A recomendação ilegal feita pelo ministro Vélez Rodriguez, da Educação, apoiada por Damares Alves, dos Direitos Humanos, de que crianças sejam filmadas repetindo o slogan de Jair Bolsonaro, numa prática que lembra a doutrinação nazista, foi repudiada pelos secretários de Educação de todo o País; o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação disse que "a ação fere não apenas a autonomia dos gestores, mas dos entes da Federação"
O Ministério da Educação (MEC)
enviou ontem para todas as escolas do País um e-mail pedindo que seja
lida uma carta aos alunos, professores e funcionários com o slogan da
campanha de Jair Bolsonaro: "Brasil acima de tudo. Deus acima de todos."
O comunicado recomenda ainda que todos estejam "perfilados diante da
Bandeira do Brasil" e seja tocado o Hino Nacional. Por último, pede que
as escolas filmem as crianças nesse momento e enviem os vídeos ao
governo.
Segundo relata
o jornal Estado de S.Paulo, a medida provocou reações no meio
educacional e entre pais de estudantes. O Conselho Nacional de
Secretários Estaduais de Educação (Consed) disse, em nota, que a ação
fere não apenas a autonomia dos gestores, mas dos entes da Federação.
"O ambiente escolar deve estar imune a qualquer tipo de ingerência
político-partidária", disse o Consed. Para o órgão, o Brasil precisa,
"ao contrário de estimular pequenas disputas ideológicas na Educação,
priorizar a aprendizagem".
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