Temer sempre foi um homem de bastidores. Embora alguns, como Delfim Netto, tenham tentado vender o contrário, nunca passou de um canalha secundário. Delfim, para quem não lembra, falou que MT é capaz de fazer tricô com quatro agulhas.
Por Kiko Nogueira
Michel Temer está sendo uma decepção até mesmo para quem esperava pouco dele.
Os esforços da Globo — com Merval Pereira e Miriam Leitão à frente,
seguidos de perto pelo porta voz Jorge Bastos Moreno, uma figura a cada
dia mais patética — não conseguem esconder a pusilanimidade e a
capacidade infinita do interino para cometer erros estúpidos.
Dois ministros demitidos em duas semanas; o AGU e a secretária das
mulheres em cima do telhado; medidas absurdas como cortar comida no
Palácio da Alvorada (alguém pensou que isso poderia ser recebido de
maneira positiva??). Etc.
Temer sempre foi um homem de bastidores. Embora alguns, como Delfim
Netto, tenham tentado vender o contrário, nunca passou de um canalha
secundário. Delfim, para quem não lembra, falou que MT é capaz de fazer
tricô com quatro agulhas.
A fraqueza do interino está tão exposta porque ele é, ao fim e ao
cabo, um zelador escolhido pelo condomínio. Temer não tem legitimidade e
muito menos caráter para controlar e dar um sentido de coesão às forças
dentro de sua gestão.
Ele foi eleito por 300 picaretas, a quem prometeu o que não tinha
para dar. Ele foi eleito por Eduardo Cunha, o velho aliado, bandido que
comandou a farsa do impeachment. Ele foi eleito pelo “mercado”.
O que o presidente em exercício faz é encaixar essa bandidagem no
time de maneira atabalhoada. Como a corrupção nunca foi um problema no
PMDB, é natural que ele não se importe com o currículo de gente que não
resiste a uma pesquisa no Google.
Numa entrevista com Dilma no Planalto, eu quis saber quando ela notou
que seu vice conspirava e por que não havia feito nada. Não houve uma
resposta clara, mas o diagnóstico dela sobre Temer foi preciso.
“Eu achava que não [seria traída] por um motivo não mencionável. Não
mencionável. Não vale a pena a gente falar das pessoas. Eu não me presto
a isso”, começou.
“É importante lembrar que tem grupos fortes que escolhem agentes, e
esses agentes mudam. Em momentos anteriores, os atores não estavam no
PMDB, estavam no PSDB. O ator que foi retirado é aquele que foi vaiado
numa manifestação que tinha que ser dele”, disse Dilma, referindo-se ao
protesto na Paulista em que Aécio e Alckmin foram enxovalhados pelos
coxinhas.
Temer é apenas um nome escolhido por quem a apeou do poder. Antes
dele, Aécio parecia promissor. O tucano, mais sujo que pau de
galinheiro, virou o que em inglês se chama liabilty, um risco. Temer
passou a ser um cavalo com menos chance de dar errado.
A incompetência do interinato transformou a presidente afastada em
líder de massas, acolhida em eventos por todo o Brasil, discursando como
nunca, sem os característicos tropeços, contundente.
Um time que tinha tudo a favor — Congresso, mídia, juízes e dinheiro—
pode perder a corrida no Senado por tropeçar nas próprias pernas e na
flacidez moral do anão apontado como capitão da fraude.
Fonte Diário do Centro do Mundo
GOVERNADOR!!!
SEM PAGAR O RGA OS SERVIDORES PÚBLICOS DE MATO GROSSO VÃO PARAR.
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