sábado, 6 de outubro de 2018

TCHAU. QUERIDO!


Em Mato Grosso, o governador tucano, o primeiro a defender o golpe em 2016, sem chances alguma de se reeleger, tem sentido os calafrios da perda do poder, que, como um punhado de lama pútrida, vem lhe escapando entre os dedos para nunca mais voltar. Neste domingo, dia 7, estarei diante da urna, e ao digitar os números dos meus candidatos, enviarei para aquele, que foi o pior governador do estado, o meu Tchau, Querido! 





RD News


Por Antonio Cavalcante Filho 


A semana passada foi marcada por um acontecimento histórico que extrapolou os debates eleitorais e os comitês de campanha dos diversos partidos políticos, ganhando o mundo através de uma mensagem suprapartidária e universal de convivência pacifica entre as pessoas e contra o fascismo e o ódio.

O “Ele Não” desmascarou aqueles que são contra a democracia, que militam a favor da violência, da cassação das liberdades civis, que, como “caixeiros-viajantes” da barbárie, propagam a extinção das minorias, o sequestro do Estado Democrático de Direito e pregam a imposição da força das armas contra os mais fracos e desarmados.

Ao contrário dos movimentos golpistas de 2013, 2014, 2015, dos militontos analfas-coxas e nazi-doidos do “Fora Dilma” que culminou no golpe midiatico/parlamentar/judicial/empresarial de 2016, os ativistas de 2018, pacíficos e democraticamente não atacaram pessoas e, sim, ideias retrógradas, preconceituosas, arraigadas nas crenças fanáticas e bestializadas de um passado que se perde no túnel do tempo.

No sábado, 29 de setembro, quando milhões de brasileiras e brasileiros foram às ruas bradando alto e em bom som o “Ele Não”, afirmaram ser contra a violência praticada às mulheres, agredidas e mortas cotidianamente pelos seus próprios parceiros. Mas foram mais além, disseram ao Brasil e ao mundo que não querem no governo alguém com posturas antidemocráticas, racistas, fascistas, misóginas, homofóbicas, aporofóbicas e xenofóbicas.

O “Ele Não” foi a maior manifestação antifascista da história do Brasil, um grande grito de alerta contra tudo o que nos separa e nos divide como humanos, jogando-nos uns contra outros nesse espiral de violência sem fim.

Em casa ou na escola, no trabalho, ou se esparramando pelas ruas, esta onda odienta do fascismo se não for barrada, impossibilitará cada vez mais a conciliação e a pacificação do país ou qualquer tentativa de uma convivência fraterna e solidária entre nós.

Quando se faz uma declaração de negação ao ódio, de tamanha magnitude, como foi o do movimento “Ele Não”, evidencia-se também ser contra a precarização dos serviços públicos, que cada vez mais anseiam-se por um estado de bem-estar social, que é necessário revogar a tal PEC dos Gastos que congelou recursos públicos com escolas e postos de saúde por vinte anos.

O combate ao fascismo e à luta pelo resgate da nossa democracia sequestrada em 2016 é tarefa de todos nós, que não nos permite ignorar a sociedade que desejamos.

Uma escola de qualidade em tempo integral, com aulas ministradas por professores capacitados e motivados. A liberdade de ensino, inclusive com a pluralidade disciplinar e o respeito à diversidade, com o incentivo à ciência e à capacidade de pensar, deve ser programa de qualquer governo.

Os cidadãos eleitores que foram às ruas na semana passada, voltam neste domingo de eleição, agora para votar e dar vazão a um sentimento que está latente no coração de cada cidadão: o exercício democrático, o desejo de que o resultado da eleição seja respeitado pelas forças políticas, e que os eleitos e eleitas exerçam com plenitude e correção os poderes a eles outorgados.

Em cada processo eleitoral, me vem a imagem do que creio ser importante para que um país rico como o Brasil possa distribuir essa riqueza entre todas as pessoas e que golpes e retrocessos, como os de 1964 e 2016, não venham mais acontecer.

Em Mato Grosso, o governador tucano, o primeiro a defender o golpe em 2016, sem chances alguma de se reeleger, tem sentido os calafrios da perda do poder, que, como um punhado de lama pútrida, vem lhe escapando entre os dedos para nunca mais voltar.

Neste domingo, dia 7, estarei diante da urna, e ao digitar os números dos meus candidatos, enviarei para aquele, que foi o pior governador do estado, o meu tchau, querido!

Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, é sindicalista e escreve neste espaço às sextas-feiras - E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte RD News


COMO PROVA DE TRANSPARÊNCIA DOS MEUS POSICIONAMENTOS POLÍTICOS, COMPARTILHO COM OS MEUS AMIGOS COMO IREI VOTAR EM 07/10/2018