Golpes não é nenhuma novidade no Brasil. Por aqui já tivemos vários: Independência do Brasil, em 1822, Golpe da Maioridade de dom Pedro II, em 1840, Proclamação da República, em 1889, golpe de ditadura Vargas, em 1937, golpe militar de 1964, e o atual, de 2016, este que na realidade é mais uma conspiração midiático-parlamentar-judicial, um “complô de bandidos” que trama contra os avanços sociais e o Estado Democrático de Direito.
Por Antonio Cavalcante Filho
Percebe-se um ar de tristeza enorme em muitos cidadãos, que, assim
como eu, participaram de várias manifestações contra a corrupção em anos
bem recentes, mas que hoje se dão conta de que foram usados como “massa
de manobra” para que uma quadrilha tomasse conta dos destinos do nosso
país.
Golpes não é nenhuma novidade no Brasil. Por aqui já tivemos vários:
Independência do Brasil, em 1822, Golpe da Maioridade de dom Pedro II,
em 1840, Proclamação da República, em 1889, golpe de ditadura Vargas, em
1937, golpe militar de 1964, e o atual, este que na realidade é mais
uma conspiração midiático-parlamentar-judicial, um “complô de bandidos”
que trama contra os avanços sociais e o Estado Democrático de Direito.
Infelizmente, ainda temos uma “massa” de pessoas alcunhadas de
“coxinhas”, que, por não ter ainda lhes “caído a ficha”, já estão sendo
chamadas de “trouxinhas”, ou seja, de inocentes úteis. Estes,
ingenuamente ou não, cínicos ou bobos, continuam bradando contra a
democracia como se estivessem “lutando” contra a corrupção.
A inovação do golpe de 2016 em curso, em relação ao de 64, é que,
desta vez, os golpistas não se utilizam das forças militares. Mas a
forma de convencimento, os discursos “anticorrupção” e “anticomunista”.
Os atores envolvidos, a exemplo de setores do Judiciário, Ministério
Público, OAB, grupos “religiosos fundamentalistas”, empresas de
comunicação, políticos derrotados em seguidas eleições, interesses de
grandes empresas nacionais e multinacionais, são os mesmos.
O segundo mandato do Governo Dilma não era a “8ª maravilha” do mundo
da política, mas devemos reconhecer a existência de uma série de
entraves deliberadamente criados para desestabilizar o país e contaminar
a gestão da presidenta. Basta dizer que a operação Lava Jato começou
juntamente com as convenções partidárias em 2014 e tende a se encerrar
em 2016, justamente com a conclusão do Golpe (mas será que a corrupção
acabou?).
Não se questiona aqui o combate à corrupção, pois muita “gente
graúda” está sendo processada, condenada e presa como nunca foram até há
uma década. Hoje, cadeia no Brasil não é mais como se falava antes,
apenas para “preto”, “pobre” e “puta”. Mas para alguns, até parece que a
corrupção no Brasil só foi “descoberta” agora, no período de 2002 a
2014, quando de fato, pela primeira vez os bandidos de colarinho branco
estão sendo punidos. Pois não é?
Do contrário, onde foram processados e presos os personagens dos
grandes escândalos anteriores e que foram amplamente denunciados até
mesmo em livros, como “A Privataria Tucana”, “Operação Banqueiro”, “O
Brasil Privatizado”, O Principe da Privataria, “Honoráveis Bandidos”, “A
outra História do Mensalão”, Sanguessugas do Brasil” e tantos outros? A
verdade é que nenhum político ou partido defensores do Golpe de 2016
foram processados ou presos. Tudo leva a crer que a operação Lava Jato é
mesmo seletiva e, seguramente, faz parte do enredo golpista.
Assim, como os coxinhas, instâncias destacadas do Judiciário e
Ministério Público se permitiram também serem instrumentos do golpe, uma
vez que ficou notório para a sociedade que ministros do Supremo
Tribunal Federal, a mais alta corte do país, discutiram aumento de
salário com políticos que são réus da Lava Jato.
E estes “parceiros” nunca foram presos, ainda que exista pedido do
Ministério Público nesse sentido, e os mesmos “parceiros” teriam sido
denunciados em diversos acordos de colaboração (delação) premiada.
