quarta-feira, 17 de junho de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE: NO MEIO DA PANDEMIA UMA OPERAÇÃO CRIMINOSA EM CURSO


O general Eduardo Pazuello, além de exibir o primarismo de quem fugiu das aulas de geografia do ensino fundamental, quando se digna a dar uma entrevista, expõe ao ridículo as academias militares por onde eventualmente passou. 





Por Paulo Pimenta*

O holocausto é real, Jair Bolsonaro!

Ocorre diante de nossos olhos!

Os mortos não serão afastados com truques e expedientes semelhantes às mágicas de picadeiro para ocultar da sociedade os números macabros!

O enfrentamento à pandemia de coronavírus exige governo e uma política de saúde pública com começo, meio e fim.

Aparentemente, o governo federal desistiu de combater a Covid-19. Prefere lutar contra os números da pandemia.

Encara a profunda crise sanitária como se tivesse de conduzir uma estratégia militar de comunicação, cujo primeiro tiro, numa batalha, sempre se destina a matar a verdade.

O governo quer alterar o fluxo de fornecimento de informações; atirar uma pedra contra o painel de dados acumulados; gerar contradição nos dados que chegam ao receptor das mensagens, ou seja, a sociedade; quer criar confusão ao emitir informações para destruir a credibilidade das fontes e paralisar o inimigo.

Nesse caso, para espanto do mundo, o inimigo do governo federal somos nós, os cidadãos brasileiros que necessitamos do serviço público.

Holocausto

Nada disso levará ao objetivo desejado pelo governo do capitão-presidente, que é justamente tentar escapar da responsabilidade por esse crime contra a saúde do povo brasileiro.

O holocausto é real! Mais de 900 mil casos e 44 mil mortos já batem à sua porta!

As estratégias das fake news podem ter dado resultados eleitorais positivos em 2018, mas não serão capazes de ressuscitar os mortos e amenizar a dor e o luto das famílias dos que foram asfixiados pelo novo coronavírus.

O Brasil, empurrado para este pesadelo, é o único país do mundo que, ao ser convertido em epicentro da pandemia, pela irresponsabilidade expressa pelo negacionismo e a “gripezinha”, conta com um governo que, repercutindo no discurso a estreita visão de setores empresariais em defesa do pleno funcionamento da economia, no meio da calamidade, demitiu dois ministros da saúde em menos de dois meses e mantém a pasta nas mãos de um militar interino.

Na pasta da Saúde há general da Intendência que, sem o menor pudor, já anunciou seu afastamento em agosto próximo, para não prejudicar a própria carreira na escala de promoções do Exército. Esse é o nível do compromisso com a saúde pública do governo Bolsonaro.

Quartel da Saúde

Até aqui tivemos um ministério sem ministro, desde a exoneração de Luiz Henrique Mandetta, que foi substituído por Nelson Teich, que foi substituído por ninguém…

A tarefa do general intendente Eduardo Pazuello não é conduzir uma política de saúde pública – tema que ele ignora o que seja – para fazer frente à maior calamidade sanitária da história do Brasil.

Sua tarefa é demolir o quadro técnico do ministério da Saúde, que está se transformando numa espécie de quartel.

De todos os cargos de segundo escalão do ministério, a Secretaria-Executiva foi confirmada nas mãos do coronel Élcio Franco.

O professor de farmacologia Arnaldo Medeiros, indicado pela nova base parlamentar formal do governo, o Centrão, passou a ocupar a Secretaria de Vigilância em Saúde.

O coronel Luiz Otávio Franco Duarte foi nomeado para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde.

Os demais ainda estão nas mãos de substitutos. Cerca 20 militares ocupam vagas nas secretarias e na assessoria de Pazuello, informou a Reuters, na última semana.

A sociedade brasileira, hoje, é mantida à distância das ações do ministério da Saúde em relação à pandemia de Covid-19.

O que o ‘’ministro’’ interino e sua equipe pensam sobre a pandemia, o isolamento social, a quarentena, o que se faz ou deixa de fazer, ninguém sabe.

Necropolítica

Para as entrevistas designam alguém do 3º escalão que não tem poder nem dever de dar uma posição do ministério, registra a reportagem da Reuters.

Em suma, trata-se de uma ocupação militar para converter o ministério da Saúde numa espécie de ministério da Logística.

De compra, distribuição e transporte de equipamentos. Operações típicas da Arma da Intendência de onde provém o general-ministro interino.

O general Eduardo Pazuello, além de exibir o primarismo de quem fugiu das aulas de geografia do ensino fundamental, quando se digna a dar uma entrevista, expõe ao ridículo as academias militares por onde eventualmente passou.

Mas, faça-se justiça, se entrega com afinco a cumprir a missão determinada por seu chefe.

Assistimos à ação determinada de um funcionário mediano, isento de conflitos de consciência, incapaz de refletir sobre seus atos e as dimensões da calamidade que engendram para o país e assim se converte numa espécie de aplicado funcionário da morte, como Adolf Eichmann, aquele nazista responsável pela morte de milhares de pessoas e disse que apenas cumpria ordens em sua rotina à frente da “Solução Final”.

Afinal, são só 900 mil infectados, e 44 mil mortos, e daí?

Em defesa do SUS, fora Bolsonaro, Mourão e sua Necropolítica!

Impeachment Já!

*Paulo Pimenta é deputado federal (PT) e presidente do PT/RS

 Fonte Vi O Mundo



APENAS LEMBRANDO QUE EU JÁ ERA CONTRA O NAZI-DOIDO ANTES DE VIRAR TENDENCIA MUNDIAL  
 
(A desaprovação de Jair Bolsonaro chegou a 41,6% em junho).  

EM DEFESA DA VIDA E PARA SALVAR O PAÍS,

 #forabolsonaro #foraGenocida