O principal destaque do protesto foi o desempenho de Guilherme Boulos no carro de som. “Este protesto foi o primeiro de todos os que ocorrerão na Olimpíada que começa no dia 5 de agosto. Este governo não terá trégua”, disse o líder do MTST.
Suplicy e Boulos no Largo da Batata no manifesta pró-democracia
Diário do Centro do Mundo
Por Pedro Zambarda de Araujo
A manifestação do dia 31 de julho no Largo da Batata, em
São Paulo, reuniu 40 mil pessoas, segundo os organizadores. O protesto
aconteceu no mesmo dia que o Vem Pra Rua botou gente contra o PT e
favorável ao presidente interino Michel Temer na Avenida Paulista.
Ao todo, pelo menos 10 Estados registraram mobilizações que
oscilaram entre duas mil e três mil pessoas. Houve um enfraquecimento
dos movimentos de rua, mas não dos seus discursos.
Muita gente do movimento negro, da periferia e dos protestos LGBT engrossaram o coro dos descontentes com Temer.
Os manifestantes pró-democracia não ficaram parados e foram
em direção ao escritório do presidente interino Michel Temer no alto de
Pinheiros. Mantiveram-se unidos e não se intimidaram nem com a PM
barrando em alguns momentos ou voando baixo com seu helicóptero.
O principal destaque do protesto foi o desempenho de
Guilherme Boulos no carro de som. “Este protesto foi o primeiro de todos
os que ocorrerão na Olimpíada que começa no dia 5 de agosto. Este
governo não terá trégua”, disse o líder do MTST.
Outras figuras da esquerda marcaram presença. Luiza
Erundina, candidata a prefeitura pelo PSOL, veio com Ivan Valente
defender a pauta das novas eleições e o fim do governo golpista de
Temer.
O senador Lindbergh Farias defendeu que a esquerda precisa
retornar a voz das ruas, especialmente com os eventos esportivos que
trouxeram desastre ao Rio de Janeiro. Sâmia Bonfim, funcionária pública e
militante do PSOL, afirmou que, apesar do golpe, a voz das mulheres
está cada vez mais fortalecida na política. “Temos até o caso da Sarah
Winter, ex-feminista, que quer ser musa dos reacionários”, disse.
E na Paulista? Como foi o ato antiDilma?
Protesto dos coxinhas na Paulista contra a democracia
Basicamente, um fiasco, com pouco mais de 5 mil pessoas,
contando com a boa vontade das contas da PM. Mas o que se viu na
Paulista, além do “parabéns ao juiz Sergio Moro”, foi apenas uma
palhaçada de rua. Um carnaval de super-heróis bizarro.
Cláudia, 55 anos, estava vestida de “Dilma presidiária” e
tirando fotos com homens vestidos de militares. Ao fundo, um caminhão de
som pró-armamento soltava um jingle sobre o “fim da Lava-Jato” e o
“direito de me defender”.
Cecília, 59 anos, disse que foi em outros atos contra Dilma
e acha que o mês de setembro para o fim do julgamento está longe
demais. Apesar de ser anti-PT, ela vê com bons olhos o povo que protesta
contra a Olimpíada.
O ápice da “zoeira” dos pró-golpe foi um homem chamado
Thiago Labbati. Vestido de “Super Homem Brasileiro”, ele tem mais de
dois metros e posava de herói contra a corrupção “pedindo mais justiça”.
Protestos de rua estavam mais vazios neste domingo, 31 de julho. E não foi à toa: ninguém aguenta mais tanta palhaçada junta.
Abaixo, uma seleção de imagens das duas passeatas. Não preciso dizer qual é qual.
TODO GOLPISTA É INIMIGO DA NAÇÃO
Nossas instituições estão
esfarrapadas, e o Brasil à beira do abismo. Mas os sabotadores e
usurpadores da República não querem perceber que a destruição do país
vai ser prejudicial a todos.
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