Bolsonaro não governa, vinga-se, como bem disse Fabio Porchat. Não está nem um pouco interessado em governar o país, por isso dividiu seu governo em dois, entregando a Paulo Guedes a missão de fazer da economia tudo o que os ricos queriam para exploração dos pobres, dos trabalhadores ou de quem produz e que não é parte da elite empresarial que até aqui se beneficiou dessa escravidão moderna. Por isso há uma debandada de “celebridades” que apoiaram sua eleição e que hoje o chamam de psicopata, vigarista, mascate político.
Por Carlos Henrique Machado Freitas
O Brasil não tem como estar mais desmoralizado com um presidente visto no planeta como um psicopata com instinto assassino.
O Brasil não tem como estar mais desmoralizado com um presidente visto no planeta como um psicopata com instinto assassino.
Seu sentimento intenso de raiva e aversão aos pobres, seu ódio aos
negros, gays e índios e seu rancor com o universo acadêmico, com a
ciência e com as artes, mostram que Bolsonaro é uma besta que mergulhou o
país nas trevas do atraso.
Seu governo não tem um único avanço, pode-se percorrer o país inteiro
que não se vê desenvolvimento, zonas de trabalho ou sequer uma carroça
que aponte que há ali uma busca por qualquer forma de construção. Ao
contrário, as cidades brasileiras estão economicamente moribundas,
arrastam-se para sobreviverem numa velhice precoce que nos devolve aos
tempos das cidades mortas.
O governo Bolsonaro é um volume de nada e, por isso, teve que fazer
um pronunciamento tão nulo quanto seu governo sem poder dizer a que
veio, sem apontar um caminho diante de uma economia murcha que só serve
ao rentismo e que agora ainda coloca os banqueiros na garupa dos cofres
públicos com a reedição do novo Proer.
Nem para criar lendas o governo Bolsonaro serve. Não há sinal de
emprego, o que se tem para apresentar é um quadro risível de postos de
trabalho com carteira assinada e uma legião cada vez maior de
brasileiros sobrevivendo de bicos, isso sem falar dos que já desistiram
por desolação.
Bolsonaro não governa, vinga-se, como bem disse Fabio Porchat. Não
está nem um pouco interessado em governar o país, por isso dividiu seu
governo em dois, entregando a Paulo Guedes a missão de fazer da economia
tudo o que os ricos queriam para exploração dos pobres, dos
trabalhadores ou de quem produz e que não é parte da elite empresarial
que até aqui se beneficiou dessa escravidão moderna. Por isso há uma
debandada de “celebridades” que apoiaram sua eleição e que hoje o chamam
de psicopata, vigarista, mascate político.
Na verdade, debandaram cedo porque cedo viram que a miséria era a
busca que Bolsonaro tanto queria para as famílias decaídas depois do
golpe em Dilma.
Grande parte da população está assombrada com o destino de sua vida,
atestando a ruína que consome o país depois da posse de Bolsonaro. O
deserto econômico, a direção dada pelo dedo podre de Paulo Guedes é para
isso mesmo, não aliviar para os mais pobres, para os capões, para os
mais escondidos grotões. Guedes quer governar a economia para a Avenida
Paulista, para a Fiesp e Febraban, como o próprio disse, não está
interessado e nem quer a responsabilidade de fazer justiça social,
reduzir a desigualdade assombrosa que o Brasil voltou a produzir.
O que se tem além desse pensamento rústico, semibárbaro? Corrupção,
corrupção e corrupção, escândalos que frutificam a cada dia como praga
dentro da própria família de Bolsonaro. Não há um que escape ou hesite,
todas as pessoas da família Bolsonaro estão envolvidas em um cartel
montado por ele.
Numa tentativa desesperada de salvar o próprio pescoço, Bolsonaro
sancionou a figura do juiz de garantias para ver se muda o rumo do
tsunami que arrasta todo o clã.
Nos jornais, a cada dia, lê-se sobre uma nova vingança dele contra a
educação ou a saúde. Bolsonaro não consegue, mesmo sob a mira de um
canhão do Ministério Público do Rio, abandonar seu instinto assassino,
ao contrário, parece que, com medo de tomar um impeachment na fuça,
corre para produzir maldade contra tudo o que ele tem rancor.
Nisso, não há qualquer novidade. Bolsonaro ficou 28 anos como
deputado não produzindo nada para o país e estimulando ódio, rancor, ira
e baba de um sujeito enlouquecido que ainda não caiu porque os maiores
ladrões da nação, os banqueiros, estão sugando o leite direto das tetas
do Estado.
E, como é essa plutocracia que sustenta a grande mídia brasileira,
cada dia mais frágil comercialmente, ele vai entregando o país à
esbórnia do rentismo, da agiotagem e usando essa oligarquia
quatrocentona decadente como barreira de contenção para não ser apeado
do poder por formação de quadrilha e corrupção generalizada.
*Carlos Henrique Machado Freitas