Todavia, parece que o mais importante era reservar R$ 40 bilhões para o
pagamento de suas excelências, montante estimado do rombo criado nas
finanças nacionais com o aumento do Judiciário.
O que deve envergonhar algumas pessoas, como a mim mesmo, por
exemplo, ainda que não se expressem publicamente seus arrependimentos, é
que de alguma forma contribuíram para a deflagração de um cenário
catastrófico, ao participarem das manifestações “contra a corrupção”,
com ampla cobertura da grande mídia historicamente golpista.
E vejam que aqui só citamos apenas alguns dos aspectos que estão
piorando a vida nacional, como o aumento desenfreado do custo dos
alimentos, ainda que o governo admita repassar R$ 200 bilhões para o
setor agrícola. Mas o que não fica claro é que esse recurso financeiro
que sai dos cofres da “viúva” é destinado a quem planta soja e cria boi,
porque a agricultura familiar fica a ver navios. Portanto, o aumento do
arroz, feijão e leite é apenas o começo, coisas bem piores virão por
aí.
Muitos dos arrependidos anônimos que estavam nas manifestações mais
recentes do “Fora Dilma” (mas desses atos golpistas nazi-doidos eu não
participei), eram estudantes se preparando para concursos públicos e,
por enquanto, a depender dos golpistas, podem tirar a “apostila da
chuva”, porque não serão abertos certames públicos para contratação.
Além de precarizar e piorar os serviços públicos, essa medida vai
atingir diretamente uma geração de estudantes que já se preparam há
muito tempo.
O Golpe traz ainda outras consequências sérias: a aposentadoria de
nossos idosos que ficará mais difícil. Os golpistas já estão anunciando
que a idade mínima para pedir a concessão da aposentadoria subirá para
75 anos, e haverá mais impacto para as mulheres, cuja idade mínima
deverá aumentar bem mais, se equiparando aos homens.
Os serviços de saúde devem piorar (se é que isso será possível), em
face dos ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS), vemos notícias de que
os golpistas querem prestigiar os planos de saúde privados, aqueles em
que o doente precisa pagar antes da consulta senão morre!
O Brasil piorou. O cenário internacional está desalentador, mas o
Golpe em nosso país contribui para degradar ainda mais. Os diversos
governos democráticos estão em silêncio e não reconheceram a Trupe
Golpista que deseja comandar o país, uma prova de que poderemos ficar
isolados do resto do mundo.
Por fim, devemos reconhecer que a dívida ativa, dinheiro que a União
tem a receber de sonegadores é de quase R$ 1 trilhão, o tamanho
aproximado de um orçamento anual. Entre os patrocinadores do Golpe
estavam diversos devedores contumazes, que vinham sendo cobrados. Entre
eles estava um diretor da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP),
que deixou de pagar R$ 7 bilhões, dinheiro que é maior que o orçamento
de 16 Estados.
Assim como esse caloteiro, muitos milionários exploradores do
trabalho alheio não pagam impostos no Brasil (o que é crime pior tanto
quanto a corrupção), e a possibilidade de serem executados judicialmente
pelo Governo Dilma, é que os levou a sustentar as manifestações
golpistas.
Puro oportunismo, sem nenhuma preocupação com o país.
E, fechando o raciocínio: o Brasil reserva mais de 40% de seu
orçamento para pagar os credores bancários, dívidas sobre as quais
existem dúvidas quanto à sua legitimidade, mas que já foram pagas (mais
de uma vez), portanto, estamos sendo lesados. Já havia uma decisão
governamental de se fazer uma auditoria da dívida pública, porém, como
os golpistas nomearam ministros e dirigentes do Banco Central indicados
pelo sistema financeiro, podemos ter a certeza de que o dinheiro
reservado para os bancos vai superar em 40 vezes o que se destina à
saúde pública.
E de auditoria da dívida nada mais se falará.
Errar é humano, insistir na defesa do Golpe é demonstrar muita
vontade de sofrer! Além do mais, por maior que seja o grau da alienação
dos “Trouxinhas”, é preciso entender que não se combate a corrupção
combatendo a democracia.
Antonio Cavalcante filho, cidadão, escreve às sextas-feiras neste Blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News
O
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