"Os telefones celulares apreendidos com Queiroz poderão trazer revelações ainda mais comprometedoras para a organização criminosa investigada pelo MP/RJ. A continuidade de Bolsonaro na presidência do Brasil ficou ainda mais insustentável", avalia Jeferson Miola 
Blog Jeferson Miola
Por Jeferson Miola
Há décadas, desde os anos 1980, Queiroz é um dileto amigo e 
parceiro de churrascadas e pescarias do Jair Bolsonaro. Ele priva da 
intimidade e da confiança do clã.
Até antes de ser descoberto e acobertado na Operação Furna da Onça, 
em outubro de 2018, Queiroz atuava como uma espécie de gerente dos 
negócios criminosos da FaMilícia na política.
Queiroz é, também, o elo de ligação do clã com o Escritório do Crime,
 a milícia de assassinos de aluguel da zona norte da cidade do Rio 
dedicada à grilagem e exploração imobiliária ilegal comandada pelo 
miliciano Adriano da Nóbrega – cuja esposa e mãe estavam lotadas no 
gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na ALERJ.
A proteção leonina do Bolsonaro aos seus filhos diante do cerco 
policial e judicial transcende aquilo que poderia ser considerada uma 
mostra de fervoroso amor paterno.
É até possível que Bolsonaro se mova por algum instinto de proteção 
dos filhos; mas tal proteção é, antes de qualquer coisa, um ato de 
auto-defesa e de auto-proteção, porque Bolsonaro é o chefe supremo do 
clã. Se seus filhos forem atingidos, as investigações fatalmente chegam 
nele, Jair.
Bolsonaro é o ideólogo da organização familiar na política e no 
crime. Ele planejou a carreira política de cada integrante do clã. 
Chegou a escalar Carlos, o Zero2, para desalojar a ex-esposa Rogéria na 
vereança da cidade do Rio.
E foi ele, Jair, quem designou o comparsa Queiroz para o gabinete de 
Flávio, o Zero1, na ALERJ, onde o agora ex-fugitivo atuou por quase 20 
anos, de 2002 a 2018, e desde onde gerenciava a “tesouraria” dos 
gabinetes parlamentares do clã e fazia a interface com o submundo 
miliciano.
Bolsonaro nunca abandonou Fabrício Queiroz, em nenhum momento. Na 
doença, Queiroz foi aconchegado com tratamento no caríssimo hospital 
Albert Einstein, cujas despesas milionárias foram pagas em dinheiro vivo
 – não se sabe quem pagou a conta hospitalar, embora se possa supor quem
 tenha sido o mecenas [ou Messias].
A descoberta do esconderijo de Queiroz em imóvel de propriedade do 
advogado do clã Frederick Wassef deixa óbvio que era Bolsonaro quem 
escondia e protegia Queiroz.
Em 28 de abril passado Frederick Wassef afirmou em entrevista: “Eu estou no dia a dia aqui com o presidente e com a família Bolsonaro. Eu conheço tudo que tramita na família Bolsonaro”.
A situação do advogado, que obstruiu a justiça e foi cúmplice dos 
Bolsonaro no acobertamento da fuga do Queiroz é um capítulo à parte; ele
 terá de se ver com a polícia e a justiça, está encalacrado junto com o 
clã.
O essencial a se considerar, portanto, é o fato de Queiroz estar escondido há mais de 1 ano em imóvel deste advogado que está “no dia a dia com a família” e que conhece “tudo que tramita na família Bolsonaro”.
Os telefones celulares apreendidos com Queiroz poderão trazer 
revelações ainda mais comprometedoras para a organização criminosa 
investigada pelo MP/RJ. A continuidade de Bolsonaro na presidência do 
Brasil ficou ainda mais insustentável. Se as instituições estivessem de 
fato “funcionando normalmente”, seria o fim de linha da bandidagem 
oficial.
Fonte Blog Jeferson Mioala 
O que é, o que é?
Encontrado na casa do advogado do Bozo, em Atibaia?
Encontrado na casa do advogado do Bozo, em Atibaia?


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
