que fará as reformas certas ao Brasil”.
Atacar o desembargador Orlando Perri, promotores, procuradores de
Justiça e delegados é a forma como ele reage, ao invés de corrigir as
suas “pedaladas”, bem piores que as de Dilma Rousseff.
Convocar entrevista coletiva para agredir os agentes da lei é cena patética, principalmente, para um ex-Procurador da República, deixando claro que são urgentes e necessárias as reformas no presídio estadual que recebe os “bacanas arianos” (bandidos de “colarinho branco”). Mas, para tal, mais alas devem ser construídas com espaços mais amplos para o banho de sol, e até um setor para isolamento. Sabemos que essa “gente grã-finas”, acostumadas a gozar de “boa vida”, são frágeis e adoecem muito facilmente.
Ao contrário do “ladrãozinho comum”, dos “batedores de carteiras”,
essa “gente abastada”, “que vegeta em lastimosa ociosidade”, como diria
Santo Augustinho: “os ladrões de maior calibre e da mais alta esfera,
que roubam e despojam os povos”, não aguentam sequer um “arrochozinho”.
Vejam, o antes todo poderoso comendador João Arcanjo está só a “capa da
gaita”.
O Silval Barbosa, ex-governador, o criminoso da “delação monstruosa”,
já está cadavérico. O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, o
“mauricinho”, “filhinho” de papai”, João Emanuel, parece irreconhecível.
O campeão brasileiro dos fichas-sujas, depois de um “apertinho”, já
prepara a “delação apocalíptica”.
Gastar um pouquinho mais na construção das chamadas “Celas
Especiais”, ou como dizem, de “Estado Maior” para albergar os “homens de
bens”, não é nada! O que importa é que alí, entre grossas grades de
ferro e altos muros de concreto, por muitos e muitos anos, os
carcereiros possam aplicar o castigo merecido a todos eles.
Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, escreve neste espaço às sextas-feiras - E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News