Entre todas, a pior Corrupção ocorrida no Brasil nos últimos anos foi a desse “Golpe Latrocida” (que mata para roubar), promovido pelos que estão assassinando a democracia, para roubarem o país.
Por Antonio Cavalcante Filho
Penso que até mesmo para os fascistas mirins e os nazi-doidos que
irão às ruas no próximo domingo gritar o “Fica Temer!”, por mais
midiotizados que se encontrem, não é tão difícil para eles entenderem
que alguém que praticou um homicídio ceifando a vida de um ser humano
deve ser punido com muito mais rigor do que quem causou apenas uma
simples lesão corporal, uma mera luxação ou arranhões em suas vítimas.
Infelizmente, é até “comum” entre nós observarmos que um “ladrão de
galinha” ou um “cheira cola” recebe punição desproporcional em relação
aos grandes ladrões dos cofres públicos ou dos traficantes de drogas
pesadas, a exemplo de um carregamento de meia tonelada de cocaína
apreendida em um helicóptero no Estado de Minas Gerais. E, ali não se
viu nenhum “cara pintada” ir às ruas, nenhum ‘apitaço’ ou madames
batendo suas panelas de grife.
No entanto, não é de hoje que se sabe que um dos limites objetivos
observados pelo direito criminal, pós-revolução Francesa, é conhecer o
potencial lesivo de qualquer conduta humana para só então criminalizá-la
ou limitar direitos do acusado. Isso significa que a punição é
proporcional e deve se compatibilizar com o dano gerado pelo agente
delinquente.
Pois bem, em nosso regime democrático, conforme dita a própria
Constituição Federal, como sendo um dos fundamentos da República
Federativa do Brasil, “todo poder emana do povo e por ele será exercido
diretamente ou por meio de representantes”.
Da leitura, entendemos que a República só existe porque há povo; e o
poder no sistema republicano é exercido por este mesmo povo,
diretamente, ou ainda por meio de representantes eleitos. Podemos crer
que no Estado Democrático de Direito, o maior bem que possuímos é a
democracia. Qualquer quebra ou ameaça a esse sistema é crime da maior
envergadura, que clama por punições mais severas.
De fato, a corrupção é um mal que precisa ser extirpado, mas isso não
quer significar que devemos destruir o país, inclusive ignorando a
vontade do povo, expressada nas urnas, a pretexto de atacar a corrupção.
Nunca devemos esquecer que foi a maioria dos cidadãos brasileiros que
elegeram Dilma Roussef presidenta para um mandato de quatro anos
(2014-2018).
Ao escolher o caminho do golpe, as elites corruptas e golpistas deram
um tiro no próprio pé, pois já caminhamos com passos céleres a um
retrocesso social, uma vez que eles entregaram a chave do cofre aos
cleptocratas regionais que estão levando o país a se submeter aos
interesses externos, e com isso o Brasil deixará de ter um projeto de
país.
Lembremos que, no século 19, a elite se recusava a abandonar o regime
de escravizar seres humanos e somente concordou em “libertar” os
escravos, quando lhes foi prometida compensação financeira, ou “indenização”.
Em verdade, o que ocorreu foi a pressão econômica dos britânicos, que
viam na escravidão uma forma de baratear custos de produção e
influenciar na concorrência capitalista.
Foram os plutocratas que patrocinaram o Golpe de 2016, com o auxílio
servil dos “militontos coxinhas”, Rede Globo (e seus satélites) e
políticos fracassados, sempre contando com um Supremo Tribunal Federal
(STF), que “escolhe” quem processa e condena, e de sonegadores
encastelados em “cartórios” como a FIESP, entidade empresarial.
Como resultado do Golpe, já começam as privatizações, os cortes
profundos em educação e saúde, se avizinha um desmanche de conquistas
trabalhistas, uma série de ataques a direitos nunca antes vista. Há uns
dois anos, debatíamos destinar 10% da receita em Educação, e agora os
golpistas planejam privatizar escolas e universidades.
Os servidores públicos da classe média devem estar atordoados:
defenderam o Golpe, mas agora vêm que não haverá mais concursos públicos
tão cedo, há sinais de congelamento de salários (vencimentos), e a
aposentadoria, aos 75 anos, será na forma do regime geral (teto mínimo).
O órgão que combatia a corrupção, a CGU (Controladoria Geral da União),
já era!
E, esses ataques passam longe de acabar com a mamata dos bancos, da
alta burocracia e dos poderosos, que representam parcela mínima da
população, são menos de 1%, mas, parafraseando o artista Wesley Safadão,
são bem vagabundos!
Os falsos moralistas simularam um tal “combate à corrupção” para se
apoderarem do trono (“conquistado” sem voto) e das chaves dos cofres
afrontando assim os direitos de mais de 90% da população brasileira. Com
isso, o país está saindo da condição de superavitário (dinheiro na
conta) e vai ao Fundo Monetário Internacional (FMI) pedir grana
emprestada.
Isso já era previsto 300 anos antes de Cristo, quando o filósofo
Aristóteles, neto de Esculápio, o Deus da Medicina, escreveu a sua
célebre obra “A Política”. Do brilhante texto, retiramos uma passagem
que se aplica ao momento que vivemos: “Por um lado, confiar-lhes os
cargos mais importantes não é seguro, por causa de sua corrupção e de
sua ignorância, que fariam com que cometessem grandes injustiças e
graves erros”.
Entre todas, a pior Corrupção ocorrida no Brasil nos últimos anos foi
a desse “Golpe Latrocida” (que mata para roubar), promovido pelos que
estão assassinando a democracia, para roubarem o país.
Não seria a hora de imitarmos o povo turco, e dar aos golpistas o
tratamento merecido? Será que políticos, policiais, promotores, juízes
(inclusive do STF), que aderiram ao Golpe, não deveriam ser algemados e
jogados à prisão, pelo cometimento do maior de todos os crimes?
Nossas instituições estão esfarrapadas, e o Brasil à beira do abismo.
Mas os sabotadores e usurpadores da República não querem perceber que a
destruição do país vai ser prejudicial a todos. O Golpe contra a
democracia é o maior de todos os atos de corrupção.
Golpista não merece perdão.
Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas-feiras neste blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News
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